Durante o sorteio dos grupos do Campeonato Paulista de 2014 realizado na última quarta-feira, dia 30, pela Federação Paulista de Futebol, muita gente ficou assustada com a falta de carinho com o nosso idioma. Além de “mudar” o nome de alguns clubes, a federação ainda errou feio no português. Mas este não é um caso izolado... ops, isolado. Relembre essa e outras caneladas na língua portuguesa.
1. MUITO "S" PARA UM TIME SÓ
1. MUITO "S" PARA UM TIME SÓ
Frame - Portuguesa sorteio (Foto: Reprodução Tv Globo)
Era para ser uma festa para apresentar a nova fórmula de disputa do Campeonato Paulista, com a divisão dos times em grupos e as novidades no regulamento. Tudo ia bem até começar o sorteio. Como se não bastasse chamar a Sociedade Esportiva Palmeiras de... "Associação Esportiva Palmeiras" e de tirar a origem do Sport Club Corinthians Paulista que virou apenas "Sport Club Corinthians", a Federação se superou ao exibir os nomes de Ponte Preta e Portuguesa grafados de forma errada. Em vez de "Associação", apareceram como "Assossiação", com quatro letras "S"! Meu Deussssssssss!!! (no dia seguinte, a Federação tentou passar panos quentes, ao pedir desculpas e alegar que o erro teria sido de uma empresa terceirizada).
2. MAIS DIFÍCIL DO QUE O CORRETO
2. MAIS DIFÍCIL DO QUE O CORRETO
Torcida protesta no aeroporto (Foto: Rodrigo Faber)
Quando um clube do tamanho do Corinthians e com o histórico recente de conquistas relevantes, como a Libertadores e o Mundial de Clubes, é eliminado de uma competição, é natural que os torcedores fiquem zangados e façam suas cobranças. Talvez na pressa em cobrar do time logo em sua chegada, após a eliminação na Copa do Brasil para o Grêmio nos pênaltis, ou no calor da emoção de exigir empenho dos jogadores, os torcedores não tenham prestado muita atenção ao escrever a palavra “displiçência”. Isto sim é displicência, mas com o português...
3. REVOLTA SEM FIM
3. REVOLTA SEM FIM
Desabafo (Foto: Nivaldo Lima / Agência Estado)
Ainda no espírito de revolta pela eliminação do Corinthians da Copa do Brasil, os torcedores, além de pressionarem o time já no hotel em que a delegação estava hospedada em Porto Alegre e no aeroporto, ainda fizeram questão de mostrar toda a sua indignação nos muros do Parque São Jorge. E o recado para o time só não foi mais claro por um deslize: “acabou a paz” virou “acobou a paz”. Assim, realmente, não dá para ter paz.
4. UM QUE VALE POR TODOS
4. UM QUE VALE POR TODOS
Torcida tricolor protesta (Foto: Sergio Gandolphi)
O torcedor do Tricolor Paulista bate no peito com muito orgulho - e justiça, diga-se de passagem – por ter três títulos mundiais e muitas outras conquistas que fizeram do clube uma potência. Por isso, era mais do que natural que a torcida estranhasse a posição incômoda no Z4 que o São Paulo ocupava até a metade do Brasileirão. Para deixar clara a grande insatisfação com o desempenho da equipe, os tricolores exibiram várias faixas após a derrota por 3 a 0 para o Santos, no início de outubro. Uma delas dizia "Jogadores não deixe o gigante cair". Talvez se estivesse escrito "Jogadores, não deixem o gigante cair" a recuperação do time na tabela poderia ter sido mais rápida.
5. GAFE NA CAMISA
5. GAFE NA CAMISA
Welliton no treino (Foto: Carlos Augusto Ferrari)
Nome de jogador de futebol é uma pegadinha. Qualquer profissional de comunicação que trabalhe com esporte e que seja responsável por cobrir o dia a dia de um clube precisa redobrar a atenção na hora de informar o nome de um atleta. A criatividade na grafia de nomes mais complexos como Michael e Washington ou até de mais simples como Felipe, Vagner e Vanderlei é tanta que todo o cuidado é pouco. Por isso, não dá pra culpar a fornecedora de material do São Paulo. Contratado pelo clube em agosto, o jogador Welliton recebeu seu uniforme de treino com seu nome escrito errado. Ao invés de Welliton, ele apareceu no campo com “Wellinton” escrito logo abaixo do número 37. Mas o deslize foi corrigido no dia seguinte.
