1 de dez. de 2013

'Pai' de 500 Davis, Elias dá esperança e lição de persistência

Elias é todo sorriso. Por vários motivos. Na vida pessoal, voltou a ver o filho Davi, de um ano e oito meses, fazer bagunça e manha pela casa. O pequeno está completamente recuperado da pneumonia que o deixou no CTI e abalou o pai. Na profissão, o momento é muito positivo. Ele acaba de ser destaque do Flamengo na conquista do tricampeonato da Copa do Brasil e entrou para a seleção dos melhores do Campeonato Brasileiro mesmo com a campanha ruim do time.

- Foi bom (o ano). Eu já esperava isso quando cheguei aqui no Flamengo. Sempre disse que queria entrar na história do Flamengo com títulos, e o título veio agora no fim do ano. Foi um ano difícil, sabia que seria difícil, só que minha expectativa era de ganhar um título. E consegui.

Elias terá um Natal em família e tranquilo. Até o dia 25 de dezembro, ele espera ter definido a permanência no Rubro-Negro. O contrato de empréstimo termina em 31 de dezembro, a negociação está em fase final, e a tendência é que o camisa 8 seja o presente dos torcedores que o acolheram tão bem.

- No que depender de mim, eu fico aqui por muito tempo. Não só em 2014, mas quatro, cinco anos. Só que não posso dar 100% de certeza porque não depende só de mim. Depende do Sporting, depende do fundo de investidores que comprou 50% do meu passe. Mas da minha parte já está resolvido, decidido. Se eu tiver que escolher, vou escolher ficar no Flamengo.

Na vida, Elias escolheu o caminho do bem. Criado na comunidade da Cidade Nova, Zona Norte de São Paulo, viu a criminalidade bater na porta de casa, mas com uma base familiar sólida nem passou perto de abrir. O pai, Eliseu Trindade, e o trabalho o tiraram de lá, mas o coração ficou. Desde 2008, o “Projeto Elias”, fundação sem fins lucrativos e sem vínculos políticos, está sendo desenvolvido nas comunidades do Parque Novo Mundo: Cidade Nova, Funerária, Vila São João, Marconi, Bela Vista, Casinhas e Berimbau, por meio do esporte e da cultura. Cerca de 500 crianças e adolescentes são atendidos e têm o jogador como inspiração. A sede do projeto é a casa onde o volante nasceu e cresceu. Lá, Elias cuida dos seus outros “Davis”.

- Em toda comunidade, toda periferia, você está próximo dos dois lados. Você pode ir pelo caminho certo ou pelo errado. O que eu puder fazer para direcionar essas crianças para o caminho certo eu vou fazer. A gente já perdeu várias crianças, mas ganhamos bastante também.
Mosaico projeto Elias (Foto: Reprodução)Imagens do projeto social que tem o volante Elias como cabeça (Foto: Reprodução)


Abaixo, a íntegra da entrevista:

Vamos começar falando desse ano de 2013. Foi um ano muito bom para a sua carreira, né?

Foi bom. Eu já esperava isso quando cheguei aqui no Flamengo. Sempre disse que queria entrar na história do Flamengo com títulos, e o título veio agora no fim do ano. Foi um ano difícil, sabia que seria difícil, só que minha expectativa era de ganhar um título. E consegui.

Você foi ídolo no Corinthians, que tem uma torcida tão apaixonada quanto a torcida do Flamengo. Imaginava cair tão cedo nas graças da torcida do Flamengo?

Para ser sincero, não. Sempre quis fazer meu melhor, trabalhei sério. E eu acho que pelas minhas características dentro de campo isso tornou mais fácil minha identificação com o torcedor. O flamenguista gosta de jogador que joga com raça, tem determinação os 90 minutos, e que também jogue, que também tenha técnica. Acho que as minhas características foram fundamentais para essa identificação. 

