29 de dez. de 2011

Fla diminui número de parcelas, e Thiago Neves fica perto de acerto

Depois de acertar a permanência de Ronaldinho Gaúcho, o Flamengo deu um passo importante para garantir outro jogador no elenco. Nesta quinta-feira, em contato por telefone, o empresário de Thiago Neves, Léo Rabello, disse que o clube chegou perto do que os árabes do Al Hilal pretendem como pagamento:
- O Flamengo mandou nova proposta oficial. Diminuíram bastante (o número de parcelas) e está chegando bem próximo do que eles querem. Acho que (os árabes) vão aceitar.
A ideia era parcelar em dois anos e meio os R$ 18 milhões pedidos pelo Al Hilal. Com as frequentes negativas dos árabes, o Fla resolveu renegociar o valor em um período menor de tempo, não revelado pelo empresário. O contrato de empréstimo de Thiago Neves vai até o próximo sábado. Se permanecer na Gávea, o novo compromisso será de quatro anos.
O orçamento rubro-negro para 2012 é de R$ 203 milhões. Deste valor, R$ 15 milhões serão destinados a contratações. Como o clube pretende investir em Vagner Love, os outros reforços devem ser adquiridos com a divisão de parcelas.
Fluminense e São Paulo são os outros interessados no atleta.

Cristiano Ronaldo é premiado em congresso nos Emirados Árabes



A destacada performance como artilheiro rendeu a Cristiano Ronaldo uma premiação no Congresso Globe Soccer Awards que está sendo realizado em Dubai, nos Emirados Árabes. Acompanhado de sua namorada Irina Shayk, o atacante do Real Madrid recebeu troféus por ter sido o jogador que mais vezes marcou dois ou mais gols em uma só partida.

Disputando sua terceira temporada pelo time merengue, Cristiano Ronaldo detém marca destacada quando o assunto é gol. Até o momento, o atacante já marcou 112 vezes, disputando o mesmo número de atuações, o que vale a impressionante marca de um por jogo. No corrente Campeonato Espanhol, o jogador luso é o atual goleador, com 20 tentos (em 16 partidas), três a mais que Lionel Messi, do Barcelona, e oito à frente do companheiro Gonzalo Higuaín, o terceiro colocado até o momento.
 

28 de dez. de 2011

Cristiano Ronaldo elege o Espanhol como a melhor competição do mundo

O atacante Cristiano Ronaldo participou nesta quarta-feira de uma conferência sobre esportes em Dubai, nos Emirados Árabes, e destacou que a qualidade do Campeonato Espanhol é um dos fatores que mais pesam para sua satisfação no Real Madrid.
- É a melhor competição do mundo. A liga permite a todos os jogadores mostrar sua técnica e suas habilidades - explicou.
Novamente, o jogador confirmou que não pretende voltar a jogar na Inglaterra, onde defendeu o Manchester United por seis temporadas.
- Não penso no futuro, estou curtindo o momento. Nesses seis anos aprendi os elementos básicos do futebol, especialmente a disciplina - lembrou.
Antes do compromisso profissional, o português esteve nas Ilhas Maldivas, onde curtiu um curto período de férias em praias paradisíacas e em atividades com golfinhos.

Nike tentou fechar com clubes cariocas

A Nike voltou a investir pesado nos clubes brasileiros e acertou contratos de quatro anos com Corinthians, Santos, Internacional, Bahia e Coritiba. A fornecedora de material esportivo tentou entrar no mercado carioca, considerado bastante estratégico, mas os quatro grandes clubes do Rio ainda têm contratos em vigor.
- Todos os times do Rio estão com contratos em vigor. Conversamos com alguns clubes cariocas, mas a oportunidade de um negócio ainda não surgiu. Nosso radar segue ligado… – disse Mario Andrada, diretor de comunicação da Nike na América Latina.
- Os novos contratos nos dão 25% dos times da Série A do Campeonato Brasileiro. O market share é confidencial, mas próximo dos 30%. A Nike é líder global no mercado de futebol e agora essa posição se reflete também no Brasil – completou.

José Aldo fecha com o Flamengo e terá patrocínio do clube no UFC Rio

O lutador José Aldo é o mais novo atleta patrocinado pelo Flamengo. Após uma longa novela, o campeão peso-pena no UFC compareceu à sede do clube na manhã desta quarta-feira, na Gávea, e acertou os últimos detalhes do contrato. Ele fechou por um ano e irá estampar a marca do Rubro-Negro no UFC 142, no Rio, no dia 14 de janeiro, evento do qual ele fará a luta principal e colocará o cinturão da categoria em jogo contra o americano Chad Mendes.

No último dia 13, Aldo já havia afirmado ao SPORTV.COM que havia sido procurado mais de uma vez pela presidente Patricia Amorim e que as conversas estavam adiantadas. O lutador, além de ser torcedor de arquibancada, já chegou a levar a bandeira de uma das torcidas organizadas do Rubro-Negro para dentro do octógono após conquistar vitórias no UFC. Ele se mostrou emocionado após o acerto:
- É um sonho que está realizado. Sempre torci, chorei e acompanhei o Flamengo desde criança e, agora, poder fazer parte desta companhia é maravilhoso. É um momento em que consigo alcançar mais um objetivo na carreira. Agora estou ainda mais forte. Sei que a imensa nação vai estar com a gente. Queria aproveitar também para mandar um abraço para toda a torcida rubro-negra e pedir para que ela compareça no dia 14, que vou procurar dar um show para todos vocês - disse José Aldo ao site oficial do Flamengo.

Fora o lutador, participaram da reunião a presidente Patricia Amorim, o vice-presidente jurídico Rafael De Piro, o vice de administração e Fla-Gávea Luis Claudio Cacau Cotta, o advogado do clube, Rodrigo Fux e o técnico e empresário de Aldo, Andre Pederneiras. O peso-pena ainda recebeu das mãos da presidente o título de sócio honorário e uma camisa oficial já com seu nome gravado nas costas. Patricia também comemorou o final feliz da novela:
Assista a vídeos de lutas
- Ele já havia demonstrado em várias oportunidades o amor que tem pelo Flamengo. Tivemos algumas reuniões anteriormente, mas hoje concretizamos a parceria. É um namoro antigo que finalmente vira casamento. José Aldo é do Mengão.

Fla projeta orçamento de R$ 203 milhões para o ano de 2012

A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, enviou documentos ao Conselho Fiscal com a previsão de orçamento para 2012. Dos R$ 203 milhões que pretende arrecadar na próxima temporada, R$ 128 milhões serão destinados para pagamento de folhas salariais, material e terceirizados. O futebol receberá uma fatia de R$ 78 milhões. Segundo o documento, o superávit primário ficaria em R$ 75 milhões, mas, há a ressalva que R$ 70 milhões deste valor serão usados para o pagamento de dívidas e antecipações bancárias - só em 2011 foram R$ 40 milhões.
No ofício enviado pela presidente, apenas R$ 15 milhões estão destinados para contratações. Isso serviria, por exemplo, para a compra de Vagner Love. Por isso, o clube precisa de soluções a longo prazo - como parcelamentos ou receitas extras - para investir em outras contratações e renovações, como o caso de Thiago Neves. A diretoria rubro-negra busca a quitação a longo prazo dos R$ 18 milhões cobrados pelos árabes, mas ainda não existe uma definição.
O fato de o orçamento não conter valores já prevendo vendas de jogadores foi elogiado pelo Conselho Fiscal. Em anos anteriores, eram feitas projeções de quanto o clube poderia ganhar e, muitas vezes, era gasto mais dinheiro do que entrava no cofre de fato.
O orçamento do Flamengo em 2011 foi de R$ 153 milhões. O crescimento para a próxima temporada se deu por conta das cotas pagas pelo novo contrato de direitos de TV.
Como exemplo comparativo, o orçamento do Corinthians para 2012 é de R$ 221 milhões.

Flamengo chega a acordo verbal com a Traffic e R10 segue na Gávea

Flamengo e Traffic chegaram a um acordo nesta quarta-feira para tentar encerrar a crise na parceria que atrasou os pagamentos de salário de Ronaldinho Gaúcho. Com isso, o jogador continua na Gávea na próxima temporada.
- A situação está verbalmente concluída. A partir de amanhã (quinta-feira) começa a celebração do contrato. Como os escritórios da Traffic no Rio e em São Paulo estão em recesso, a assinatura deve acontecer no dia 9 de janeiro - declarou Fernando Gonçalves, diretor da Traffic.
O vice de finanças rubro-negro, Michel Levy, festejou o fim da negociação.
- É o presente de Papai Noel atrasado que estamos dando para a Nação. É um dia de muita alegria. Trabalhamos muito e no final deu tudo certo.

No próximo dia 5, completará cinco meses que a Traffic não deposita os R$ 750 mil da maior parte dos salários de Ronaldinho. Com isso, quando fizer o depósito previsto para o dia 9 de janeiro, a empresa terá que pagar um total de R$ 3,75 milhões. Segundo Fernando Gonçalves, Assis, irmão e procurador do camisa 10, está ciente do prazo e da operação financeira.
- Isso já está combinado com Assis, sem problemas - afirmou Fernando Gonçalves.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando assinado em janeiro que sustenta o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir daí, não houve mais acordo.

