Na última quinta-feira, Bastian Schweinsteigerparou o trânsito em Santa Cruz Cabrália para dar um abraço em Tibúrcio, seu amigo brasileiro. No domingo, nem o sangue tirou o sorriso do rosto do "Mister Simpatia" da Copa do Mundo de 2014: o craque do Bayern de Munique e da seleção alemã ditou o ritmo da vitória por 1 a 0 sobre a Argentina e saiu do Maracanã abraçado pela torcida brasileira e campeão mundial.
Poderia ter sido bem pior. Aos três minutos do segundo tempo da prorrogação, o camisa 7 disputou uma bola pelo alto com Agüero. O argentino acertou um soco no rosto do alemão, que deixou o campo sangrando (assista ao lance no vídeo acima). Após receber atendimento médico na lateral, Schweinsteiger voltou ao gramado a tempo de comemorar o gol marcado por Götze, aos sete. Era a consagração do jogador que mais curtiu a Copa do Mundo no Brasil.
Poderia ter sido bem pior. Aos três minutos do segundo tempo da prorrogação, o camisa 7 disputou uma bola pelo alto com Agüero. O argentino acertou um soco no rosto do alemão, que deixou o campo sangrando (assista ao lance no vídeo acima). Após receber atendimento médico na lateral, Schweinsteiger voltou ao gramado a tempo de comemorar o gol marcado por Götze, aos sete. Era a consagração do jogador que mais curtiu a Copa do Mundo no Brasil.
A emoção do guerreiro Schweinsteiger com a conquista do tetra mundial da Alemanha (Foto: Reuters)
Se Podolski marcou seu nome pelas mensagens bem-humoradas em português nas redes sociais, mas mal entrou em campo, Schweinsteiger destacou-se dentro e fora dos estádios. O craque vestiu a camisa do Bahia, do Grêmio e do Flamengo em brincadeiras com torcedores brasileiros, se divertiu com os companheiros na praia perto com direito a "briga de galo" e até dançou o "Lepo Lepo" com Tibúrcio, um amigo do lateral Rafinha que conquistou o carinho dos ídolos do Bayern (o goleiro Neuer também é fã do dançarino).
Achou pouco? Que tal uma partida de futebol com crianças de uma escola na pacata vila de Santo André? Ou uma divertida dança com os índios, um passeio de veleiro, uma foto ao lado de um adolescente que tatuou o seu nome e deixou o interior de São Paulo para reencontrá-lo? Uma ida ao calçadão no Rio de Janeiro, a uma igreja no Recife, assistir à disputa de pênaltis entre Brasil e Chile enrolado numa bandeira verde-amarela... Não faltam exemplos para mostrar o quão carismático foi o camisa 7.
Companheiros de seleção e Messi observa Schweinsteiger sentado, sangrando (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
No Maracanã, Schweinsteiger mostrou também a sua face de guerreiro. Daqueles que não foge da luta. Chegou a colocar a mão na virilha com dores, mas seguiu em campo para liderar a Alemanha na busca pelo título que não conquistava desde 1990. O camisa 7 correu 15 quilômetros, acertou 97 passes e conseguiu seis desarmes. Não foi o craque da partida, mas foi o símbolo da retomada alemã.
Schweinsteiger estava na África do Sul quando o time de Joachim Löw já havia dado provas que poderia ir longe. Um dos pontos de referência sempre foi o craque do Bayern, que em quatro anos consolidou-se com uma estrela do futebol mundial com os títulos de dois Campeonatos Alemães, duas Copas da Alemanha, uma Liga dos Campeões e um Mundial de Clubes.
Aos 29 anos, o "Mister Simpatia" chegou ao Brasil sabendo que esta poderia ser sua última Copa do Mundo. Deu o sangue, literalmente. Mas também distribuiu sorrisos. E não seria um soco de Agüero que o deixaria fora do foto oficial. O guerreiro não foge da luta
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