24 de dez. de 2013

Presidente do Fluminense se espanta com cobrança do patrocinador e nega ter dúvida sobre técnico, mas não revela nome

Peter Siemsen: relacionamento com Celso Barros vive seu pior momento
Peter Siemsen: relacionamento com Celso Barros vive seu pior momento Foto: Marcelo Carnaval / 08.12.13
Rafael Oliveira
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O espírito natalino passa longe das Laranjeiras. Embora tenham tentado manter as aparências ao longo de todo o ano (ainda que vários episódios mostrassem o contrário) o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e o patrocinador, Celso Barros, chegam ao fim de 2013 com um bate-boca público. O motivo: a indecisão do mandatário sobre a contratação de Renato Gaúcho como técnico.
Em entrevista à Rádio Globo, Barros expôs sua insatisfação com a demora de Siemsen. Ele revelou que o dirigente já havia dado sua palavra de que Renato seria o novo treinador, mas que agora estaria com dúvidas. O investidor admitiu ainda que Rodrigo Caetano foi demitido do cargo de diretor de futebol contra sua vontade. E disse que, se o dirigente voltar atrás e contratar outro técnico (Cristóvão é seu favorito), o Fluminense terá que arcar com as consequências.
— Eu não falo sobre treinador ainda — disse Siemsen, que ao ser informado pelo Jogo Extra das declarações do patrocinador reagiu com espanto: — Não tenho dúvida nenhuma. Se há alguma dúvida pergunta para ele (Celso) qual é. Ele não resolveu falar? Então, liga para ele.
O presidente da Unimed, por sua vez, devolveu no mesmo tom:
— Ele disse que não tem dúvida? E por acaso ele falou quem é o técnico? Ah, então quando ele anunciar o novo treinador nós vamos saber se há ou não dúvida.
Bate-boca à parte, a decisão de Siemsen vai definir muito mais do que o nome do novo técnico do time. Vai traçar o caminho do Fluminense nos próximos meses.
Se cumprir o acordado na última semana e contratar Renato, o dirigente contará com a boa vontade da Unimed para trazer mais reforços e pagar parte do salário do treinador. No entanto, sofrerá forte desgaste político com sua base, defensora de uma política de enfrentamento às vontades do patrocinador.
Se contratar Cristóvão ou outro profissional, Siemsen conseguirá a ruptura e independência há tempos desejada, mas terá que planejar um 2014 de secura financeira, em que novos reforços viriam bancados totalmente pelo clube. Assim como o técnico, que no caso de Cristóvão custaria cerca de R$ 180 mil mensais.
Alheio a tudo isso, Conca desembarcou no Rio no mesmo dia sonhando com conquistas em 2014. Ao menos um presente de natal a torcida ganhou.


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