27 de dez. de 2011

Balotelli gasta R$ 3 mil em bebidas como presente de Natal em bar

Mario Balotelli, sempre ele, voltou a ser notícia na Inglaterra por suas extravagâncias fora dos gramados: segundo o jornal "The Sun", o atacante do Manchester City gastou mil libras (cerca de R$ 3 mil) no último sábado em um bar pagando rodadas de bebida como presente de Natal para os presentes.
Após a festa no pub Tudor, o italiano seguiu para uma igreja e doou 200 libras (R$ 580) durante a missa. De acordo com uma pessoa, sem o nome identificado, a presença de Balotelli no bar pegou os clientes de surpresa:
- Ninguém acreditou quando ele entrou. A última coisa que alguém esperava era uma grande celebridade como ele por lá. Mas ele foi muito gentil e charmoso.
Depois de pagar as bebidas, Balotelli foi visto na igreja St. John, em Chorlton, que também é frequentada pelo técnico do City, Roberto Mancini.

Natal merengue

O Real Madrid divulgou os bastidores da gravação do seu vídeo de Natal deste ano. Entre as brincadeiras dos jogadores, Kaká e Higuaín exaltam a “união” entre Brasil e Argentina. Mas as estrelas são o lateral Marcelo e o zagueiro Pepe, que não conseguem parar de rir nas gravações:

Cristiano Ronaldo nada com golfinhos

Cristiano Ronaldo está aproveitando bem a folga de final de ano dada aos jogadores pelo Real Madrid. O atacante está nas Ilhas Maldivas e aproveitou o dia desta terça-feira para nadar com golfinhos.
“Hoje eu tive uma grande experiência ao nadar com golfinhos. É incrível como eles se envolvem com a gente”, escreveu o craque português em suas redes sociais.

PSG deverá contratar Pato por R$ 121 milhões em janeiro, diz rádio

O atacante Alexandre Pato deverá ser jogador do PSG a partir do dia 4 de janeiro. Segundo a rádio francesa "Rmc Sport", este será o dia em que diretores do Milan e do clube parisiense confirmarão o acordo, que renderá € 50 milhões (R$ 121 milhões) aos cofres dos italianos e terá validade de quatro anos e meio. O brasileiro receberá € 7 milhões (R$ 17 milhões) anuais.
O jogador é uma indicação de Carlo Ancelotti, que ainda não foi confirmado oficialmente no comando do PSG, mas deverá ser o novo "chefão" em 2012. O atacante não é titular absoluto e não tem a confiança de Massimiliano Allegri, atual técnico rossonero. O brasuca chegou a fazer uma comparação entre os dois treinadores, deixando clara sua preferência.
- Ancelotti vinha até mim e falava comigo, explicando o que eu deveria fazer em campo. Allegri deveria fazer o mesmo para me indicar em que aspectos espera que eu melhore. Acho que um treinador deve sempre se preocupar em explicar os defeitos de seus jogadores. É a única maneira de crescer e melhorar. Vou a Milanello todos os dias com este objetivo. Repito que seria mais simples se viessem e me indicassem os meus erros - afirmou em declarações publicadas pelo jornal "Corriere dello Sport".

Fla dá novo passo rumo a acerto com Traffic, mas novela continua

Na longa caminhada de reuniões para solucionar o impasse entre Flamengo e Traffic, o clube deu nesta segunda-feira mais um passo para tentar resolver a questão que envolve diretamente Ronaldinho Gaúcho. Mas ainda não foi colocado um ponto final no imbróglio. Em reunião no início desta tarde, representantes do Rubro-Negro e o diretor da empresa, Fernando Gonçalves, discutiram mais alguns pontos e discordâncias do contrato. A expectativa é de que a novela tenha final feliz na sexta-feira. Assim que for assinado o contrato, a Traffic depositará os R$ 3 milhões na conta do camisa 10, referentes a quatro meses de salários atrasados.
- Fizemos uma reunião, evoluimos mais um pouco. Acredito que até sexta-feira tudo estará resolvido. Faltam apenas detalhes do contrato, que geram ponderações de ambos os lados. Mas estou confiante de que tudo seja resolvido e a Traffic permaneça. Assim que for assinado o contrato, a empresa depositará o dinheiro do Ronaldinho - afirmou o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy.
O diretor de Traffic teve uma reunião pela manhã com Bernardo Amaral, que foi cogitado para ser o novo vice de futebol do clube. Mas, na verdade, o nome do dirigente que ajudou a comandar o futebol na gestão de Hélio Ferraz, em 2003, foi escolhido pelos presidentes dos Conselhos do clube apenas para tratar da relação Flamengo e Traffic.
Além de Bernardo Amaral e Michel Levy, o vice de marketing, Henrique Brandão, e o responsável pelo departamento jurídico, Rafael de Piro, também participaram da reunião com Fernando Gonçalves.
A permanência de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo em 2012 é dada como certa, mesmo sem a Traffic, mas com a provável manutenção da empresa na relação com o clube, a garantia é ainda maior.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando que sustenta o vínculo entre as partes. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. Por estar insatisfeita com a postura do clube, a empresa de marketing esportivo parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de sua responsabilidade.
Desde então, começaram as reuniões e discussões para que clube e empresa cheguem a um denominador comum e Ronaldinho Gaúcho, enfim, possa somar mais R$ 3 milhões de atrasados em sua conta bancária.

Só Love: silêncio e confiança, mas sem soltar balões antes da hora no Fla

A decisão ficará nas mãos do russos, mas a corrente de otimismo toma conta do Flamengo pelo desfecho positivo em relação a Vagner Love. A oferta de cerca de R$ 14,4 milhões já decidida pelo Rubro-Negro será encaminhada ao CSKA a qualquer momento. Na Gávea, ao mesmo tempo em que dirigentes evitam declarações para não criar expectativas e possíveis frustrações na torcida, a confiança no acerto cresce a cada dia. Silêncio, contatos frequentes com o atacante e ação nos bastidores dão o tom da negociação para o retorno do Artilheiro do Amor.
- Não tenho muito o que falar. Não adianta soltar balão antes do tempo - afirmou o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy, evitando dar declarações sobre a negociação com Love.

O retorno do atacante sempre foi um desejo da presidente Patricia Amorim. Mas dessa vez a dirigente acompanha as conversas sem participar ativamente das negociações. Até mesmo um hábito que tinha de trocar mensagens de texto de celular com o jogador não tem acontecido.
Patricia tem evitado conceder declarações à imprensa, mas, apesar da demora em anúncios de novos reforços, ela acredita em boas notícias para a próxima temporada. Em recente entrevista, a dirigente evitou falar em nomes e deixou clara sua preocupação em não criar euforia antes do desfecho.
- Procuro tomar cuidado para não deixar o torcedor frustrado - justificou Patricia Amorim na ocasião.
Vagner Love jogou no Flamengo entre janeiro e junho de 2010 e marcou 23 gols em 27 jogos. Ele formou o Império do Amor com Adriano, mas apesar dos gols – e da artilharia do Carioca – não conquistou título. Mesmo com o jejum de conquistas, o atacante tem grande identificação com a torcida.
No fim de novembro, o técnico Vanderlei Luxemburgo ligou para o atacante, que estava em Moscou, e sinalizou vontade de tê-lo no clube no próximo ano. Nos últimos dias, o treinador fez novo contato com Love.
Amizade com Ronaldinho Gaúcho

No início deste ano, Vagner Love foi à apresentação de Ronaldinho e reafirmou que sonhava com a volta ao clube.
Em abril, quando surgiu a possibilidade do retorno de Love, Ronaldinho, que é amigo do atacante, deu seu aval:
- Jogador do nível dele é sempre bem-vindo. Estamos na expectativa. Ele teve uma boa passagem pelo Flamengo e precisamos de jogadores assim. Como capitão, tenho liberdade para falar com a presidente (Patricia Amorim) e perguntar sobre o andamento das negociações

Thiago Neves: linha cruzada e novo prazo para definição sobre futuro

A novela sobre a permanência ou não de Thiago Neves se transformou em linha cruzada. O empresário do jogador, Léo Rabello, mantém o otimismo, mas na manhã desta terça-feira ele disse que o diretor de futebol do Flamengo, Luiz Augusto Veloso, estaria em contato direto com os dirigentes árabes do Al-Hilal e seria a pessoa indicada para comentar o desenrolar das negociações.
Ao atender a ligação, Veloso alegou que teve apenas um contato com os árabes e disse que Léo Rabello é quem deveria responder sobre o assunto. Depois, o dirigente rubro-negro ligou para o empresário para tentar acabar com o telefone sem fio.
- As coisas estão caminhando bem, daqui a dois dias devemos ter uma resposta. Mas é bom ligar para o Veloso, pois ele está em linha direta com os árabes - declarou Léo Rabello, ao atender o primeiro telefonema do GLOBOESPORTE.COM.

