Eles eram poucos, mas foram capazes de fazer barulho. Cerca de dez torcedores estiveram presente no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre para o desembarque do Inter após a derrota para o Vasco e a demissão de Dunga, confirmada nesta sexta-feira, e protestaram contra o mau momento do time, 10º colocado e a sete pontos da zona de rebaixamento no Brasileirão. Os gritos de "raça" e as cédulas sugerindo um grupo mercenário irritaram o preparador físico Paulo Paixão, que também deixou o clube, mas, assim como Dunga, voltou à capital gaúcha com o restante da delegação.
- É o c... da sua mãe - gritou Paixão.
O Inter não passou pelo saguão de desembarque. O ônibus, não o do clube, estacionou na parte interna do aeroporto, apanhando o grupo e o deixando longe do contato com os torcedores, que só avistavam os jogadores e os demais profissionais de longe, sobre uma passarela. Um forte esquema fora armado, com força policial e segurança própria do clube.
O presidente Giovanni Luigi e o diretor de futebol Marcelo Medeiros seguiram no Rio de Janeiro para iniciar tratativas com um nome. O clube já tem a sua opção preferencial para a vaga de Dunga, mas a mantém em sigilo. Abel Braga, demitido há cerca de um mês do Fluminense, é o mais cotado.
O grupo volta aos treinos na tarde de sábado com Clemer como técnico interino. O ex-goleiro do clube e hoje técnico do sub-20 irá comandar a equipe no domingo, diante do Fluminense, no Estádio Centenário.
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