17 de jul. de 2013

Finais desafiam Jô e Tardelli pela artilharia da Libertadores

Alecsandro, Jô, Diego Tardelli, Atlético-MG, treino, Cidade do Galo (Foto: Bruno Cantini  / Site Oficial do Atlético-MG)Jô e Tardelli lutam pela artilharia da Libertadores
(Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)
Com 27 gols marcados, o melhor ataque da Taça Libertadores, o Atlético-MG se dá ao luxo de ter uma disputa interna pela artilharia da competição continental. Nos próximos dois jogos da decisão do torneio, os atacantesDiego Tardelli e  definirão quem será o detentor do título de maior goleador das Américas em 2013. Com seis gols cada, os dois foram fundamentais para o time na trajetória até a final. Com eles em campo, o time atleticano balançou as redes em sete dos 12 jogos até o momento.
Foi de Jô o primeiro gol do Galo na Libertadores, logo aos 13 minutos, contra o São Paulo, na estreia dos times no torneio. Na ocasião, ainda sem ritmo de jogo, por ter retornado ao Brasil após período no Al Gharafa, do Catar, Tardelli teve uma participação apenas discreta e foi substituído no segundo tempo.
Foi o primeiro jogo no retorno de Diego Tardelli ao clube, do qual se tornou ídolo, justamente após a artilharia do Campeonato Brasileiro de 2009. No início da temporada 2011, se transferiu para o Anzhi, da Rússia.
O primeiro gol de Tardelli, pelo Galo, no retorno, aconteceu na segunda rodada, na goleada por 5 a 2 sobre o Arsenal, na Argentina. Na partida, Jô também balançou as redes, e o clube bateu o recorde de gols de um clube brasileiro no país hermano, em jogos da Libertadores.
Na terceira rodada, contra os bolivianos do Strongest, no Independência, Jô abriu o placar, e Tardelli passou em branco. No jogo de volta, na altitude de La Paz, na Bolívia, veio a primeira tabelinha. O que deveria ser o contrário, já que Jô é o atacante-referência, foi Tardelli que fez a função do definidor e mandou para as redes o belo cruzamento do camisa 7 atleticano, abrindo caminho para mais um triunfo alvinegro.
Mas Tardelli tratou de compensar o companheiro, ao abrir caminho da goleada por 5 a 2 sobre o Arsenal, no Horto. Jô, dessa vez, não conseguiu marcar, mesmo com o time goleando em casa. Esse fato incomodou o atacante, na ocasião.
- Centroavante vive de gols e, quando o time goleia, e não marco, fico frustrado, disse o jogador ao sair de campo, substituído por Alecsandro, que anotou o último tento do jogo.
Separados, ruim para o Galo
Na única vez em que os dois passaram em branco em um jogo da primeira fase, o Galo conheceu a derrota. Nesse jogo, Tardelli não atuou, por conta de dores musculares. Os 2 a 0 para o São Paulo ficaram entalados nas gargantas dos atleticanos e, especificamente, nas dos dois jogadores.
Jogador da base tricolor, Tardelli foi o autor do gol da vitória no Morumbi, no primeiro jogo das oitavas de final.
- Sempre tenho sorte de marcar contra o São Paulo, pelo Atlético-MG, disse o artilheiro, que anotou cinco gols contra o ex-clube com a camisa alvinegra.
No Independência, Jô, cria da base corintiana, relembrou a rivalidade paulista e não perdoou: três gols em Rogério Ceni. Tardelli não poderia deixar passar a chance e fez mais um. E faria de novo, no empate em 2 a 2 com o Tijuana, no México.
No jogo de volta das quartas de final, os dois atacantes passaram em branco pela segunda vez na competição e a primeira no mata-mata. Resultado: uma classificação pra lá de dramática, com o goleiro Victor defendendo com os pés o pênalti de Riascos, no minuto final de partida.
Nas semifinais, Tardelli e Jô não marcaram, e o jejum já começa a incomodar.
- Ficar tanto tempo sem marcar não é muito bom. Mas estamos fazendo uma função importante, e o que interessa é que o Atlético-MG siga vencendo os jogos, analisou Jô.
Sobre a artilharia, Tardelli nunca escondeu que é algo que sempre busca, mesmo não sendo o objetivo principal.
- Quando voltei ao Atlético-MG, sempre pensei em conquistar títulos e em ser artilheiro também. Mas prefiro que o clube saia campeão. Esse título é importante para o clube, para a torcida, para todos nós jogadores. Se vier a artilharia, melhor ainda, disse o dono da camisa 9.

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