Veloso, então, foi procurado. Contrariado, primeiro o dirigente usou de ironia e sugeriu que a reportagem entrasse em contato com Bernardo Amaral, que ajuda na solução dos problemas entre Flamengo e Traffic, e que teve seu nome especulado para ser vice de futebol do Rubro-Negro, cargo que ocupou em 2003, na gestão de Hélio Ferraz.
Depois, Veloso foi breve ao comentar sobre Thiago Neves. E devolveu a bola para o empresário do jogador.
- Tive um contato com os árabes, mas liga para o Léo (Rabello), pois ele que está conduzindo - justificou o dirigente.
Em seguida, Veloso telefonou para Léo Rabello, que, enfim, explicou o mal entendido.
- É o seguinte: quem conduz a negociação sou eu, coloquei o Veloso em contato com os árabes para que eles ficassem mais tranquilos, e o Flamengo também. Acredito que nos próximos dois dias poderá acontecer um desfecho positivo.
Para acontecer o desfecho positivo sem linha cruzada, o Flamengo precisa convencer os representantes do Al-Hilal a aceitarem a oferta por 90% dos direitos econômicos. O clube tenta um parcelamento dos R$ 18 milhões em 12 vezes, mas os árabes querem o pagamento em duas prestações.
Thiago Neves desperta o interesse de outros clubes brasileiros, entre eles São Paulo, Cruzeiro e Fluminense.

Fla admite flerte e tenta reatar casamento com o zagueiro Juan

O Flamengo tentou o mexicano Rafa Márquez e o colorado Bolívar, mas as negociações esfriaram e agora o grande sonho para a zaga voltou a ser um velho conhecido: Juan, do Roma-ITA. O vice-presidente jurídico rubro-negro, Rafael de Piro, confirmou que já conversou com o zagueiro, formado nas categorias de base do clube da Gávea.

- O Juan é aquele namoro antigo, estamos sempre flertando com ele. Já tentamos outras vezes, tomara que a hora seja agora. Estamos ainda apenas conversando, mas não há nada concretizado - disse De Piro.
O vice jurídico conduz a negociação com Juan, porque além de terem jogado juntos na base rubro-negra, eles são compadres em duas mãos: um é padrinho do filho do outro. De Piro afirmou que haverá nova conversa com o zagueiro, mas não revelou quando. A confiança rubro-negra aumentou porque a família de Juan está fazendo força para ele voltar para o Brasil.
Juan deixou o Flamengo em 2002 para o Bayer Leverkusen, da Alemanha. O zagueiro, que pela Seleção Brasileira disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010, está no Roma desde 2007.

26 de dez. de 2011

Messi aproveita a família em Rosário

Messi está curtindo o final de ano com a família em Rosário, na Argentina. Depois de alguns probleminhas no carro durante a viagem, o craque do Barcelona tratou de aproveitar o tempo com os parentes. O primo Maxi Biancucchi, que atua no Olímpia, do Paraguai, e já passou pelo Flamengo, estava junto nas comemorações de Natal.
Messi com os primos Maxi e Emanuel

Messi e Maxi

Com salário seis vezes menor que o de Kaká, Di María reivindica aumento

Ángel di María é notoriamente um dos destaques do Real Madrid na temporada. Com 13 assistências e quatro gols somente no Campeonato Espanhol, o meia argentino tem menor participação na liderança do time merengue apenas do que o atacante Cristiano Ronaldo, artilheiro da competição com 20 gols. Mas quando o assunto é salário, o camisa 22 está longe de ser um nome de peso no elenco galáctico comandado pelo português José Mourinho. E já reivindica um aumento.
De acordo com o jornal espanhol “Marca”, Di María recebe um ordenado seis vezes menor do que Cristiano Ronaldo e Kaká, líderes do quesito. Traduzindo para números, são cerca de R$ 360 mil por mês, contra R$ 2,2 milhões do craque português e brasileiro. O argentino tem apenas o 11º maior vencimento do clube, atrás de nomes como o do zagueiro Pepe (R$ 760 mil) e do volante Lass Diarra (R$ 800 mil).
Ainda segundo a publicação, Di María quer dobrar o salário e ganhar algo próximo do centroavante compatriota Gonzalo Higuaín (R$ 700 mil). Contratado junto ao Benfica por € 25 milhões em junho de 2010 (R$ 60,2 milhões na cotação atual), o argentino terá o seu contrato encerrado em junho de 2016. Até lá, o montante deverá aumentar com bonificações em casos de objetivos atingidos, como partidas, títulos, gols e convocações para a seleção argentina, o que chamou a atenção do jogador.
Veja a lista dos 11 maiores salários do Real Madrid:
*valores mensais aproximados
1 – Cristiano Ronaldo (R$ 2,2 milhões)
1 – Kaká (R$ 2,2 milhões)
3 – Casillas (R$ 1,5 milhão)
4 – Özil (R$ 1 milhão)
4 – Benzema (R$ 1 milhão)
6 – Sergio Ramos (R$ 960 mil)
7 – Xabi Alonso (R$ 900 mil)
8 – Lass Diarra (R$ 800 mil)
9 – Pepe (R$ 760 mil)
10 – Higuaín (R$ 700 mil)
11 – Di María (R$ 360 mil)

O valor real: Flamengo corre atrás de R$ 14 mi para contratar Vagner Love

O site russo Tden apostou alto e informou que o Flamengo ofereceria € 9 milhões (R$ 21,7 milhões) ao CSKA por Vagner Love. A realidade, porém, é mais pé no chão. Segundo uma fonte rubro-negra, o clube corre para viabilizar o dinheiro e chegar aos € 6 milhões (R$ 14,4 milhões). A oferta será enviada nos próximos dias.

Love curte férias no Brasil e alterna entre viagens curtas para o Nordeste e o Rio de Janeiro. Semana passada ele recebeu outra ligação do técnico Vanderlei Luxemburgo e reafirmou o desejo de jogar no Rubro-Negro. Entretanto, para evitar frustração semelhante à de 2011 - quando o Flamengo fez esforço mínimo para repatriá-lo - o Artilheiro do Amor adotou a tática de dizer em entrevistas que "não há preferência para ninguém".

Há otimismo de que os russos aceitem conversar e fechar negócio - não sem antes longas reuniões. O ponto básico é a vontade de Love retornar ao Brasil depois de sete temporadas no CSKA. Em declarações recentes, os dirigentes locais ressaltaram o profissionalismo do atleta, de 27 anos, no período em que esteve no Brasil e aceitam negociar de forma mais maleável.
Vagner jogou no Flamengo entre janeiro e junho de 2010 e marcou 23 gols em 27 jogos. Ele formou o Império do Amor com Adriano, mas apesar dos gols – e da artilharia do Carioca – não conquistou título.
 

Fla dá novo passo rumo a acerto com Traffic, mas novela continua

Na longa caminhada de reuniões para solucionar o impasse entre Flamengo e Traffic, o clube deu nesta segunda-feira mais um passo para tentar resolver a questão que envolve diretamente Ronaldinho Gaúcho. Mas ainda não foi colocado um ponto final no imbróglio. Em reunião no início desta tarde, representantes do Rubro-Negro e o diretor da empresa, Fernando Gonçalves, discutiram mais alguns pontos e discordâncias do contrato. A expectativa é de que a novela tenha final feliz na sexta-feira. Assim que for assinado o contrato, a Traffic depositará os R$ 3 milhões na conta do camisa 10, referentes a quatro meses de salários atrasados.
- Fizemos uma reunião, evoluimos mais um pouco. Acredito que até sexta-feira tudo estará resolvido. Faltam apenas detalhes do contrato, que geram ponderações de ambos os lados. Mas estou confiante de que tudo seja resolvido e a Traffic permaneça. Assim que for assinado o contrato, a empresa depositará o dinheiro do Ronaldinho - afirmou o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy.
O diretor de Traffic teve uma reunião pela manhã com Bernardo Amaral, que foi cogitado para ser o novo vice de futebol do clube. Mas, na verdade, o nome do dirigente que ajudou a comandar o futebol na gestão de Hélio Ferraz, em 2003, foi escolhido pelos presidentes dos Conselhos do clube apenas para tratar da relação Flamengo e Traffic.
Além de Bernardo Amaral e Michel Levy, o vice de marketing, Henrique Brandão, e o responsável pelo departamento jurídico, Rafael de Piro, também participaram da reunião com Fernando Gonçalves.
A permanência de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo em 2012 é dada como certa, mesmo sem a Traffic, mas com a provável manutenção da empresa na relação com o clube, a garantia é ainda maior.
Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando que sustenta o vínculo entre as partes. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. Por estar insatisfeita com a postura do clube, a empresa de marketing esportivo parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de sua responsabilidade.
Desde então, começaram as reuniões e discussões para que clube e empresa cheguem a um denominador comum e Ronaldinho Gaúcho, enfim, possa somar mais R$ 3 milhões de atrasados em sua conta bancária.

25 de dez. de 2011

Futebol do Flamengo surgia há 100 anos. Na noite de Natal Futebol do Flamengo surgia há 100 anos. Na noite de Natal

Vinte e quatro de dezembro de 2011. Uma data especial para o Flamengo e seus torcedores. Há exatos 100 anos, na véspera do dia de Natal de 1911, o futebol do clube mais popular do Brasil era criado. O Clube de Regatas do Flamengo nasceu em novembro de 1895 como uma agremiação voltada para a prática do remo. O futebol só chegaria ao clube já após a primeira década do século XX.