Quis o destino que você em alguns momentos da temporada participasse de lances muito emocionantes na Copa do Brasil principalmente. Foi o jogo contra o Cruzeiro, quando você fez o gol em um dos últimos lances da partida e foi às lágrimas. Depois, quando você entrou em campo contra o Goiás e ouviu a torcida gritando o nome do teu filho. Nesse mesmo jogo você acabou fazendo o gol e aí ouviu de novo a torcida cantando Davi. Você considera que esses momentos ultrapassaram a coisa do futebol, mexeram com o teu coração, foi além do esporte?

Com certeza. Eu nunca vi uma situação dessa, a torcida te abraçar de uma tal forma, te dar aquele carinho que você precisa num momento muito difícil. Não profissional, mas num momento pessoal da sua vida, seu filho internado. A torcida te abraça de um jeito, e o momento do Goiás foi para concretizar tudo. E tem outros lances, aquele do Botafogo, no último lance eu faço o gol, vou para a torcida e a torcida me abraça. O gol contra o Cruzeiro no último minuto, estava lesionado, a torcida queria que eu jogasse. Fiz o gol e aí vi uma entrevista depois que o cara falou que eu ia jogar e fazer o gol da vitória. A torcida me abraçou de tal forma que fugiu muito do futebol.

Esse episódio do seu filho mostrou um lado que as pessoas não conhecem. Que é o do ser humano. Muita gente vê o jogador em campo, vestido com a camisa do time e acaba esquecendo que o cara tem mulher, tem filho, família, tem pai. E a gente sabe da relação com o seu pai (Eliseu Trindade), que é o cara que cuida da sua vida, dos seus negócios. O amor que você tem pelo seu pai é o que você segue para dar ao seu filho. É essa cadeia?

É o que eu falo para a minha mulher (Paula) sempre. Se eu for 10% daquilo que meu pai foi para mim, o Davi vai ter uma excelente educação, vai ser uma pessoa muito ligada à família. Foi meu pai que me ensinou tudo, hoje eu sou o que sou devido a ele, devido à luta dele. Sei o quanto ele trabalhou para me dar as coisas. Ele é uma pessoa fantástica, tenho um amor eterno por ele e sou muito apegado a ele, à família, mas principalmente a ele.

Como era a relação com teu pai quando era garoto? Ele te apoiou para você ser jogador? Passou por sacrifícios para que você conseguisse chegar a jogar futebol?

A gente sempre teve uma relação meio que distante porque ele saía de casa seis, sete horas da manhã, e voltava só meia-noite. Ia trabalhar, depois já emendava, ia estudar. E hoje ele é formado, trabalhou. Só a gente lá da comunidade sabe o quanto ele ralou, ele sofreu para conseguir isso. Nos finais de semana, a gente tinha mais contato. Ele me levava para jogar quando tinha que estudar. Ia viajar atrás de mim. Meu primeiro jogo, desde a época do Palmeiras na base, ele acompanhou. Pegou um ônibus e viajou sete horas para me ver jogar 15 minutos. Ele sempre acompanhou. Devo tudo a ele e foi fantástico na minha vida.

E aí quando você de uma hora para outra viu teu filho, pequenininho, internado foi como se perdesse o chão? Queria que tentasse contar o que passou naqueles momentos em que tinha que sair para trabalhar, sair para jogar, e ao mesmo tempo ter que deixar o Davi no hospital. Imagino que a vontade era estar do lado dele e não num campo de futebol.
Elias, Davi e Eliseu (Foto: Arquivo Pessoal)Elias, sorri junto ao filho, Davi, e ao pai, Eliseu (Foto: Arquivo Pessoal)
Na primeira noite, quando levei ele para o hospital junto com a minha mulher, estávamos quase indo para casa quando a doutora disse que eles teriam que ficar com ele, que era melhor para saber o que era realmente. Iam ter que deixar ele no CTI. Até esse momento não tinha caído a ficha, né? Decidimos deixar para ele sair bom. A gente combinou que ela ficaria na primeira noite e eu no dia seguinte. Deixei ela lá, peguei coisas para ele e para ela em casa, levei para o hospital, e aí tive que voltar. Quando cheguei em casa, caiu a ficha. Meu filho, que dorme do meu lado todos os dias desde que nasceu, estava internado no CTI. Meu mundo desabou, estava sozinho aqui (em casa) ainda. Meus amigos não estavam aqui, minha mulher não estava aqui. Me senti muito abandonado, foi difícil o primeiro dia, mas orei bastante para que Deus me ajudasse a sair daquele momento. Só eu sei o que passei, minha mulher passou o mesmo. É uma coisa que não desejo para ninguém.

