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Depois de empatarem em 1 a 1 na primeira fase da Eurocopa 2012, Itália e Espanha já têm novo encontrado marcado: a final da competição, no próximo domingo. E, para chegar até a última partida do torneio, os dois times tiveram que passar por seleções tradicionais e acabaram vivendo situações opostas. Enquanto os espanhóis avançaram sem ter um "homem-gol" definido, já que Fernando Torres não convenceu, os italianos tiveram sua campanha marcada por um camisa 9 bastante polêmico: Mario Balotelli.
O atacante do Manchester City já chegou à Euro com polêmica, dizendo que mataria quem o ofendesse com racismo nos jogos na Polônia e Ucrânia. A ameaça não intimidou alguns torcedores, que imitaram macacos quando Balotelli pegava na bola e geraram multas da Uefa. Até mesmo um jornal italiano teve que pedir desculpas por causa de uma charge do atleta caracterizado como King Kong. Dentro de campo, o camisa 9 demorou a corresponder às expecativas, mas brilhou na hora decisiva: dois gols na vitória de 2 a 1 sobre a Alemanha, que garantiu a Azzurra na final do torneio e na Copa das Confederações de 2013.
Apesar de a Espanha ter marcado oito vezes na competição, o técnico Vicente del Bosque teve problemas ofensivos desde o começo da Eurocopa. Fernando Torres foi eleito o dono da vaga de centroavante no início, mas ainda não convenceu. Depois de começar no banco contra a Itália, o jogador do Chelsea marcou duas vezes sobre a Irlanda (4 a 0), mas passou em branco novamente diante da Croácia (1 a 0). Por isso, nas quartas de final, o treinador preferiu atuar com Fàbregas como "falso 9" (como na estreia) e, nas semifinais, apostou em Negredo – que também não fez jus à expectativa.
Balotelli também foi mal no primeiro clássico - quando perdeu um gol incrível - e na segunda rodada, contra a Croácia (1 a 1). Foi parar na reserva contra a Irlanda, mas mas saiu do banco para marcar para a Azzurra no 2 a 0 e protagonizou uma das grandes cenas da Euro até aqui:o “cala-a-boca” dado por Bonucci. Nas quartas de final contra a Itália, “Super Mario” tentou várias vezes e não marcou (0 a 0, triunfo nos pênaltis), mas decidiu diante da Alemanha nas semifinais e deu a vaga à Itália com dois gols.
Confira abaixo a campanha da Espanha e da Itália até a final da Eurocopa:
Espanha e Itália se enfrentaram logo no primeiro jogo do Grupo B da Eurocopa. E, naquela ocasião, os centroavantes dos dois times também estiveram em evidência. Fernando Torres e Balotelli falharam ao concluir alguns lances e não conseguiram fazer com que suas equipes estreassem com vitória no torneio. Coube a Di Natale e Fàbregas balançarem as redes no empate em 1 a 1.
Espanha passa por Irlanda, Croácia e França, mas sofre contra Portugal
Em seu segundo jogo na Euro, Fernando Torres deu sinais de que poderia se reconciliar com os gols de vez. O 'Niño' balançou as redes em duas oportunidades e foi importante para a Fúria conhecer sua primeira vitória na competição, diante da defensiva Irlanda de Giovanni Trapatonni. Naquele momento, a Fúria passava a ocupar a primeira colocação do Grupo B e chegaria ao jogo contra a Croácia, na última rodada, com tranquilidade.
No entanto, tal tranquilidade não existiu na última partida da Fúria pela fase de grupos. Apesar de precisar apenas de um empate para garantir sua vaga nas quartas de final da Euro, o time comandado por Vicente del Bosque passou certo sufoco no duelo contra a Croácia. Como a Itália saiu na frente diante da Irlanda, um gol croata significaria a eliminação prematura dos espanhóis. E, por pouco, isso não se concretizou.
Foi a capitão Iker Casillas quem salvou a Espanha durante boa parte do jogo, que aconteceu em Gdansk, com grande festa dos croatas presentes ao estádio. O goleiro do Real Madrid salvou ótimas finalizações da Croácia, entre elas uma cabeçada firme de Rakitic. Até que o salvador apareceu: Jesús Navas marcou para a Fúria aos 43 minutos do segundo tempo e garantiu a primeira colocação para os atuais campeões do mundo e da Europa.
Nas quartas de final, os espanhóis se depararam com um adversário tradicional. Passando por um processo de renovação, a França chegou ao duelo em Donetsk apoiando-se em um retrospecto favorável: a Fúria jamais havia vencido os Bleus em Copas do Mundo ou Eurocopas. No entanto, tal jejum foi encerrado sem muita dificuldade.