Em 2 de outubro de 1911, nove jogadores do Fluminense, insatisfeitos com a direção do clube após um desentedimento sobre a escalação do time, decidiram deixar o Tricolor. E apresentaram ao Flamengo uma proposta para a criação de uma seção de futebol, a primeira modalidade do departamento de “esportes terrestres”. Sugestão que foi aprovada em uma assembleia realizada na noite de Natal daquele ano.

Os nove pioneiros foram: Alberto Borgeth, Armando de Almeida, Emmanuel Nery, Ernesto Amarante, Gustavo de Carvalho, Lawrence Andrews, Orlando Sampaio Mattos, Othon Baena de Figueiredo e Píndaro de Carvalho.

Foram necessários ainda cinco meses para que aquele grupo, reforçado por outros jogadores convidados a integrar a nova equipe de futebol da então capital federal, entrasse em campo. E a estreia mostrou que aquele time tinha grande potencial. Uma goleada de 16 a 2 sobre o Mangueira, pelo Campeonato Carioca, no estádio da Rua Campos Sales. Gols de Gustavo de Carvalho (cinco), Ernesto Amarante (quatro), Alberto Borgeth (quatro) e Armando de Almeida (um).

Em 13 jogos, o Flamengo obteve nove vitórias, dois empates e duas derrotas. E ficou com o segundo lugar, atrás do Tricolor, que venceu o primeiro Fla-Flu (3 a 2). No segundo turno, deu Flamengo: 4 a 0.

Foto: Flaestatística.com

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Histórias de um ‘bad boy’ convicto: ‘Santinhos só não adiantam’, diz Beto

A história jamais foi manchete na imprensa. A cena: dois jogadores do Flamengo deixam a concentração na véspera de uma decisão contra o Vasco e rumam para o prédio vizinho. Passam a noite fora, tudo por conta de uma mulher. O ano? O ex-jogador Beto prefere não divulgar. Foi entre 1999 e 2001. E, segundo o ídolo rubro-negro, os fujões foram os destaques da decisão, vencida pelo time da Gávea. Essa foi apenas uma das histórias que o ex-meia contou ao GLOBOESPORTE.COM em sua cobertura no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

- Os nomes? Não falo. Eu não estava envolvido. A diretoria queria afastar os dois, mas não deixamos. Ia vazar ainda mais coisa que já tinha acontecido – contou.

Sob o olhar atento da esposa Marcela, de 28 anos, e do filho caçula, Pedro Henrique, de oito, Beto não fugiu de nenhum tema durante o bate-papo. Na ampla sala de seu apartamento, decorada com camisas do Flamengo e da Seleção Brasileira e fotos da carreira, o ex-jogador, de 36 anos, falou do atual momento da vida, do futuro e do pequeno buffet aberto pela amada, o Viva Eventos. E é justamente com a mulher que surgem as primeiras brincadeiras na entrevista. O casal chega a falar da relação, brinca com as idas e vindas e de como estão juntos há quase dez anos.

- A minha esposa tem uma empresa que está começando, um buffet. Ela está indo devagar, temos um contato, temos que divulgar mais com os amigos. Ela crescendo, eu cresço também, e será a minha vez de ficar deitado e ela trabalhando (risos) – brincou o jogador, elogiando o filho Pedro, que faz escolinha no Fluminense e, de acordo com Beto, tem futuro no futebol.

Mas a conversa com Beto não foi leve. Fama de boêmio, baladeiro... O ex-jogador falou de tudo. Revelou casos que ainda não tinham sido noticiados pela imprensa, contou como se sente frustrado por não ter disputado uma Copa do Mundo e de como os “bad boys” de hoje se comportam. Na opinião do ex-meia de Fluminense, Vasco, Botafogo e Napoli, muitas vezes os santos têm apenas a fachada. Na verdade são “lobos em pele de cordeiro”, como diz o ditado.

- Faz falta. Tem que ter um bad boy. Os santinhos só não adiantam. Às vezes, os caras têm aquela máscara de bom moço, mas por trás são os que mais fazem besteira. Por trás deles existe uma boa assessoria, que blinda todas as suas merdas. Acaba não saindo nada na imprensa. Nós fazíamos, falávamos... Às vezes, por trás, os caras fazem até mais do que nós.

De Ronaldinho Gaúcho a Adriano... De conselhos para Jobson, recentemente reintegrado ao Botafogo após problemas de disciplina durante o seu empréstimo ao Bahia, a ida à favela para salvar um amigo jogador. Beto não deixou perguntas sem respostas. E, no fim, a impressão que ficou é que o último dos “bad boys” deixou o futebol de forma prematura, em 2008, aos 33 anos.

Confira abaixo a entrevista completa do ex-jogador Beto:

GLOBOESPORTE.COM: Como está a vida?
BETO: Parei em 2008, no Vasco. Cheguei a jogar em 2009, em Florianópolis, e resolvi parar porque estava desanimado com o futebol. As pessoas te oferecem uma coisa e não cumprem no fim. Quando parei, conheci um pessoal da Holanda que queria que eu fizesse a intermediação de jogadores, mas não deu certo por conta da maneira que eles trabalhavam. Pediam um jogador, encontrávamos o atleta, e os negócios não se concretizavam. Acabei parando. Estou mais com a família, curtindo a vida, os meus filhos, a minha esposa, jogando minhas peladinhas. Além disso, eu tenho feito alguns jogos com o Zico, no projeto Zico 10. Temos feito esses jogos de inauguração das escolinhas do projeto. Estou querendo levar para o Mato Grosso, que é a minha cidade, onde nasci. Quero conversar com o pessoal neste fim de ano, para mostrar como é feito, e levar pronto.

Foi convidado para participar do desenvolvimento da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, que é uma das sedes do torneio?
Fiquei feliz por minha cidade ser uma sede da Copa. Estive lá recentemente para receber uma homenagem que fizeram para os atletas do estado. Como estou mais próximo das pessoas, quero levar esse projeto e mais algumas coisas para lá. Moro no Rio, mas tenho familiares em Cuiabá, amigos. Seria ótimo fazer algo pela cidade onde nasci, onde comecei a carreira. Quero ajudar essas pessoas mais próximas. Será uma honra grande.

Já pensou em seguir a carreira política?
Fui convidado, mas não fui pela minha esposa. Tive convite para me filiar ao PSC. Não sei se fizeram uma pesquisa e viram que eu tinha a chance de vencer, mas fizeram o convite. Uns três mil votos eu teria (risos). Não passaria em branco nas eleições do Rio de Janeiro. Não descarto essa possibilidade.

Treinador ou dirigente?
Isso não. Para intermediar a negociação de algum jogador, eu até vou. Tenho entrada nos clubes. Isso facilita. Topo fazer isso. Treinador, só fora do país. No Brasil, você toma duas porradas e cai fora. Não compensa fazer isso aqui.

Você saiu de Cuiabá para o Botafogo... Além disso, a sua carreira é cheia de boas histórias. Qual é a mais marcante?
Lembrança maior foi quando eu vim para o Botafogo trocado por 50 pares de chuteira. Foi tudo muito rápido. Cheguei em 93. Em 94, eu estava na equipe principal do Botafogo. Em 1995, na Seleção Brasileira, campeão brasileiro... Logo em seguida fui vendido para o Napoli. Tive uma boa passagem, apesar do pouco tempo. Com apenas três meses de Itália, eles renovaram por mais três anos. Disputei uma final de Copa Itália e depois fui para o Grêmio. Em seguida, a realização de um sonho que foi jogar no Flamengo, quando fui contratado em 1998. Joguei ao lado do Romário e foi ótimo. Fiquei de 1998 a 2001, mas em 2000 fui emprestado ao São Paulo. Retornei depois para ficar mais um ano no Flamengo. Não posso reclamar da vida, principalmente do futebol. Só tenho a agradecer.

Jogou com a camisa 10 no Napoli, que foi de Maradona. Como foi a experiência na Itália?
Foi bem bonita. O pessoal depositava uma esperança muito grande em mim. Assinei o contrato e voltei para o Brasil porque estávamos nos preparando para as Olimpíadas. Acabei me machucando e depois voltei ao clube. Tivemos um jogo de estreia, de apresentação dos jogadores, e eu era o mais esperado. Usava a camisa 10 e não estava 100% para jogar. Lembro que participei apenas de 15 minutos porque eles queriam me ver. Eu estava no banco, levantei, e a torcida começou a cantar a música dele (Maradona) para mim. Estive bem no Napoli, correspondi bem, e ficou marcado na vida do pessoal também.

Como é a atmosfera da cidade por conta do Maradona?
O nome dele lá é muito forte. A torcida napolitana, se não for a maior, é uma das maiores do país. Comparo com a do Flamengo em termos de torcida, de paixão, de incentivo. Eles só jogam contra quando percebem que o time está mal, que não está se dedicando. É o tempo todo jogando a favor.

Você disse que é flamenguista de coração. Pode falar um pouco desta paixão?
Com certeza é o time que eu torço. Sou Flamengo desde a infância. Sofro mais como torcedor, passo mal, me tranco no quarto para ver os jogos. Vejo os jogos com o meu filho, fico nervoso... Não perco um jogo do Flamengo e de outros clubes, mas principalmente do Flamengo.

