27 de jul. de 2013

Volta ao Lar.

Na última vez em que a torcida do Flamengo esteve reunida oficialmente no Maracanã, há quase 3 anos, o time ainda detinha o título de campeão brasileiro e o estádio, indiscutivelmente, era a nossa casa. Poucos poderiam prever que aquela crise técnica e política em que o Flamengo se debatia quando enfrentou o Santos no Brasileiro de 2010 e a reforma perdulária do estádio-monumento fossem nos custar tanto.
No domingo o Flamengo volta ao Maracanã para desfilar no gramado histórico pela 1906ª vez. Não mais como campeão brasileiro, não mais em crise, ainda que em uma condição técnica muito abaixo do mínimo exigido pela torcida. Mas ainda segurando galhardamente a escrita de não perder de jeito nenhum pro Foguinho no Brasileiro nesse século. De 2001 pra cá já são 20 jogos em que a inegociável recusa do Flamengo em perder pra esses buxas aumenta as neuras da pequena torcida em extinção.
Falando em torcida, não dá pra deixar de comentar o impacto dos novos preços dos ingressos sobre elas. Dizem que o Maraca agora só vai ter ricos, otários, velhos, crianças até 12 anos, turistas e sócios torcedores. Talvez seja exagero, porque desde que acabaram com a geral que o processo de elitização do Maracanã começou. Mas é óbvio que com a arquibancada custando 100 reais o perfil do torcedor no estádio vai mudar.
O que ainda não mudou foi a maneira do Flamengo tratar o cliente, com muita desorganização e aquele tradicional desrespeito ao consumidor na venda dos ingressos. Compreendo que tanto o Flamengo quanto o Consórcio ainda não sabem como trabalhar o novo estádio e que a única maneira de aprender é fazendo e errando, mas vamos combinar, quem paga no mínimo 100 paus tem que receber serviço de qualidade em troca dessa bufunfa. As filas e a zona que rolaram pra comprar e trocar os ingressos não podem se repetir na hora de entrar no estádio.
Mas a saudade do velho Maraca é maior que o preços da entrada e na base do sacrifício a Magnética vai chegar com tudo. Mesmo com todos os obstáculos entre o Maracanã e o torcedor acho que o público do clássico chega a uns 50 mil, o que não será suficiente pra ocupar legal o meio do estádio, que mais uma vez vai ter a galera concentrada atrás dos gols. O jogo não vai ser nada fácil pra o Flamengo. O Foguinho é freguês, não ganha nada e os salários em Soldado Severiano estão sempre atrasados, mas eles estão vivendo um momento muito melhor do que o nosso e vão dar trabalho.
O Flamengo precisa mais dos 3 pontos que o Botafogo, o que talvez motive o Mano a fazer o time correr mais riscos. Mas não dá pra esperar muita novidade na forma do Flamengo jogar. Vai ficar plantadão lá atrás, esperando a hora que os caras derem mole pra partir no contra-ataque. Já aprendemos da forma mais dolorosa no domingo passado que pra esse esqueminha funcionar é fundamental que o Flamengo tenha alguém em campo capaz de pensar com originalidade. A provável volta do moleque Gabriel ao meio é a nossa esperança.
Há um tempão que o Flamengo tem sofrido com a falta de alguma coisa. Às vezes faltava estádio, às vezes faltava torcida, quase sempre faltava time. Com Maraca, Manto e torcida agora só falta a esse time do Flamengo um pouquinho de futebol pra voltar a ocupar o seu lugar no topo da tabela do campeonato. Vamos ver que se apresenta pra cumprir essa missão. Manter a tradição e cortar a onda do Foguinho cheio de marra vai ser um excelente começo.
Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.

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