Apesar de não ter uma exibição de gala, a Espanha fez uma partida segura e conseguiu abrir o placar ainda na metade do primeiro tempo, mantendo a vantagem até os 46 minutos da etapa final, quando fez o segundo. Os gols saíram dos pés de Xabi Alonso, que completava 100 jogos com a camisa "roja" da seleção.
Na semifinal, a Fúria viu a eliminação de perto. Diante de uma ótima marcação portuguesa, os espanhóis tiveram muita dificuldade para implementar seu estilo de jogo e quase não conseguiam tocar a bola, apostando em ligações diretas em muitas oportunidades - algo raro para o time de Del Bosque.
Depois do 0 a 0 no tempo regulamentar, a Espanha ignorou os dois dias a menos de descanso do que os portugueses e, na prorrogação, conseguiu mostrar superioridade diante do time de Paulo Bento. Por pouco, os espanhóis quase garantiram a vaga na final sem a necessidade da disputa de pênaltis, mas uma boa finalização de Iniesta parou nas mãos de Rui Patrício.
Nas penalidades, o goleiro luso defendeu a cobrança de Xabi Alonso, mas Casillas espalmou o chute de João Moutinho e Bruno Alves bateu na trave. Coube a Fàbregas converter sua cobrança e garantir a Fúria em sua segunda decisão seguida de Eurocopa.
Itália cresce após empates nas duas primeiras rodadas
Após o empate com a Espanha na estreia, a Itália chegou ao jogo contra a Croácia um tanto quanto pressionada, ja que um tropeço diante dos croatas poderia trazer a obrigação por vitória na última rodada. E os italianos tiveram a vitória nas mãos durante boa parte da partida.
Um dos grandes destaques da Azzurra na Euro 2012, Andrea Pirlo impressionou ao marcar um belo de gol de falta e abrir o placar, ainda na primeira etapa. O time de Cesare Prandelli soube segurar a vantagem até a metade do segundo tempo, quando Mandzukic apareceu para empatar e deixar a Croácia bem viva na competição.
Diante da Irlanda comandada pelo velho conhecido Giovanni Trapatonni, os italianos, finalmente, fizeram a sua parte. E, para a partida, Prandelli operou uma substituição que já vinha sendo especulada pela imprensa italiana: Balotelli deu lugar a Di Natale desde o início.
Porém, foi outro atacante que abriu o placar para a Azzurra: Cassano marcou no fim da primeira etapa, desanimando ainda mais a já eliminada Irlanda. Passando às quartas de final por conta dos critérios de desempate definidos pela Uefa, os italianos só garantiram a vitória aos 43 minutos do segundo tempo. Balotelli saiu do banco para deixar o seu primeiro gol na Eurocopa e ser "calado" por Bonucci na "comemoração" do tento.
Depois de avançarem às quartas de final sem campanhas muito convincentes, as tradicionais Inglaterra e Itália protagonizaram o primeiro jogo sem gols da Euro 2012. Apesar do placar não ter sido alterado, o tempo regulamentar da partida teve diversos lances de perigo, principalmente na primeira etapa.
De volta ao time titular após o gol marcado sobre a Irlanda, Balotelli demonstrou mais confiança e por pouco não marcou um golaço de bicicleta. Na prorrogação, a Azzurra chegou perto de marcar com Diamanti chutando a bola na trave de Joe Hart.
Na cobrança das penalidades, houve até cobrança de "cavadinha" de Pirlo. Montolivo desperdiçou para o time italiano, mas Ashley Young chutou no travessão e Ashley Cole parou nas mãos de Buffon. Assim, a Itália, que dominou completamente a partida nos 120 minutos, chegou a uma semifinal de Euro depois de 12 anos de jejum.
Diante de uma das favoritas ao título, a Alemanha, os italianos tiveram uma de suas melhores atuações na Euro 2012. E o personagem da campanha, Mario Balotelli brilhou ainda mais, sendo decisivo, com dois gols.
O primeiro tento do "Super Mario" saiu aos 20 minutos do primeiro tempo, em boa cabeçada. O segundo veio 16 minutos depois, em um belo chute da entrada da área após contra-ataque. Mas a boa atuação teve que ser "coroada" com uma polêmica. Após deixar a Itália com dois gols de vantagem, Balotelli tirou a camisa, mostrou bastante "marra" e ainda levou o cartão amarelo.
A Alemanha tentou reagir e evitar a eliminação, pressionando os italianos nos momentos finais de jogo. Özil marcou de pênalti já nos acréscimos e trouxe apreensão à Azzurra nos últimos instantes de jogo. No entanto, o time de Cesare Prandelli resistiu e conseguiu se classificar para a final em Kiev.
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