E como vê o futebol de hoje? Os jogadores...
Hoje em dia nós vemos jogadores vestindo a camisa de grandes clubes, e eles não têm condições para isso. Os clubes viraram empresas. Um jogador veste a camisa de determinado clube e rapidamente está sendo vendido, ninguém sabe como. Antigamente, os atletas tinham bem mais qualidade do que hoje.

A passagem pelo Flamengo foi a mais marcante de sua carreira?
Foi um sonho realizado atuar ao lado do Baixinho. Sempre vi o Romário como um dos meus maiores ídolos do futebol. Dificilmente teremos um novo Romário. Essa é a verdade. Convivi com ele um bom tempo. Tive três anos de Flamengo, oito títulos. É muita coisa em pouco tempo. Tem jogador que passa cinco anos, seis, e não conquista tanta coisa. O que mais marcou foi o tricampeonato (2001), principalmente por ter sido em cima do Vasco, do jeito que as coisas estavam naquela partida. Foi emocionante. Estávamos dando como perdido, com o título indo embora.

Alguma boa história de bastidor daquela época?
Nós tivemos momentos difíceis, principalmente o atraso de salários. Ficávamos três ou quatro meses sem receber. Era difícil. Essas coisas marcam. Eu cobrava muito. Às vezes, nem por mim, mas por outros companheiros. Um mês nosso poderia significar dois ou três de outros. Isso atrapalhou um pouco o nosso desempenho.

Falando de histórias do Flamengo... Em uma oportunidade, em 2001, você e o Edilson teriam chegado alterados no aeroporto para um embarque da delegação. Lembra dessa história?
Foi em um jogo contra o Coritiba, fora de casa. As pessoas sabiam que essas histórias não eram verdadeiras. Nós éramos abertos, falávamos o que tínhamos que falar. Não tinha necessidade de esconder nada, porque éramos muito cobrados. Viajamos, vencemos o jogo, com um gol meu, e eu fui o melhor em campo. A resposta foi dada dentro de campo, com o meu trabalho. As pessoas falam até hoje daquele episódio, mas não aconteceu nada (na ocasião, Beto chegou atrasado, e o atacante Edilson perdeu o voo).

Você se recorda do episódio da saída do Romário do Flamengo, no fim de 1999? Estava envolvido na festa em que os jogadores estiveram no Sul?
Estava no elenco, mas fiquei no hotel. Tínhamos sido eliminados de uma competição e ia acontecer um jogo no Sul. Por conta daquele episódio, eu tive uma desavença com o Gilmar Rinaldi. Fomos desclassificados, e o time ia jogar em Porto Alegre. Depois do jogo, o Romário foi liberado, e todos sabiam. Estourou só para ele. Eu estava no quarto fazendo tratamento, e o telefone tocou por volta das duas da manhã. Era o (supervisor José) Chimelo achando que eu estava também no grupo. Quando eu atendi, ele disse que era engano. Tinha ido o Fábio Baiano, o Leandro Machado... O Índio, zagueiro que jogou no Flamengo, disse no dia seguinte que todos estavam na festa e queria saber porque eu não tinha ido. E aí deu aquela merda toda. Ninguém faz nada se não quiser. Todo mundo é maior de idade.

Essa fama de baladeiro, de gostar das noitadas, te incomodava?
Eu nunca escondi nada de ninguém. Era claro para os meus treinadores. Vou dar um exemplo: tínhamos dois períodos de treino, eu conversava com o treinador para ser liberado do treino da manhã porque compensaria no trabalho da tarde. Se fosse um físico, eu fazia. Funcionava assim. Eu dizia que tinha uns problemas para resolver e sempre fui honesto. Eu não queria dar motivo para falarem que eu cheguei atrasado e tal. A imprensa sempre martelava por conta da maneira que eu agia e o meu jeito também não ajudava. Eu não dava entrevistas. A imprensa escrevia o que ela queria, e eu falava o que eu queria. Fui levando dessa maneira.

Já aconteceu com você a perseguição que o Fred, do Fluminense, sofreu da torcida? E o disque-dentuço que “entregava” as noitadas de Ronaldinho no Flamengo?
Na nossa época não tinha muito isso, mas agora está demais. O jogador não pode ter uma vida como uma pessoa comum. O jogador é cobrado dentro de campo, fora de campo, e isso precisa mudar. Nós treinamos todos os dias debaixo de chuva, debaixo de sol, viajamos. Quando você tem um tempo de lazer, está liberado para sair, você não pode porque é perseguido. Isso não pode. Eu não aceitava naquela época, imagina agora. Cada um precisa ter o seu limite, o seu controle, e fazer da melhor maneira. Não pode deixar de trabalhar. Chegar no dia seguinte à farra e alegar uma dor, isso complica. Acho que é por isso que existem essas cobranças. Nós saíamos, mas no dia seguinte estávamos puxando fila nos treinos, estava lá correndo, suando a camisa. Não fui santinho, nunca escondi nada. Sou o que eu sou, fui o que eu fui. Já me esbaldei muito. Não deixo de fazer nada do que fazia quando jogava, mas hoje diminui um pouco porque tenho família.

Quando você diz “sou o que eu sou, fui o que eu fui”, o que quer dizer com isso?
Eu era um bad boy, era solteiro. Na rua, eu discutia com os torcedores. Dizia que eu era Flamengo, o outro dizia que era Vasco e a porrada comia. Hoje, isso não acontece. Tenho o carinho dos torcedores dos quatro grandes clubes do Rio. Aonde eu vou pode ter todas as torcidas que o carinho é grande. Sou grato porque o que eu fiz foi reconhecido. Os torcedores me conhecem bem. Se eu tivesse a cabeça que eu tenho hoje, eu teria muito mais.

O Adriano Imperador, que viveu problemas no passado, seria o Beto de antigamente?
Acho que não. Está pior do que eu. Falei para ele outro dia: “Vocês me engoliram”. Antigamente, nós fazíamos, mas aparecíamos, treinávamos. Hoje em dia, os caras nem aparecem, não dão satisfação de nada. A nossa vida particular hoje em dia ficou muito direcionada. Até mais do que o nosso trabalho. Se você está numa churrascaria com a família, tomando um chope, já vira alvo de críticas. A solução é montar um time de presidiários. Não sai, só dorme, come e descansa. Se for colocar no papel, o tempo que ficamos com a família em um ano é bem menor do que aquele que ficamos no clube treinando.

O mesmo Adriano admitiu em entrevista problemas com álcool. Já sofreu com isso em algum momento da sua carreira?
Eu sabia me controlar. Poderia até extrapolar um pouco, mas não excessivamente como o Adriano tem feito. Fico triste porque começou junto comigo, no Flamengo. É chato porque é um cara que eu aprendi a gostar.

É um dos seus amigos no futebol?
Conto nos dedos os amigos que eu fiz no futebol. Dificilmente frequento casa de jogador de futebol porque é muita fofoca. Procuro evitar. Prefiro ficar na minha casa. Se quiserem vir para cá, eles podem vir. Quando saem as manchetes, fotos na internet, nós percebemos que são as próprias pessoas que ele coloca em casa que divulgam essas fotos.

Quem são seus amigos no futebol?
Adriano, Ronaldinho Gaúcho, que eu vi começar no Grêmio, o Fernando (ex-zagueiro de Fla e Vasco). Mas nem vou muito à casa deles. O Adriano esteve no aniversário do meu filho. Estive com o Adriano quando ele voltou da Itália e queria parar. Ele se dizia decepcionado, mas na verdade ele estava decepcionado com ele mesmo. Na casa do Ronaldinho eu nunca fui. Já me chamaram, mas a festa lá é muito pesada (risos). Temos que dar uma segurada porque é fogo. Fora do futebol são poucos. Tenho o Tubarão, o Niltinho... O Tubarão se eu tivesse conhecido há mais tempo, eu estaria com uma doutrina melhor. Ele me cerca de tudo o que é lado. Se eu fizer algo errado, ele vem em cima. Conheço o Tubarão há muito tempo. Era segurança do Eurico (Miranda) no Vasco. Sabe de tudo o que eu vou fazer. É um cara que está sempre do meu lado.

Algum arrependimento na carreira?
Não sei dizer se foi arrependimento, mas a empolgação, as amizades. As amizades que eu tenho hoje são diferentes das que eu tinha antes. Isso fez com que eu mudasse, pensasse mais. Se eu tivesse a família de hoje, a cabeça de hoje, eu tinha tido muito mais história para contar no futebol. Deus me colocou onde me colocou e não foi à toa. Como o Romário diz: Deus o escolheu, e eu também fui escolhido a dedo. Onde eu passei fui ídolo, fui bem, e só tenho a agradecer.

Perdeu algo por conta dessas amizades?
Em 1998, eu estava de sobreaviso para a Copa. Como eu não tinha um empresário para me ajudar, não tinha cabeça, acabei me prejudicando por conta dessas amizades. Minha única frustração foi essa. Se eu tivesse tudo isso, eu teria disputado uma Copa. Teria ido a duas delas.

E por que você não tinha empresário?
Por opção. Fiquei decepcionado com um empresário que eu tive. Tive várias propostas que não se concretizaram. Blindavam as pessoas de chegar aqui e conversar comigo. Tive duas chances de ir para o Corinthians e não aconteceu. Tive uma chance de ir para o Porto, almocei com o Mourinho no Rio, e ele fez o contrato à mão. Ele voltou para Portugal, disse que estava 99% fechado e acabou não acontecendo porque o meu empresário brigou com ele. Antes, o meu empresário era o Léo Rabello, que foi um cara que me ajudou muito, me colocou em grandes clubes, como o Napoli e o Grêmio.

