O Atlético-MG vai passar por uma nova experiência em dezembro, no Mundial de Clubes da Fifa, não só por ser sua primeira vez no torneio, mas pelo fato de, neste ano, a competição acontecer no Marrocos, país com uma cultura bem diferente do que se vê no Brasil e até mesmo no Japão, onde o Mundial mais vezes foi realizado. Os repórteres doSporTV Thiago Crespo e Pedro Mota, em participação no "Redação SporTV", relembram a passagens pelo país, quando integraram o projeto "Passaporte SporTV", do Canal Campeão. Agora em São Paulo, eles esperam por muito assédio a Ronaldinho Gaúcho.
- Antes de mais nada, o que atleticano pode esperar é o mesmo frio que a gente está passando aqui em São Paulo agora, porque vai ser inverno por lá. A grande notícia em terras marroquinas é o fato de Ronaldinho Gaúcho disputar esse Mundial de Clubes, isso porque o Marrocos profissionalizou o futebol em 2012 e, portanto, o time número 1 de lá é o Barcelona. As pessoas não torciam muito para os times locais, torciam para o Barcelona, e portanto a ida do Ronaldinho para lá é o acontecimento do ano. Conversei ontem com um repórter da TV marroquino e ele me assegurou que os estádios vão estar completamente lotados por conta da presença do Ronaldinho Gaúcho. Uma manchete de jornal local diz que o "Ronaldinho vem com o Atlético-MG", e não "o Atlético-MG vem com Ronaldinho" - ressalta Thiago Crespo.
Para o repórter Pedro Mota, a presença da mídia de outros países no Marrocos para a cobertura do Mundial será uma experiência diferente, já que os marroquinos não estão acostumados a conviver com as câmeras, ao contrário, por exemplo, dos japoneses.
- Esse Mundial vai ser bastante diferente do que a gente está acostumado, principalmente por conta da diferença da cultura muçulmana, que é muito mais retraída. E uma diferença para a cobertura da mídia é que, no caso do japonês, ele está acostumado com câmera, e no Marrocos não tem isso. A gente teve bastante dificuldades lá quando tinha que sair pra rua, todas as vezes que tínhamos que sair pra gravar e fazer alguma reportagem, tínhamos que pedir uma autorização por escrito para o governo, por fax, e eles tinham que autorizar. Isso vai ser uma dificuldade para a imprensa lá.
Outros aspecto levantado por Thiago Crespo, que também diz respeito aos costumes locais, é a bebida alcoólica. Se hoje é proibido o consumo nos estádios brasileiros, na rua o uso é normal. No Marrocos, nem pensar em consumir álcool em público, seja onde for, mas o repórter sugere outra bebida.
- Uma coisa que ele (torcedor atleticano) não pode esperar é cerveja dentro dos estádios e muito menos em volta dele, isso porque a religião muçulmana não permite o consumo de álcool em público. O torcedor atleticano que for vai se contentar com o delicioso "chá de menta".
O Atlético-MG já tem até data para estrear no Mundial, será no dia 18 de dezembro, na cidade de Marrakech, mesmo palco da final. A outra sede do torneio é Agador. O repórter Pedro Mota diferencia as duas cidades.
- Marrakech a gente voltou várias vezes, ficamos lá de janeiro até julho no ano passado, é o grande centro turístico do Marrocos, que tem a cultura berbere bem enfatizada, com encantadores de cobras, as medinas, e todos os produtos típicos. Agadir é uma cidade litorânea, tem o principal porto do Marrocos, é um polo econômico.
Além do Galo, outros quatro clubes já têm presença garantida no Mundial da Fifa, entre os dias 11 e 21 de dezembro: Bayern de Munique, da Alemanha; Monterrey, do México; Raja Casablanca, do Marrocos; e Auckland City, da Nova Zelândia. Mais duas equipes vão ao torneio, um representante da Ásia e outro da África
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