24 de dez. de 2013

Multicampeão, Rafinha quer Seleção e admite que quase fechou com Timão

Rafinha Brazuca Bayern medalha campeão mundial de clubes Marrocos (Foto: Rodrigo Saviani)Rafinha com a bola da final e medalhas do Bayern conquistadas em 2013 (Foto: Rodrigo Saviani)
Depois de conquistar o Mundial de Clubes com o Bayern de Munique, Rafinha não perdeu tempo e voou para casa. Na cidade natal Londrina (PR), o lateral-direito aproveita a pausa no calendário do futebol alemão para curtir a família e recarregar as baterias neste fim de ano. Após um 2013 quase perfeito, o jogador mantém esperanças de ser lembrado pelo técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari.
Com o Bayern, Rafinha conquistou quase tudo o que disputou em 2013. Das seis competições, cinco títulos: Campeonato Alemão, Copa da Alemanha, Liga dos Campeões, Supercopa Europeia e, por fim, o Mundial de Clubes. Só perdeu a Supercopa da Alemanha, para o Borussia Dortmund.
A reportagem do GloboEsporte.com conversou com novo campeão mundial, um pouco antes de ele receber o título de cidadão benemérito de Londrina. Para Rafinha, o mais importante para o clube na temporada foi a conquista da "Tríplice Coroa", que reúne Liga dos Campeões da Europa, Bundesliga (o Alemão) e Copa da Alemanha. 
– Em 50 anos de Bundesliga, nenhum time alemão conseguiu esse feito. Depois, ganhamos a Supercopa contra o Chelsea, e coroamos com o Mundial. Então, 2013 foi um ano muito bom – disse.
 A sensação é única de levantar o troféu e poder dizer ‘sou campeão do mundo’. É gratificante
Rafinha
Mais do que as conquistas, Rafinha comemorou a volta ao time titular do time alemão. O jogador retomou a vaga após a chegada de Pep Guardiola no meio do ano. Com o novo treinador, o brasileiro foi titular no primeiro turno do nacional, na Liga dos Campeões e no Mundial de Clubes.
Com a boa fase pessoal e do clube, Rafinha não esconde a esperança de ainda ser lembrado por Felipão para a Copa do Mundo. Porém, o jogador mantém os pés no chão. Sobre a proposta do Corinthians, revelou que chegou a ter praticamente tudo acertado com o clube paulista. Mas a volta para o Brasil acabou adiada depois de uma boa oferta de renovação com o Bayern.

Confira a entrevista completa com o paranaense Rafinha:
Mundial
"É um titulo de uma expressão muito grande, para poucos. Eu vi o São Paulo ser campeão em 1992 contra o Milan, com gol do Müller. Vemos e sempre sonhamos ser jogador profissional, mas ser campeão do mundo é para poucos. Eu tenho certeza de que fui iluminado para chegar até aqui. A sensação é única de levantar o troféu, e poder dizer ‘sou campeão do mundo’ é gratificante". 
Ano de títulos
"Foi um ano demais. De seis títulos, conseguimos ganhar cinco. E o mais importante foi conquistar a 'Tríplice Coroa', com a Liga dos Campeões da Europa, a Bundesliga e a Copa da Alemanha. Em 50 anos de Bundesliga, nenhum time alemão conseguiu esse feito. Depois, ganhamos a Supercopa contra o Chelsea, e coroamos com o Mundial. Perdemos apenas a Supercopa da Alemanha para o Dortmund. Então, 2013 foi um ano muito bom".
Rafinha família Bayern medalhas (Foto: Rodrigo Saviani)Rafinha entrega as medalhas para a família: folga alegre em Londrina, no Paraná (Foto: Rodrigo Saviani)
Titular com Guardiola
"É totalmente diferente quando estamos jogando. No primeiro ano no Bayern, consegui jogar a temporada inteira, no segundo ano já joguei menos. Ano passado, de 47 partidas, joguei 22. Claro que não foi como eu queria, mas sempre entrei bem, trabalhei bem. E com a mudança de técnico, com o Guardiola, tive uma nova chance e agarrei.
É bom destacar que se eu disputasse posição com um jogador normal, tudo bem. Mas disputo com o Philipp Lahm, um dos melhores laterais do mundo atualmente, dez anos capitão do Bayern de Munique, capitão da seleção da Alemanha. Ser banco dele não seria nada demais. Como o Guardiola o colocou no meio campo, eu tive mais espaço. Fui titular no primeiro turno inteiro, na Liga dos Campeões, no Mundial de Clubes".
 O Guardiola pediu para que renovassem meu contrato o mais rápido possível. E isso pesou bastante na decisão
Rafinha
 Sonho de voltar à Seleção
"Claro que a expectativa aumenta. Mas o Brasil está bem representado de laterais-direitos. Tem o Daniel, o Maicon. O sonho de disputar a Copa existe. É um sonho que todo jogador tem. Estou jogando como titular do Bayern de Munique, então claro que existe. Porém, quero deixar os meus pés falarem por mim. Não acho legal dizer que vou cobrar uma chance. Quero fazer o meu trabalho como estou fazendo. A minha parte estou fazendo, estou jogando bem.
Tenho certeza de que a comissão técnica da Seleção está me vendo, me observando, e tenho que fazer minha parte. Não me convém dizer que ‘tenho que ir para a Seleção’. Faço minha parte. Estou tranquilo, e se tiverem que convocar, eles vão convocar".
Proposta do Corinthians
"A proposta existiu. Chegamos a conversar com o pessoal do Corinthians, estava praticamente com valores acertados. Tudo estava encaminhado. Mas foi num momento importante da minha carreira. Estou com 28 anos, titular do Bayern de Munique, um dos melhores times do mundo, e o clube querendo que eu ficasse. O Bayern de Munique fez uma proposta muito boa, de três anos de contrato, e o Guardiola pediu para que renovassem meu contrato o mais rápido possível. Isso pesou bastante na decisão.
Mas claro que quero voltar ao Brasil, ficar perto da minha mãe, corintiana. Tem bastante corintiano na família que queria que eu voltasse. Mas eu tenho que pensar na minha família. Temos que colocar na balança para pensar. E decidi ficar mais esse tempo na Europa e depois pensar em voltar para o Brasil".
Rafinha Brazuca Bayern medalha campeão mundial de clubes Marrocos (Foto: Rodrigo Saviani)Rafinha pensa em Seleção e brinca: 'Já conheço bem a bola da Copa do Mundo' (Foto: Rodrigo Saviani

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