Como foi o contato com o José Mourinho?
Conheci o Mourinho naquele momento e só hoje eu vejo o trabalho dele. É um dos melhores do mundo da maneira como trabalha, como vê o jogo. Ele sabia de tudo de mim. Fiquei até surpreso. Ele vinha me acompanhando, e eu nem sabia. Ele disse que sabia da minha maneira, que não tinha problema. Disse que me ajudaria. Fez o contrato de quanto eu ia receber, saiu da reunião dizendo que estava tudo certo. No ano seguinte, o Carlos Alberto foi para lá e disse que o Mourinho falava muito de mim, que chegou a afirmar que queria ter trabalhado comigo, mas que não tinha acontecido. Fico feliz de um treinador como ele ter me reconhecido.

Mas que tipo de amizades prejudicaram a sua carreira?
Aquelas amizades que quando acabavam os treinos me chamavam para ir a um churrasco. Elas não perguntavam o que eu tinha para fazer. Hoje busco amizades produtivas. Não busco aqueles que querem me levar para furada ou para o fundo do poço.

Chegou perto do fundo do poço?
Não, isso não.

Mas já se meteu em alguma furada?
Já. Eu estava perdendo tudo por conta de farra, de sair demais. Para eles era bom estar ao meu lado. Eles pensavam: “estamos com o Beto”. Era um status estar ao meu lado, não pagavam entrada, não pagavam a conta. Tenho três amigos que são de verdade e estou construindo outras amizades. São pessoas que pensam no futuro. Quando acaba o futebol, você precisa fazer renda. Esses meus amigos sempre conversam comigo, eles têm os negócios dele. Sempre perguntam se eu quero participar dos negócios. E hoje nós temos que pensar dessa maneira.

Quando achou que poderia perder tudo?
No Flamengo, em 2000. Naquele momento eu achei que poderia perder tudo.

Já conviveu com pessoas ligadas ao crime organizado?
Não. Mas vai da cabeça de cada um. É ruim para nós? É. Você está indo a um lugar em que você sabe que tem drogas, armas... Só de ir lá, o pessoal já acha que você está envolvido. Eu nunca tive esse tipo de problema porque eu nunca gostei de ir. Na minha época do Flamengo, os jogadores foram, mas o mais esperado pelo dono da favela era eu. Mas eu não fui. No outro dia, eu recebi um telefonema de uma pessoa falando que tinha uma filmagem minha com outros jogadores e o dono da favela. Eu falei para ele: “Então temos duas filmagens, a sua e outra minha com a família em um restaurante. Vamos ver qual vai bater?”. Ele ameaçou de colocar no jornal, mas nada aconteceu. Falei com o pessoal do Flamengo que tinha acontecido isso, mas não rolou nada. Nunca esqueço essa história.

Algum companheiro já passou por essa situação?
Um exemplo é o Régis Pitbull, que jogou no Vasco. Ele foi pego na saída da Rocinha, e eu que tive que conversar com os caras (policiais) porque ele seria banido do futebol. Ele já tinha sido pego no doping por maconha. Eu falei com os caras que iam acabar com a vida dele, convenci que acabariam com ele. Ajudei para não sair na imprensa, não sair nada. Eu saí de casa de madrugada. O Régis foi pego com maconha dentro do carro e poderia ser enquadrado como traficante. Ele foi liberado na condição e hoje ele está internado em uma clínica de reabilitação. Um grande jogador, que tinha um ótimo futuro, mas perdeu tudo. Se eu não tivesse cabeça, eu não estaria onde estou e não teria o que eu tenho. Bem ou mal, eu sabia me resguardar. Mas muitos não sabem.

Você conviveu com o Eurico Miranda como rival e como “companheiro” quando defendeu o Vasco. O que pode falar das duas faces do dirigentes?
Se o Flamengo tivesse um dirigente como o Eurico, o Flamengo não estaria nessa situação. Teria mais torcedores, o seu estádio... Ele brigava pelo clube. Quando eu o enfrentei, ele provocou muito o Flamengo. Dizia que o nosso time era horrível. Aquele dia do tricampeonato, os jogadores do Vasco se aquecendo, ele dizia para os caras pararem porque o Vasco já era o campeão. Ele estava fumando um charuto e com aquele gol do Petkovic (aos 43 do segundo tepmo) eu nem sei onde ele colocou o charuto. Quando eu fui para o Vasco foi bem difícil. Ele peitou todo mundo e forçou a minha contratação. O tempo que eu estive lá eu nunca tive problema com ele e sempre fui muito bem tratado.

O Eurico foi o melhor dirigente que conheceu?
Foi, com certeza.

E o pior?
Os do Flamengo. Dirigentes eles não foram quase nada. Só fachada. Não preciso nem citar os nomes (nos tempos de Flamengo, Beto trabalhou com os seguintes presidentes: Kleber Leite e Edmundo Santos Silva).

E quem é o melhor dirigente da atualidade?
O trabalho que o Maurício Assumpção está fazendo no Botafogo é ótimo. Se tivéssemos esse trabalho naquela época, nós teríamos mais títulos. No Rio, o Maurício Assumpção é o melhor dirigente da atualidade. Eu o vejo centrado em metas para o clube. Em São Paulo também existem bons dirigentes.

Você comentou anteriormente que a rejeição era grande no Vasco. Como foi a sua chegada a São Januário?
A rejeição no Vasco era de 80% quando surgiu o meu nome. Quando fui ser apresentado oficialmente, os torcedores estavam na sede da torcida, que era próxima de São Januário, e eu passei lá antes de ir para a apresentação. Eram uns 40 e eu estava no meio deles. Só ouvia os gritos: “Nós te odiamos. Você é flamenguista. Não gostamos de você”. Eu só pedi para eles não me agredirem e não arranharem o meu carro. Eles entenderam e disseram que não gritariam o meu nome, que eu teria que conquistar a torcida. Eu disse que conquistaria o pessoal no dia a dia. No jogo de estreia, eu fui mais ou menos. No segundo jogo, eu joguei bem e ganhei os torcedores. Acabei caindo nas graças dos vascaínos.

Já passou por essa situação na sua carreira de ser recebido pela torcida antes de ser apresentado de forma oficial pelo clube?
Primeira vez que eu passei por isso para jogar em um clube. Nenhum jogador que saiu do Flamengo e foi para o Vasco passou por tal situação. Por que eu? Deve ter sido pela declaração de que preferia jogar no Madureira e não no Vasco e por ter vencido tudo em cima deles. Joguei pelo Vasco a final contra o Flamengo e fui vice. Uma pena... Eu podia ficar fora de todos os jogos, menos dos clássicos contra o Flamengo. A torcida poderia achar que eu estava fazendo corpo mole, pensariam que eu era flamenguista mesmo.

Teve um episódio que você apareceu com uma camisa do Flamengo no CT do Vasco. Você se recorda desta história?
Troquei de camisa com o zagueiro Fernando. No dia seguinte, eu peguei a camisa na rouparia para dar para uns amigos da PM que foram ao Vasco-Barra. Tiraram fotos e isso deu uma repercussão muito grande. Chegaram a afirmar que eu estava devendo alguma coisa e estava pagando com a camisa. Do outro lado, o Fernando com a camisa do Vasco. Os torcedores queriam pegar ele. Acaba o jogo, todo mundo troca de camisa. Chegaram a falar que nós tínhamos feito de propósito. Temos amigos vascaínos, flamenguistas, que pedem camisas e nós fazemos isso direto após as partidas.

Ainda no Vasco você teve o Romário como treinador. Como foi a experiência?
Como treinador ele é muito chato. É pior do que quando jogava. Ele só via você. Eram os mais experientes que tinham que falar. Quando você fazia algo errado, ele reclamava. Tenho viajado com ele atualmente, fiz uns dois jogos beneficentes com o Romário em Belém. Tem uma coisa nova nele que eu admiro que é o comprometimento. Está se comprometendo com tudo. Na época de treinar, ele não ia. Nós tínhamos que treinar por ele. Hoje, não. Quer dormir cedo, diz que não pode faltar aos compromissos, que não pode decepcionar as crianças.

Assim como você que deixou Cuiabá para atuar no Rio, o Botafogo teve outra revelação que é natural de Conceição do Araguaia, no Pará. Porém, no caso de Jobson, ele não soube aproveitar as oportunidades. Como vê o caso do jogador?
Vejo com muita tristeza. É um jogador com futuro brilhante. As amizades e a cabeça fraca fizeram com que ele voltasse ao mesmo erro. Teve uma chance, a segunda chance, a terceira... Ele está tendo outra oportunidade e acho que, depois dessa, se cair no mesmo buraco ele não tem como sair. Ele mesmo vai fechar o mercado para ele. As pessoas que cercam o Jobson é que o derrubam. As pessoas que me cercavam é que tentavam me derrubar, mas não conseguiam. Eu via que estava no caminho errado e mudava o rumo. Se eu fosse para o mesmo caminho, eu não teria o que eu tenho, o meu patrimônio. Agradeço aos meus amigos e à minha família.