6. NOME DE TÉCNICO É DETALHE
6. NOME DE TÉCNICO É DETALHE
Revolta da torcida (Foto: Reprodução Facebook)
Prestes a disputar sua primeira partida no comando de um desesperado Vasco, que luta para sair da zona do rebaixamento, o técnico Adilson Batista sabe bem que se não conseguir salvar o time, não vai ser poupado. Mas se a raiva do torcedor vascaíno chegar aos muros de São Januário, Adilson não vai ficar surpreso. Recentemente, ele foi alvo da torcida do Figueirense, time que então comandava na Série B. O desabafo contra o técnico ficou nos muros do Estádio Orlando Scarpelli. Pelo menos fica a dica para os torcedores do Gigante da Colina: o nome é Adilson, com “n” no final, e não“Adilsol”.
7. AMOR DEMAIS, ORTOGRAFIA DE MENOS
7. AMOR DEMAIS, ORTOGRAFIA DE MENOS
Homenagem? (Foto: Alex Araújo / G1/MG)
Ronaldinho Gaúcho é um craque que desperta paixões. Quando foi contratado pelo Flamengo, levou a torcida à loucura. Porém, saiu da Gávea queimado e foi abraçado pelo Atlético Mineiro. No Galo, recebeu carinho e recuperou seu grande futebol, sendo uma das principais peças da equipe na conquista da Libertadores. Tudo indicava que o craque teria mesmo sucesso em Minas. Já no Brasileirão do ano passado, após uma vitória sobre o Palmeiras por 1 a 0, no Pacaembu, com boa atuação do Gaúcho, dois torcedores do Galo resolveram homenagear o jogador e picharam a estátua do Cristo Redentor do Barreiro, no bairro Milionários, em Belo Horizonte. Além de estragarem o patrimônio público, os dois ainda escreveram o nome de Ronaldinho errado e foram presos por vandalismo pela Guarda Municipal.
8. ATAQUE AO PORTUGUÊS
8. ATAQUE AO PORTUGUÊS
Insatisfação (Foto: Felipe Zito/Globoesporte.com)
No ano passado a torcida do Palmeiras já estava pressentindo que o final do ano não seria tão feliz. Ainda em novembro, revoltados com as fracas atuações do time e após mais um resultado ruim, os muros da sede social do clube e da loja oficial amanheceram pichados com ofensas ao time, aos dirigentes e com várias ameaças diretas ao então presidente Arnaldo Tirone. Em um dos desabafos deixados no muro estava escrito “Time medilcre”. De repente, se o time fosse apenas “medíocre”, o Palmeiras não teria disputado a Série B este ano.
9. NADA PARA COMEMORAR
9. NADA PARA COMEMORAR
Símbolo do União Mogi (Foto: Larissa Spuldari)
Era para ser um símbolo comemorativo pelos 100 anos do União Mogi, time de futebol de Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo, mas acabou virando uma dor de cabeça. O clube preparou um distintivo para marcar a data e, em maio deste ano, fez a estreia do novo uniforme da equipe no empate contra o Ecus, de Suzano. O jogo seria apenas mais um se o União não tivesse usado o tal novo uniforme com uma gafe. Na inscrição do símbolo estava escrito “Serpente do Alto Tiête” com erro de acentuação na palavra que descreve a região onde fica a cidade. O correto seria Tietê, com o acento circunflexo na última letra. Os dirigentes tiveram que mandar a fornecedora de material corrigir o erro e ainda ficaram com todas as camisas que estavam erradas. Fica o alerta para o próximo centenário!
10. A FALTA QUE UMA LETRA FAZ!
10. A FALTA QUE UMA LETRA FAZ!
Pichação contra Bruno (Foto: Agência Estado )
O Brasil inteiro ficou chocado com o caso do goleiro Bruno, em 2010. Várias foram as manifestações de repúdio ao comportamento do atleta, tanto de outros profissionais quanto de torcedores. A revolta e a indignação foram tantas que vários locais, especialmente em Belo Horizonte, apareceram pichados com inscrições contra o jogador. É compreensível que momento do desabafo a letra “i” da palavra goleiro tenha sido esquecida.
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