E como é que o grupo te abraçou? O pessoal viu você diferente, você falou sobre o problema? Como foi a relação com os outros jogadores? Soube que todos eles se espantaram com sua força interior, que ao mesmo tempo que vivia o problema conseguiu se concentrar e jogar.
No primeiro dia ele estava internado, fui para o treino, falei com o Jayme, ele foi muito parceiro nessa hora. Ele disse que poderia ficar fora para resolver tudo, que dariam suporte, que poderia contar com eles. Fiquei muito feliz com isso, ali é uma coisa profissional. E ele deixou isso de lado e agiu com o coração, deu total apoio, me liberou, mas decidi treinar. Falei com o grupo, o grupo me apoiou, deu carinho, queriam visitar o Davi no hospital. Me deram moral, carinho, fiquei muito feliz. No jogo contra o Botafogo (pela Copa do Brasil), foi o primeiro com ele internado. Cheguei no vestiário concentrado para o jogo, tentando esquecer meus problemas. E aí quando cheguei e vi a camisa do Flamengo lembrei do meu filho na hora. Ele não pode ver a camisa do Flamengo que ele fala “papai”. Vê o símbolo e fala isso. Comecei a lembrar dele, comecei a chorar muito na hora. Aí meus companheiros, o Rafinha, Hernane, vieram me abraçar, disseram que estavam comigo, que ganhariam o jogo pelo Davi e por mim. Que quando precisaram de mim eu fui e ajudei, e agora eles iam me ajudar. Foi muito marcante, vou ser eternamente grato a eles pelo apoio naquela hora.

E como foi no dia do jogo do Goiás, quando entrou em campo, e em vez de cantarem o seu nome ouviu os torcedores gritarem o nome do seu filho. Como isso bateu em você?

Na hora eu queria chorar, só que se chorasse ia perder totalmente a concentração do jogo. Segurei ali, fui forte, mas tive vontade de chorar. Isso vai ficar marcado para a minha vida, da minha família. Mudou totalmente o conceito que eu tinha sobre torcedor, aquela barreira torcedor-jogador. A torcida me abraçou de uma tal forma que muita gente da minha família hoje torce pelo Flamengo por esse carinho que eles me deram.

A gente pode dizer que o Davi foi o cupido dessa relação de amor entre Elias, a família e o Flamengo?

Ele foi o culpado (risos). Acho que ele vai ser flamenguista porque o que fizeram para ele poucos jogadores tiveram esse carinho. Fico feliz e hoje tenho o Flamengo no meu coração.

Aí entra a pergunta que qualquer torcedor do Flamengo faria. Com tanto amor, como fica essa sua relação com o Flamengo para 2014?

(Risos). Olha, no que depender de mim, eu fico aqui por muito tempo. Não só em 2014, mas quatro, cinco anos. Só que não posso dar 100% de certeza porque não depende só de mim. Depende do Sporting, depende do fundo de investidores que comprou 50% do meu passe. Mas da minha parte já está resolvido, decidido. Da minha parte com o Flamengo. Já tenho um pré-contrato desde que cheguei aqui. Então agora é conversar com o Sporting, com os investidores, para que eu possa permanecer aqui.

Está mais perto de ficar ou de sair?

Tudo está encaminhando para eu ficar. Só falta acertar mesmo alguns valores com o Sporting, conversar com os investidores, porque lá que vai ser jogo duro. Lá vai ser briga feia, mas se depender da minha vontade, se eu tiver que escolher, vou escolher ficar no Flamengo.

Seu contrato vai até o dia 31, você estabeleceu um prazo para resolver essa questão da renovação?

Eu falei que ia resolver depois do dia 8, dia que acaba o Brasileiro. O prazo limite que estipulei para o meu pai é até o Natal definir alguma coisa. Espero que na segunda semana de dezembro esteja tudo resolvido.

