1 de jul. de 2013

Pacotão da Copa: Neymar brilha, Taiti emociona, e Espanha se enrola

Neymar brasil troféus copa das confederações (Foto: Agência Getty Images)Neymar posa com seus prêmios na Copa
das Confederações (Foto: Agência Getty Images)
A Copa das Confederações no Brasil e do Brasil foi também o palco para a confirmação do talento de Neymar. O camisa 10 da Seleção correspondeu, com folga, às expectativas e se tornou o protagonista da competição: ganhou a Bola de Ouro dada ao craque do torneio, terminou como terceiro artilheiro e ainda foi decisivo na conquista do título.
Mas o reconhecimento a Neymar não fica apenas nos prêmios oficiais. Entre simulações e sarrafos, ele liderou também os rankings de faltas sofridas e cometidas - levou 30 e fez 18, em cinco jogos. Ao lado de outros seis jogadores, terminou em segundo lugar entre os principais garçons, com duas assistências, perdendo apenas para o uruguaio Gargano. Para completar, o camisa 10 da Seleção brilhou com o golaço e o drible mais bonito do torneio.
Mas a Copa das Confederações não se resumiu a Brasil e Neymar. O Taiti, seleção amadora da Oceania, conquistou a torcida apesar de sofrer três goleadas - para Nigéria, Espanha e Uruguai -, protagonizando alguns dos momentos mais emocionantes do torneio. A epopeia do goleiro Roche, que saiu de um falha incrível a uma simpática comemoração no pênalti perdido cobrado por Torres para fora quando a Roja já tinha feito oito gols no 10 a 0 no Maracanã, foi um dos pontos altos da competição.
Comemoração Taiti contra Nigéria (Foto: Getty Images)Jogadores do Taiti comemoram o único gol da equipe na competição (Foto: Getty Images)
Os atuais campeões do mundo, por outro lado, não caíram nas graças da torcida brasileira e foram muito vaiados por onde passaram, além de criarem polêmica nas estadas em Fortalezae no Recife. Outras equipes tradicionais, Itália e Uruguai ficaram pelo caminho, mas deixaram a marca: Balotelli se viu à vontade no Brasil, enquanto a Celeste viveu às turras com a organização. A Nigéria, por sua vez, apareceu mais pelo atraso na chegada ao país do que pelo futebol. O México, nem isso: participação totalmente apagada, salva apenas por uma bela jornalista.
PACOTÃO GERAL da copa das confederações (Foto: arte esporte)

GOLACO (Foto: Infoesporte)
A Copa das Confederações tinha começado há apenas três minutos quando Neymar deu o tom do que seria a competição. Vivendo um jejum de nove jogos sem marcar, o camisa 10 aproveitou passe de Fred e não pensou duas vezes: de fora da área, ajeitou o corpo e soltou a bomba. A bola foi parar no ângulo esquerdo do gol do japonês Kawashima na vitória brasileira por 3 a 0. Era o primeiro passo para o título. E em grande estilo.
Pacotão drible (Foto: Editoria de Arte)
Craque da competição, Neymar desfilou elegância em gols, assistências e jogadas brilhantes. No farto repertório de dribles do camisa 10 brasileiro, uma das jogadas encantou a torcida no confronto com o México, quando ele passou por dois marcadores mexicanos com extrema facilidade antes de tocar para Jô fazer o segundo gol na vitória da Seleção por 2 a 0, pela segunda rodada da fase de grupos.
header pacotão ator (Foto: arte esporte)

Bola de Ouro da Copa das Confederações, terceiro colocado na artilharia, campeão e... melhor ator. Neymar não se destacou apenas pelo lado positivo. Ainda que bem menos, o atacante voltou a aparecer pelo seu hábito de cavar faltas. Na semifinal contra o Uruguai, exagerou. Numa disputa com o volante Gargano, deu um salto acrobático, fingindo ter sido atingido no rosto. O lance virou atépiada nas redes sociais.
Headers PACOTAO COPA sarrafo (Foto: arte esporte)

Se Neymar tentou simular uma falta contra Gargano, o mesmo não pode ser dito de Alvaro Rodríguez no mesmo jogo. O uruguaio teve o azar de tentar passar pelo volante Luiz Gustavo, que chegou chutando bola, canela, barriga e tudo mais vestido de celeste que encontrou pela frente. Chamado de cão de guarda da defesa brasileira, dessa vez ele exagerou na vontade de proteger o campo da Seleção.
Headers PACOTAO COPA defesa (Foto: arte esporte)

A derrota no Mundial de 1950 ameaçou retornar à memória dos brasileiros nas semifinais, quando, logo no início da partida contra o Uruguai, Forlán teve a chance de abrir o placar em cobrança de pênalti. Coube a Julio César se esticar todo no canto esquerdo, defender o chute e abrir o caminho para a classificação brasileira rumo à decisão da competição. Mais uma vitória na história do clássico sul-americano para deixar o "Maracanazo" cada vez mais para trás.
FRANGO (Foto: Infoesporte)

Enfrentar a campeã do mundo Espanha já era uma tarefa quase impossível para o amador Taiti, mas a simpática seleção da Oceania também colaborou para o massacre por 10 a 0, na segunda rodada da fase de grupos. No sétimo gol da Roja, o goleiro Roche protagonizou o frango da competição: saiu mal e passou batido pela bola, que sobrou para Villa, meio constrangido, completar para as redes. Depois, o atacante até ajudou o camisa 1 a se reerguer da trapalhada.
PERSONAGEM (Foto: Infoesporte)

Roche, porém, se redimiria ainda naquela partida. Quando o duelo já estava 8 a 0, Fernando Torres teve a chance de ampliar em cobrança de pênalti, mas chutou para fora. O goleiro do Taiti não teve grande participação no erro do espanhol, mas, ainda assim, comemorou bastante, empolgando até a torcida do Maracanã, no que foi um bom resumo da campanha dos polinésios na Copa das Confederações.
Headers PACOTAO COPA GOL PERDIDO (Foto: arte esporte)

Reserva de Cavani no Uruguai, o atacante Abel Hernández aproveitou a chance como titular contra o Taiti e fez quatro gols na vitória por 8 a 0. Mas poderia ter marcado mais. Já no segundo tempo, o jogador do Palermo recebeu ótimo cruzamento de Gargano e, livre na pequena área, teve um desentendimento com a bola, enrolando-se todo na hora de finalizar e desperdiçando ótima oportunidade.
 
MICO (Foto: Infoesporte)

O bravo Ravshan Imatov não teve uma atuação muito feliz na vitória do Brasil sobre a Itália por 4 a 2, em Salvador, na última rodada da fase de grupos. No segundo gol da Azzurra, o árbitro do Uzbequistão se enrolou todo: após cobrança de escanteio, marcou pênalti de Luiz Gustavo em Balotelli, mas, ao ver que Chiellini havia completado para o gol, resolveu validar a jogada. Após o jogo, o acabou admitindo o erro.

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