A demissão de Mano Menezes caiu do céu para Amaral. O volante, que não atuava há quatro meses, virou o homem-chave na defesa armada por Jayme de Almeida. Desde que optou por escalar o volante no lugar de Cáceres, o novo comandante não economizou elogios ao novo titular.
Com dedicação exclusiva à marcação intensa, Amaral trouxe de volta o característico cão-de-guarda que protege a defesa do Flamengo. Nomes como Willians, Paulinho, Da Silva e Toró, que era considerado o filho protegido do papai Joel Santana, exerceram função muito semelhante em times com pouca qualidade técnica.
— O Amaral entrou e esta jogando muito. Ficou quatro meses sem ser utilizado, mas não deixou a peteca cair. A resposta é legal. Depois que ele entrou o Flamengo tem mais segurança — disse Jayme, sem medo de exagerar.
A última partida de Amaral antes da chegada do novo treinador havia sido contra o Campinense, pela Copa do Brasil, no dia 15 de maio. O técnico era Jorginho, que tinha por hábito mudar as peças por diversas vezes.
O volante acabou perdendo espaço aos poucos. Primeiro para Luiz Antonio, que jogou recuado algumas vezes. Depois, com a chegada de Mano Menezes, Cáceres foi eleito o protetor da defesa.
Quando ele não podia jogar por motivo de convocação, lesão ou cartão, entrava Diego Silva, contratado ao XV de Piracicaba. Com Mano, Amaral ficou invisível, e só treinava, acabando por ganhar alguns quilos. Mesmo ainda em busca da melhor forma, tem se destacado e ganhado elogios, até pelo bom desempenho de outros.
— O Wallace também cresceu, porque o Amaral dá uma segurança. Eu fui zagueiro e sei como é ter um homem à frente para combater — ensinou o técnico.
— Falavam que no Flamengo todo mundo era muito ruim, mas a coisa começa a andar e os jogadores se sentem bem, a auto-estima que estava lá embaixo cresce — avaliou
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