7 de jul. de 2013

Tá Osso!

Ainda que tenhamos conseguido manter a longa e inócua invencibilidade de 31 dias é evidente que não ficamos satisfeitos com o resultado do jogo de ontem. Pelo crime de colocar 2 gols de vantagem e deixar que o adversário empatasse o Flamengo foi punido com a perda de dois pontos. E, cá pra nós, time que dá um mole desses merece perder 3 pontos pra deixar de ser frouxo. Ou seja, no fim das contas acabamos beneficiados por um empate imerecido, já que fizemos tudo certo pra perder.
Na hora de buscar culpados os promotores podem ir tocando o terror enquanto vão descendo a escadinha hierárquica. Pode-se culpar o Mano pela substituição de um meia por um volante no momento decisivo da partida. Se tivéssemos ganhado o jogo a troca seria classificada como cautelosa, mas como empatamos de bobeira um jogo que estava ganho a substituição revelou-se apenas medrosa. Não acredito que o Flamengo tenha contratado o Mano para que ele faça as mesmas bizonhices que o Joel e Jorginho faziam pela metade do preço.
Podemos também responsabilizar a nossa frágil defesa pela inação nos dois gols do adversário, o que também acaba respingando no ubber treinador que assinou a escalação. Da forma que jogaram, Leo Moura, Gonzalez, Wallace e João Paulo não seriam capazes de defender sequer uma bandeja de brigadeiros em uma festa infantil. Cada escanteio é um barata voa louco na nossa área. E como não destinar algum castigo a um atacante que desperdiça uma penalidade máxima? Mesmo sendo um dos mais efetivos e voluntariosos durante a partida Marcelo Moreno parecia um boliviano batendo pênalti.
Ainda assim o réu tem direito ao amplo direito de defesa e seus advogados merecem ser ouvidos. E olha que as atenuantes citadas pelos nobres causídicos fazem algum sentido. Enfrentamos o líder da competição, um time bem mais entrosado que o nosso. Jogamos pela primeira vez à vera sob novo comando técnico. Nosso elenco é fraco e em muitas posições sofre com a ação deletéria do tempo. Isso pra não falar no controverso tema mando de campo, afinal, Brasília pode ser rubro-negra, mas não é a casa do Flamengo. Não no sentido de um campo onde estamos habituados a jogar e a fazer valer nossa superioridade. Podemos colocar essa na conta do odioso consórcio Maracanã.
Os réus estão muito bem de advogados, mas quem é que vai defender as vítimas, no caso nós, a torcida que encheu os cofres do clube e deu show de elegância e bem vestir? A realidade é que o Flamengo está muito mal no Brasileiro, com um aproveitamento em casa digno de rebaixado, 2 pontos em 3 jogos. O entusiasmo da torcida em Brasília, que lotou o elefante branco federal e mostrou nosso poderio, não é uma fonte inesgotável de recursos. Se o time continuar a perder pontos que não pode perder a novidade envelhece, a paixão arrefece e até os mais fanáticos começam a preferir fazer outra coisa do que acorrer ao estádio bilionário da capital do país.
É bem não ir achando que o torcedor do Flamengo que mora longe do Rio é otário. Fora o torcedor que jogou copo no gramado e justificou o prenome do estádio de um bilhão de reais até agora a torcida do Flamengo tem dado ao time o máximo em empolgação, confiança e apoio. Sem contudo receber nada em troca. Daqui a pouco eles reagirão com as únicas armas que possuem, a indiferença e a televisão. Tem que acender agora uma luz vermelha na Gávea e tratar de corrigir isso o quanto antes.
Nos próximos 8 ou 9 jogos no Mané Garrincha o Flamengo pode sair consagrado como o time que soube renascer longe de casa ou pode confirmar as mais pessimistas previsões dos derrotistas de plantão. O sucesso do Flamengo não poder ser só nas bilheterias. Se continuar desse jeito o fim da história vai ser triste. Wallim, tá na hora de agir, os reforços são pra ontem.
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Mengão Sempre
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Rubro-negro bem vestido, me ajuda a acabar com os perebas no time do Flamengo. Entra logo nosócio torcedor.

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