17 de jun. de 2012

Lusos se recusam a dar entrevistas, e técnico pede: 'Deixem-nos em paz'


Paulo Bento, Portugal (Foto: Agência AP)Paulo Bento reclama das críticas vindas de
Portugal (Foto: Agência AP)
Vitória por 2 a 1 sobre a Holanda, dois gols do craque da equipe, Cristiano Ronaldo, e classificação assegurada para as quartas de final. Mas em vez de sorrisos e festa, jogadores de fisionomia sisuda e passando sem querer dar declarações. A "greve" é uma resposta às críticas vindas de Portugal, que o treinador Paulo Bento prometeu devolver ao fim da participação da equipe no torneio. Neste domingo, os atletas começaram a deixar o estádio 40 minutos após o apito final, passando em grupos de cinco ou seis, em silêncio total.
A atitude espantou os jornalistas holandeses que falavam com os jogadores da seleção laranja após a eliminação da equipe com três derrotas em três partidas.
- O que aconteceu? Ninguém vai falar? Mas por que, eles não ganharam? Eu entenderia se fizessem isso após uma derrota - disse um holandês.
Cristiano Ronaldo ainda foi obrigado a dar uma curta entrevista na sala de coletivas por ter sido eleito o craque do jogo por um patrocinador da Euro. E mais nada. Sem uma única palavra os jogadores seguiram para o ônibus e de lá para o aeroporto de Carcóvia, a caminho da cidade polonesa de Opalenica, onde estão concentrados.
Cristiano Ronaldo, Portugal x Holanda (Foto: Getty Images)Autor de dois gols, Cristiano Ronaldo foi o único jogador a falar (Foto: Getty Images)
O treinador Paulo Bento, sim, falou. E citou um grupo de portugueses que, segundo ele, estão torcendo contra a equipe.
- A promessa continua de pé, falarei sobre tudo quando acabar a nossa caminhada. Ela não acabou. Sei que alguns estavam desejosos que acabasse nesta partida. Foi assim com a Alemanha, foi assim com a Dinamarca, porque foram buscar tudo o que podia ser crítico em relação aos jogadores. Deixem-nos em paz, critiquem o treinador.
Em seguida, Paulo Bento disse que gostaria que a situação mudasse antes das quartas de final contra a República Tcheca, mas não acredita que isso acontecerá.
- A grande maioria estará com uma felicidade imensa, outros estarão tristes. Mas já vão mais uma vez afiar as facas e a comprar cachecóis dos tchecos. Isto vai continuar - completou

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