Que conselho daria ao Jobson?
Afaste-se dessas pessoas e tente encontrar amigos que queiram ajudar. Coloque na balança quem quer te ajudar e quem quer te afundar. Não temos como discutir o futebol dele. Se ele tiver cabeça, ele vai longe.

Como você percebeu que estava se afundando?
Você começa a ter um desempenho ruim nos jogos. As pessoas começam a falar mal no jornal, na TV. As portas vão se fechando. Depois que as portas se fecham, elas dificilmente voltam a se abrir. Coloquei a cabeça no lugar e comecei a me afastar, vi que as coisas estavam andando. Estava nas convocações de 95, 96, 97. Parei de ser chamado. Não fui para 1999, 2000... Quando vi uma matéria no “Jornal Nacional” da Seleção Brasileira participando da Copa, eu estava em casa bebendo cerveja, jogando pelada com os amigos. Lembro que fiquei triste... No ano seguinte, eu fui para a Copa América de 1999 com o (Vanderlei) Luxemburgo. O Leonardo (hoje dirigente do PSG da França) pediu dispensa, eu fui convocado. O Edilson (ex-atacante) foi cortado pelas embaixadinhas, e o Ronaldinho (Gaúcho) foi chamado. A partir dali, as coisas começaram a abrir. É badalação toda hora. Liga para o fulano, levam quem querem e é tudo na tua conta. Hoje, nós saímos com a esposa, com amigos...

Conheceu o Ronaldinho no início da carreira. Imaginava que ele seria o melhor do mundo?
Quando eu cheguei ao Grêmio, os caras diziam que eu precisava ver um moleque da base. Diziam que o moleque era um fenômeno, só que estava com a Seleção. Quando ele chegou, vi que ele era chato, bom de bola. O futebol é assim. O Neymar disparou, e o Ganso ficou. Houve a época de Diego e Robinho. O Diego deslanchou na Alemanha, e o Robinho sumiu. Com o Ronaldinho era a mesma coisa. Ele não caiu.

É verdade que o Ronaldinho faz o sinal de reverência quando o encontra?
Sempre ajudei o Ronaldinho no início, e ele nunca esqueceu isso. Ele diz para eu falar nas entrevistas. Onde eu estou, ele me abraça, gosta de ficar com o meu filho. Ele me trata com o maior carinho. São coisas que ficam marcadas. São poucos amigos que eu tenho, e o Ronaldinho é um deles.

O que acha do Neymar?
Ele é diferenciado. Ainda não é parecido com o Ronaldinho daquela época. O Neymar joga demais, mas ainda tem uma diferença. O Neymar a cada dia está progredindo. Mas o que atrapalha um pouco é a pressão em cima dele, de que ele vai ter que resolver, vai fazer isso ou aquilo. Ele só tem 19 anos. Todos esperavam que ele fosse destruir na Copa América, mas não foi o que aconteceu no torneio. E isso gera críticas, rola aquela história de que joga bem no Santos e não no Brasil. Acontece como o Messi na Argentina e no Barcelona. Mas é preciso lembrar que ele não está cercado pelos mesmos jogadores.

Você foi companheiro do Túlio no Botafogo, na conquista do Brasileiro de 1995. Como vê a obsessão do atacante em chegar ao milésimo gol? O ajudou em quantos?
Falei para o Túlio que depois que ele começou a fazer a propaganda dos carros, ele vai chegar aos mil vendendo automóveis. Até amistoso de confraternização ele está contando os gols. Tenho participação em uns 20 gols do Túlio. Nos do Baixinho também (risos).

Esporte Espetacular faz análise tática do estilo de jogo do Barcelona

Cristiano Ronaldo aproveita praia, mas não esquece dos fãs

Cristiano Ronaldo ganhou uma folguinha do Real Madrid nas festas de final de ano e foi aproveitar uma praia. Mas o jogador não esqueceu dos seus fãs e desejou um feliz Natal a todos pelo Facebook: “Olá a todos. Estou a disfrutar das minhas férias e gostaria de desejar um Bom Natal a todos”. O atacante está nas Ilhas Maldivas!

23 de dez. de 2011

Em site oficial, Real Madrid desmente eventual oferta por Mário Fernandes

Desde a última quarta-feira o lateral-direito Mário Fernandes é pauta principal dos jornais esportivos espanhois. Na capa do Marca foi noticiado o interesse do Real Madrid em contratá-lo, a pedido do técnico José Mourinho, por aproximadamente 15 milhões de euros.
Embora em Porto Alegre todos tenham negado a existência de qualquer proposta oficial - dirigentes do Grêmio, e empresário do atleta - o próprio clube madrilenho tratou de dar fim às especulações na manhã desta quinta. Em seu site, o Real Madrid publicou uma nota oficial, curta e direta. Diz o texto:
- Diante das informações sobre um suposto interesse de nosso clube em contratar o jogador Mário Fernandes, o Real Madrid C.F desmente que tenha entrado em contato com seu clube e que tenha realizado oferta alguma por seus direitos.
Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, na quarta-feira, o empresário Jorge Machado - representante de Mário Fernandes - já havia negado a existência de uma proposta oficial. Segundo ele, em novembro um emissário do Real assistiu a Fluminense 5 x 4 Grêmio, no Rio de Janeiro, observando o jogador e buscando informações.

Copa do Rei: Real e Barça podem se enfrentar nas quartas de final

A Federação Espanhola de Futebol sorteou nesta manhã os confrontos das oitavas de final da Copa do Rei e os emparelhamentos das etapas seguintes. Finalistas na última temporada, os arquirrivais Real Madrid – atual campeão - e Barcelona podem se enfrentar somente nas quartas de final.
Para isso, os merengues precisam passar pelo Málaga, jogando a primeira partida em casa, no dia 4 de janeiro (o duelo de volta é na semana seguinte). Nas mesmas datas, o Barcelona, que se garantiu nas quartas de final com uma goleada de 9 a 0 sobre o Hospitalet na última quinta-feira, enfrenta o Osasuna.
Surpresa da competição, o modesto Mirandés, da Terceira Divisão e que eliminou o Villarreal na fase anterior, vai encarar o Racing.
Confira abaixo todos os confrontos das oitavas de final:
Córdoba x Espanyol
Mirandés x Racing
Albacete x Bilbao
Real Sociedad x Mallorca
Valencia x Sevilla
Alcorcón x Levante
Real Madrid x Málaga
Barcelona x Osasuna

Em brinde do Real Madrid, Mourinho comemora a liderança no fim do ano

Cerimônia de clima positivo. Durante o brinde realizado nesta sexta-feira junto à árvore de Natal do Real Madrid, o técnico José Mourinho exaltou a conquista da Copa do Rei em 2011 e o fato de o time ter encerrado o ano na liderança do Campeonato Espanhol, com três pontos de vantagem para o rival Barcelona (40 a 37).
– É importante terminar o ano na liderança, olhar para cima e ver que não há ninguém – disse Mourinho, que teve a companhia do presidente do Real, Florentino Pérez, dos espanhóis Iker Casillas e Sergio Ramos, do argentino Gonzalo Higuaín e do brasileiro Marcelo, que desejaram muitos sucessos aos torcedores para o ano novo.
– Estou orgulhoso. É preciso continuarmos sendo profissionais sérios, respeitando a história do clube para construir um grande Real Madrid e conquistar mais títulos no próximo ano – acrescentou.

Luxa x Levy: negociação por Thiago Neves deflagra nova crise no Fla

Ao reclamar da dificuldade que o Flamengo encontra para contratar reforços, Vanderlei Luxemburgo tinha um alvo com nome e sobrenome: Michel Levy. Mesmo sem citar diretamente o vice de finanças, o treinador disparou contra o departamento financeiro. Em entrevista à edição de quinta-feira do jornal “O Globo”, disse que o elenco atual não está pronto para a próxima temporada e vê o clube “engessado” na tomada das decisões.
A crítica é mais uma troca de farpa pública entre eles, uma marca da temporada rubro-negra. Na teoria, um deveria apontar os reforços que interessam, enquanto o outro estabeleceria até quanto e como o clube poderia pagar. Não é o que ocorre na prática. Luxa não abre mão de ir além do trabalho no campo e ganhou poderes de manager no clube desde a chegada, há pouco mais de um ano. Levy, por sua vez, toma a dianteira nas negociações e faz as vezes de diretor de futebol.
Os atritos são constantes. O último deles ocorreu há alguns dias, durante uma reunião da cúpula do futebol, e deflagrou a mais grave crise entre eles. Vanderlei decidiu que o Flamengo deveria abandonar as tratativas com o Al Hilal por Thiago Neves e aplicar o recurso na contratação de Wesley, de 24 anos, do Werder Bremen. O ex-santista - que é versátil e já jogou de volante e lateral - chegou à Alemanha na temporada passada e, segundo o treinador, custaria o mesmo preço de Thiago: cerca de R$ 16 milhões.
Michel Levy discordou do técnico e o clima ficou tenso. O vice de finanças não acatou o desejo do treinador e pediu ao empresário de Thiago, Léo Rabello, que negocie com o clube da Arábia Saudita até que as chances se esgotem.
Vanderlei também não gosta da forma direta com que o vice de finanças fala sobre os negócios do departamento de futebol. Segundo ele, prejudica o andamento das tentativas. Enquanto o treinador e o diretor de futebol Luiz Augusto Veloso têm a frase “contratação é assunto interno” como discurso padrão, Levy costuma dar entrevistas sobre o tema quase diariamente.

