11 de jul. de 2013

Victor explica defesa de pênalti: estudo dos rivais e terço de torcedor

O goleiro Victor, nessa quarta-feira, teve mais um dia de herói com a camisa do Atlético-MG. Foi dele, mais uma vez, o lance que decidiu a classificação do Galo na Taça Libertadores. O arqueiro alvinegro saltou no canto esquerdo e defendeu a cobrança de pênalti de Maxi Rodriguez, melhor jogador do Newell’s Old Boys, da Argentina. Assim, garantiu a vitória atleticana na disputa de penalidades, após o placar de 2 a 0 no tempo normal (veja o vídeo dos lances da partida ao lado).
Victor, acostumado às decisões e muito confiante pela fase brilhante que vive com a camisa alvinegra, explicou como foi o momento da defesa do pênalti.
- Tentei desequilibrar, tirar a concentração dele. Disse que ia ficar no meio do gol, bati no peito. Nessa hora, vale tudo para conquistar a vitória. Tinha avisado ao Cuca sobre o lugar do pênalti. O árbitro chegou a me perguntar se tinha preferência por um lado. No pênalti, a bola ia levantar o gramado. Podia atrapalhar. A grama tinha sido replantada. O pessoal escolheu aquele lado por causa da torcida.
O goleiro já havia sido decisivo nas quartas de final, quando defendeu o pênalti de Riascos, do Tijuana, do México, aos 48 minutos do segundo tempo. Naquela oportunidade, se o Galo levasse o gol, estaria eliminado da Taça Libertadores. Mas Victor defendeu. E mais, trata o lance como a maior momento de toda a carreira.
- Tenho tudo sobre aquela defesa. Tenho DVD, foto, guardei tudo o que tenho sobre o lance. É um momento especial, que vou levar apara o resto da minha vida. Foi a defesa mais importante da minha carreira. Ontem, foi emocionante, mas essa defesa foi especial. Nas cobranças, tenho cinco chances de defender. Naquele momento, era a única chance.
Momento do pênalti
Victor defesa pênalti jogo Atlético-MG Newell´s (Foto: AFP)Victor defende pênalti cobrado por Maxi Rodriguez (Foto: AFP)

Victor estudou profundamente os cobradores do Newell’s Old Boys. Antes do início das séries alternadas, revisou com o preparador Chiquinho onde cada um batia. Assim, foi preparado para o gol, consciente do que tinha que fazer.
Porém, algo além do estudo aconteceu. E Victor tratou de não ignorar.
- Em um jogo como esse, onde precisávamos reverter uma situação, a gente espera que qualquer coisa possa acontecer. Me preparei para isso e fui feliz, no momento em que precisaram de mim. Mas um fato me marcou bastante. Antes do início das cobranças de pênalti, algum torcedor, que não consegui identificar, jogou um terço no gramado. Peguei e coloquei um pouquinho para trás da linha do gol. Não sei se foi determinante, mas acho que ajudou.
O maior título da carreira de Victor é a Copa do Brasil de 2005, conquistada com a camisa do Paulista, de Jundiaí. Além dele, o goleiro já foi campeão gaúcho, pelo Grêmio, e Mineiro, pelo Atlético-MG. Pela Seleção Brasileira, esteve no grupo da Copa das Confederações de 2009.

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