recha ao apático Flamengo. Lodeiro e Rafael Marques criaram as primeiras chances. E foi do atacante o gol que abriu o placar: em jogada ensaiada, aos 21, Seedorf bateu falta da direita, e ele surgiu na altura da marca do pênati para completar de pé direito, surpreendendo a defesa.
Para se ter uma ideia do grau de dificuldade rubro-negra, até os 32 nenhuma finalização havia sido registrada. João Paulo inaugurou essa estatística, cobrando falta de longe, mas Jefferson pegou. O mapa da mina alvinegro era o lado direito. Em tabelas rápidas e contragolpes após roubadas de bola na intermediária rival, praticamente todas as oportunidades surgiram pelos pés de Gilberto, Seedorf, Rafael Marques e Lodeiro - este quando variava a posição.
O holandês do Botafogo, aliás, deu azar duas vezes e não foi capaz de levar uma vantagem maior para o intervalo. Em um dos chutes, com Felipe vendido, acertou o travessão, novamente de falta. Do outro lado, Gabriel e Carlos Eduardo não conseguiam manter a posse e municiar Moreno. Os dois foram muito criticados na saída de campo. E sobrou para Gabriel, sacado para a entrada de Adryan. Luiz Antônio também entrou, na vaga de Diego Silva, mal na cobertura.
Como se fosse outra partida, com outros times, o segundo tempo virou. Com fôlego renovado na marcação, a equipe de Mano Menezes se adiantou e assustou o Glorioso já no primeiro lance. Adryan fez boa jogada e deixou Marcelo Moreno livre para bater, mas Jefferson salvou. O ritmo do clássico no Maracanã caiu, mas ficou chamou a atenção a queda do conjunto do Botafogo, que não acertava mais quatro passes em sequência. Assim, a pressão foi inevitável.
A defesa alvinegra sofreu um apagão, e Adryan, que incendiou a partida, carimbou o travessão, aos 16, com uma bomba em lance que sobrou sozinho depois de desvio de Carlos Eduardo. A cena s repetiu em cinco minutos, só que, desta vez, Elias tocou para o fundoda rede no rebote. Impedido, teve o gol anulado. Não bastasse um, mais uma vez Jefferson foi vencido por Elias, mas a jogada não valeu também por posição irregular. No entanto, um desvio em Bolívar no caminho criou polêmica, e os jogadores reclamaram muito com a arbitragem.
Menos organizado, o Flamengo reduziu um pouco o ímpeto na reta final, apesar de sempre rondar a área. O Botafogo, acuado, não tinha o que fazer a não ser se segurar. Irreconhecível, contava com a sorte e com a grande atuação de seu goleiro em duas cabeçadas à queima-roupa. Mas os acréscimos foram longos. Cinco minutos por conta do atendimento justamente a Jefferson, que cortou a cabeça. E Elias se tornou definitivamente o personagem da noite ao empatar aos 49. Igualdade e festa da torcida rubro-negra, que saiu em êxtase de seu palco.
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