O treinador não é o primeiro a se incomodar com a vice-presidência de finanças. No ano passado, quando deixou o cargo de diretor-executivo do Flamengo, Zico falou em “falta de sintonia” com Michel Levy. Um dos primeiros problemas aconteceu quando Zico queria esmiuçar o orçamento para contratações, e o vice de finanças estava na África do Sul assistindo à Copa do Mundo. O episódio criou um desgaste que se acentuou com a intervenção de Levy em algumas contratações - a do volante Gilberto Silva, por exemplo.
Levy resolve caso Felipe
Por conta do bom relacionamento com Bruno Paiva, um dos empresários do goleiro Felipe, Luxemburgo participou diretamente da negociação com o jogador no fim do ano passado. Foi o técnico quem bancou a contratação do reforço, ainda que a presidente Patricia Amorim relutasse por conta do perfil polêmico de Felipe.
Agora, na hora de renovar, houve dificuldade. Levy sempre deixou o negócio por conta de Vanderlei.
- Esta negociação está com o treinador. Nunca vi nenhum dos empresários do Felipe, nem sei quanto temos que pagar - disse, na terça-feira.
Nesta quinta, no entanto, a empresa que agencia a carreira do goleiro divulgou nota oficial em que cita a intervenção do vice de finanças nas conversas como fundamental para o acerto. O Flamengo adquiriu 100% dos direitos econômicos do camisa 1, que ficará no clube por mais quatro temporadas.

Cobrança pública

Em maio, mesmo que em tom de brincadeira, Vanderlei cobrou publicamente da diretoria o pagamento da premiação da conquista do Campeonato Carioca. Durante o discurso da entrega da taça, o treinador lembrou, sorrindo, que o clube ainda não havia quitado o valor prometido ao grupo pelo título. Levy estava no palco, quase ao lado de Luxa.
Coincidência ou não, depois do evento que premiou os destaques da competição, quando o salão da casa de espetáculos já estava praticamente vazio, Luxemburgo e Michel Levy tiveram uma conversa longa, de cerca de 15 minutos. E o clima não parecia ser dos mais tranquilos.

Luxa participa diretamente da definição dos prêmios e já havia feito a cobrança durante uma de suas entrevistas coletivas no Ninho do Urubu.

Levy também participa da negociação com a Traffic para encerrar a crise entre o clube e a empresa de marketing esportivo. As partes tentam chegar a um acordo para que Ronaldinho Gaúcho volte a receber o salário normalmente. A maior parte dos rendimentos do jogador não cai na conta há quatro meses: R$ 3 milhões.

Garantido no Fla, Felipe se concentra na Libertadores: ‘Temos de avançar’

Felipe reconhece: ficou ansioso com a demora para um desfecho positivo da renovação com o Flamengo. De férias em Salvador, o goleiro recebeu a notícia que tanto queria ao lado da família. O jogador vai continuar no Rubro-Negro por mais quatro temporadas. O encontro com os parentes na Bahia virou festa. Nesta quinta-feira, uma reunião com os representantes do jogador, no Rio, definiu a compra de 100% dos direitos do camisa 1. Para mantê-lo, o Fla vai desembolsar R$ 3 milhões.
- Era o presente de Natal que eu mais queria. Fiquei um pouquinho ansioso até terminar a negocição, mas sabia que tudo ia dar certo. Acreditava no acordo entre o Flamengo e meus empresários. Estou muito feliz de continuar no clube, ainda mais por quatro anos.
A primeira temporada de Felipe no gol rubro-negro foi de sucesso. A identificação com clube e torcida não demorou. Ele conquistou a confiança ao ser decisivo em disputas de pênalti no Campeonato Carioca e teve participação importante na conquista do título invicto. No Brasileirão, mostrou-se seguro e praticamente não falhou. Das 69 partidas da equipe em 2011, entrou em campo 65 vezes. Ninguém do grupo jogou mais.

Em 2012, o sonho é ainda maior, já que o Flamengo está de volta à Libertadores. O time estreia na primeira fase no dia 25 de janeiro, contra o Real Potosí, na Bolívia. O jogo da volta será no Rio, em 1º de fevereio. O classificado vai entrar no Grupo 2, que tem Lanús, da Argentina, Olimpia, do Paraguai, e o Emelec, do Equador.
- Mais do que nunca vou me concentrar na minha carreira para começar o ano bem, ganhando do Potosí. Temos de avançar. Precisamos dessa classificação na Libertadores para trazer a torcida para junto do time.
O grupo rubro-negro volta ao trabalho no dia 3 de janeiro, no Ninho do Urubu. Na noite seguinte, a delegação viaja para Londrina, no Paraná. Por lá, os atletas vão treinar até o dia 15. A partir do dia 16, a preparação será em Sucre, na Bolívia, cidade que fica a 164km de Potosí e 2.800 metros acima do nível do mar. O jogo será disputado a 4.000 de altitude. 

Acerto entre Fla e Traffic sobre salários de R10 só depois do Natal

O presente de Natal que o Flamengo pretendia dar aos torcedores não vai chegar. Havia a expectativa de que uma reunião entre o clube e a Traffic, nesta quinta-feira, decretasse o fim da crise na parceria e regularizasse o pagamento de Ronaldinho Gaúcho. Mas o encontro entre o vice de finanças Michel Levy e o diretor da empresa, Fernando Gonçalves, não ocorreu. O clube pediu que a conversa fosse adiada para a próxima segunda-feira, no Rio.
As partes buscam o entendimento para normalizar os salários do camisa 10 e eleminar de vez a possibilidade de saída antes do fim do contrato, que termina em dezembro de 2014. O jogador não recebe a maior parte dos rendimentos há quatro meses (R$ 3 milhões). A empresa de marketing esportivo parou de pagar os R$ 750 mil mensais que são de sua responsabilidade por estar insatisfeita com a postura do clube.
Na quinta-feira da semana passada, Levy foi a São Paulo para conversar com o dono da Traffic, J. Hawilla, sobre o imbróglio. As partes deixaram a reunião animadas, e o Flamengo ficou de dar um retorno, o que tem de ocorrer no próximo encontro. O dirigente rubro-negro já conversou com a presidente Patricia Amorim e relatou todos os pontos debatidos na capital paulista. Levy acredita que a crise com a empresa parceira na contratação de R10 será resolvida, mas não conseguiu cumprir o prazo traçado por ele para encerrar o caso.

Onze meses depois da chegada de Ronaldinho, é um memorando assinado em janeiro que sustenta o vínculo. Quando sentaram para assinar um contrato, a Traffic quis renegociar questões técnicas ligadas a patrocínios, licenciamento de produtos e ao futuro programa de fidelidade para o torcedor. A partir daí, não houve mais acordo.

Empresário diz que Fla e Thiago Neves caminham para um ‘final feliz’

O Flamengo não desiste de manter Thiago Neves. De acordo com o empresário do meia, Léo Rabello, a negociação com o Al Hilal, clube dos Emirados Árabes que detém os direitos sobre o jogador, segue complicada, mas caminha para um desfecho positivo. Rabello acredita que até o fim do contrato de Thiago, no dia 31, tudo já estará resolvido.
- Falo diariamente com o Al Hilal. Sabemos que não é fácil, mas estamos caminhando para um final feliz. Acredito que até o fim do contrato dele, no dia 31, tudo estará resolvido - afirmou o procurador, acrescentando que também fala constantemente com o vice de finanças do Fla, Michel Levy, e com o diretor de futebol Luiz Augusto Veloso.
Na última terça-feira, o Al Hilal anunciou que Thiago Neves teria de retornar no 1º de janeiro e que estaria procurando outros clubes para o jogador no Brasil. São Paulo e Fluminense têm interesse. Os árabes afirmam que o Flamengo não cumpriu o acordo firmado há um ano, quando o Rubro-Negro contratou o meia por empréstimo e adquiriu 10% dos direitos econômicos.
Em maio, o Flamengo decidiu exercer o direito de compra e se comprometeu a pagar R$ 18 milhões por 90% dos direitos econômicos do jogador. O clube acenou com a possibilidade de quitar o valor em duas parcelas. Na hora de confirmar o acerto, neste fim de temporada, mudou de ideia e sugeriu o pagamento em dois anos e meio. O Al Hilal recusou. Os árabes queriam receber o dinheiro o mais rápido possível. Léo Rabello diz que Thiago assinou um pré-contrato de quatro anos com o Flamengo no sábado e que, no Brasil, ele só jogaria no clube.
A negociação com Thiago Neves causa atrito nos bastidores do Flamengo. Vanderlei Luxemburgo acredita que o clube deveria abandonar as tratativas com o Al Hilal e aplicar o recurso na contratação de Wesley, de 24 anos, do Werder Bremen, que, segundo o treinador, custaria o mesmo preço de Thiago: cerca de R$ 16 milhões. Já o vice de finanças Michel Levy negocia a permanência até que as chances se esgotem.