Jogo difícil ontem, pelo menos foi muito mais difícil do que passar o carro com as 4 rodas por cima do Foguinho na semana passada. Mas o peso da nossa camisa bonita demais, nosso intimidante calção preto e o apoio da torcida, que se infiltrou entre os verdes na maior cara de pau, fizeram toda a diferença. Chupa, Goiás! Time cuja única tradição é a entrevista cheia de mágoa com Hélio dos Anjos antes do jogo contra o Flamengo.
O Goiás é um time chato, muquirana e perigoso. Principalmente porque faz parte daquela plêiade de timinhos inexpressivos que infestam o meio da tabela do Campeonato Brasileiro e consideram os eventuais embates contra o Flamengo como as datas mais importantes dos seus calendários esportivos. Eventos que, dada a bissexta e infrequente participação do Goiás na Série A, nem acontecem todo ano e nem valem grande coisa.
Aí quando o acaso nos coloca frente a frente valendo alguma coisa é aquele lamentável espetáculo de xenofobia, recalque e dor de cotovelo. Pros torcedores do Goiás perder pro Flamengo nem é o maior dos problemas. Eles já estão acostumados. A dor da úlcera incurável é causada pelo fato de serem a terceira torcida do progressista estado, atrás do Flamengo e do Vila Nova.
Essa colocação desonrosa dos moxé na pirâmide alimentar do futebol goiano lhes fere a alma e provoca em seus (poucos) torcedores reações não muito másculas. O bagulho é doído. A verdade é que o chororô constante e as desculpas esfarrapadas após cada derrota os faz antipáticos ao resto do país.
O Flamengo, sempre o Mais Querido do Brasil, master na exploração de neuras, recalques e medinhos, se aproveitou muito bem dessa instabilidade psicológica dos verdinhos e venceu com relativa tranquilidade, trazendo grande vantagem para a decisão da vaga no Maracanã. Sem o seu superestimado gordinho o Goiás é um time medíocre, daqueles que precisam apelar para a violência e o antifutebol.
E olha que eles deram a incrível sorte de pegarem pela frente um árbitro absolutamente pusilânime que não coibiu a porradaria. Caso contrário meio time deles teria que ter sido expulso. Mais sorte ainda deu o tal Hugo ao receber seu terceiro amarelo e ficar de fora do próximo jogo. Se esse mané brotasse no Maraca seria inevitavelmente justiçado. Que coisa feia!
O Flamengo, escalado comme il faut, com André Santos e Paulinho pela sinistra, é um time extremamente traiçoeiro. E mesmo com a ausência de Felipe a defesa se mostrou extremamente sólida. Méritos para Chicão, muito seguro, e pra Wallace, cuja evolução técnica é notável. O meio de campo ontem foi o nosso ponto fraco. Elias em fase difícil (tá cheio de pobremas particulares), Luiz Antônio ainda sonolento, Carlos Eduardo com aquele entusiasmo todo e Amaral sendo o Amaral de sempre, estão nos devendo.
Com o meio complicado o maior prejudicado é o ataque, porque a bola não chega redonda lá na frente. E se alguém ainda tiver saco pra dar um confere no scout da partida irá ver que o Goiás chutou muito mais a gol do que nós. Ressalte-se que não foi uma das melhores noites de Hernane, jogando muito longe da meta. Brocador, meu filho, que te sirva de lição: show de Belo, Naldo e assemelhados não faz bem ao seu futebol. Evite.
A vitória foi importantíssima, loas a Paulinho e Chicão, autores de dois golaços. Mas prefiro não me exceder nas comemorações, ainda faltam 90 minutos de bola rolando antes de consolidarmos nossa vaga na final da Copa do Brasil. Não vejo a hora de poder dizer Deixou Chegar, Fudeu! O que, obviamente, só se diz depois que o caneco está em nossa sala de troféus lacustre.
Enquanto isso não acontece, cabeça erguida e sapatinho máximo. Toda a atenção ao Brasileiro, onde ainda não terminamos o serviço. Domingo teremos a maravilhosa oportunidade de bater os pregos no caixão do Flor e fazer um pouco de justiça nesse país. E como já dizia aquele velho adesivo da OAB, sem justiça não há democracia.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo no sócio torcedor