A Libertadores tem sido um carrossel de emoções bem particular para Alexandre Kalil. O pênalti defendido por Victor contra o Tijuana, aos 48 minutos do segundo tempo do segundo jogo das quartas de final, levou o presidente do Atlético-MG às lágrimas. A classificação à decisão teve o mesmo requinte: o camisa 1 alvinegro pegou a última penalidade da disputa contra o Newell's Old Boys, e o Galo está numa final inédita.
Desta vez, Kalil não chorou, mas ressaltou o laço afetivo com o Independência. A equipe mineira está invicta a 38 jogos no estádio, com 29 vitórias e nove empates, e o mandatário acredita que o segundo e decisivo jogo da disputa pelo título, contra o Olimpia, pode ser na casa que o Galo adotou. A Conmebol estipula que as duas últimas partidas têm de ser realizadas em estádios com capacidade mínima de 40 mil pessas, e o palco no Horto comporta 23 mil.
- É uma coisa que ainda vamos ver. Vou trabalhar para burro. Vou ter que trabalhar para burro. Ainda não estou de férias na Libertadores. Teve um negócio da Conmebol, na semana retrasada, que acabou com tamanho de estádio. Isso caiu. O que vale é que seja liberado um estádio com conforto e segurança.
A relação com o Independência passa pela empatia com a torcida, segundo o presidente. Para ele, a identificação vale o esforço.
- Tenho certeza de que trazer o Independência para o Atlético foi histórico. O estádio é do América-MG, todo mundo sabe, mas o Galo é demais aqui. A torcida é impressionante aqui dentro.
Enquanto Kalil vislumbra uma chance de decidir a Libertadores no estádio que virou um talismã para o Atlético-MG, o diretor de futebol do clube, Eduardo Maluf, foi mais recatado nas opiniões.
- Na Libertadores é assim. A regra é essa. Vamos ver se conseguimos mudar. Se não, o jogo será no Mineirão.
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