A fase do atual campeão da Superliga masculina de vôlei é negra. Depois de perder o patrocínio da OGX, empresa do bilionário Eike Batista, e por isso trocar de nome pela terceira vez, há duas semanas, o RJ Vôlei agora convive com um problema comum em times de futebol: salários atrasados.
O pagamento referente ao mês de outubro ainda não foi feito aos jogadores, como o levantador Bruninho, o oposto Leandro Vissotto e o líbero Mário Júnior, todos da seleção brasileira. A direção da equipe evita falar sobre o assunto, mas admite que a perda de um grande patrocinador atinge o time.
— Quando você perde um patrocinador master, isso gera um impacto — afirma José Inácio Salles, diretor do RJ Vôlei — Antes, a OGX era o único patrocinador, o contrato não permitia que outros participassem. Mas este ano mudou, e fechamos com mais dois. Sobre essa parte administrativa (pagamento de salários), tem que falar com as empresas.
Sem querer se estender no assunto, Salles garantiu que um acordo com um novo patrocinador deve ser anunciado ainda esta semana.
— É uma empresa que está muito bem no mercado — assegurou o dirigente.
Caso não seja resolvida em breve, a falta de pagamento pode provocar uma debandada de atletas. Coincidência ou não, o primeiro reforço contratado para a temporada, há menos de cinco meses, acaba de se transferir para a Turquia. O central Maurício assinou com o Halkbankspor, que já conta com um brasileiro, o levantador Rapha. Aos 25 anos, o jogador viajou para se apresentar à nova equipe assim que chegou da Copa dos Campeões, no Japão, da qual participou com a seleção brasileira, mês passado.
Segundo colocado na Superliga, o RJ Vôlei encara o Minas nesta quarta-feira, às 19h30m, em Belo Horizonte. Já o líder o Sada Cruzeiro joga nesta terça, às 21h, contra o Sesi, terceiro colocado, fora de casa, no Ginásio Vila Leopoldina.
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