Em São Paulo dizem que o Mano Menezes chegará ao Corinthians e pediu sua contratação. Em Porto Alegre, que o Inter tem você como principal meta para 2014. Esses clubes fizeram propostas?

Se é verdade mesmo eu fico feliz com o interesse. São dois grandes clubes, só que proposta concreta eu só tenho a do Flamengo. Não tenho de mais nenhum clube. Não tem como eu ficar especulando algo se não tem proposta, papel assinado. Hoje tenho proposta só do Flamengo e praticamente, da minha parte, já está tudo certo com o Flamengo.

Esse ano foi muito intenso para você no Flamengo, e agora com esse resultado do fim do ano, com o título da Copa do Brasil, mais ainda. Você acha que está entrando na galeria de ídolos do clube?

Acho que falta muito ainda. Para se tornar ídolo, tem que passar alguns anos no clube, conquistar mais títulos. A identificação existe, mas acho que ídolo ainda é muito forte para dizer. O torcedor gosta muito de mim, gosto muito dos torcedores, mas ídolo eu deixo para o Zico, Adílio, Andrade, para esses caras que conquistaram muitas coisas pelo Flamengo.

Lá no Corinthians, você ganhou títulos e fez parte do início daquele projeto que terminou com o Mundial de 2012. Mas ficou fora da melhor parte. Aqui no Flamengo você tem em mente retomar isso, agora que conseguiu a vaga na Libertadores, concluir esse projeto que começou lá?

Claro. Jogador do Flamengo tem que pensar sempre em títulos. Com certeza a diretoria vai reforçar o elenco, vai montar uma equipe forte para disputar a Libertadores. E a gente pode ganhar. Muitos duvidaram que a gente pudesse ganhar, fomos lá e ganhamos. A gente tem que continuar com a mesma mentalidade, a mesma humildade, que dá para chegar. O Flamengo é muito grande, tem muita força, com certeza com um bom time, mais competitivo do que o desse ano, podemos chegar na Libertadores.

Agora falando do seu projeto social. É na comunidade que você nasceu e a sede do projeto é na casa em que você viveu?
É a casa onde morei desde os cinco, seis anos. Uma casa que tem muita história, que aprendi muito. Que eu vi muita coisa boa, mas muita coisa ruim na comunidade. Já vi gente morta na porta da minha casa. Hoje fico feliz, está relativamente um pouco mais tranquilo do que na minha época. O projeto que eu tenho é para ajudar, que é o mínimo que posso fazer. Ajudar algumas pessoas, algumas crianças da minha comunidade.

Quantos ‘Davis’ estão lá?

Na última conta eram 500 crianças. Hoje não sei mais. Deve ter crescido um pouco mais, sem contar os adultos que vão participar de palestras, reuniões. Já está passando de 500 crianças.

E como é o dia a dia? Eles estudam, têm assistência? O que você disponibilizou?


Eles têm aula de futebol, que gostam muito. Acompanhamento na computação, palestras sobre saúde, sobre sexo para os adolescentes. Para tudo. Lá têm complemento das atividades escolares. O pessoal que estuda de manhã vai para lá na parte da tarde, participa de atividades. Ou inverte. É um projeto bacana, que existe desde 2006, 2007. Mas acertamos tudo mesmo, reformamos a casa, documentação para regularizar o projeto, em 2008. Espero crescer, daqui a pouco adquirir uma outra propriedade na frente, maior, para poder ajudar mais gente.

Você costuma ir lá sempre que vai a São Paulo? Como é a relação com as crianças?


Nas férias sempre vou lá. Quando estava jogando em São Paulo, não saía de lá. Depois fiquei um pouco distante, porque fui para a Europa, agora estou no Rio. Lá é minha casa, né? Meus amigos estão lá, ando na rua, jogo bola com eles, empino pipa. Faço tudo lá nas férias com eles. Ali vai continuar sendo a minha vida. Meus amigos de infância moram lá, os amigos do meu pai, da minha família, dos meus tios. Eu tirei minha família de lá, mas a gente continua vivendo lá.

É uma sensação boa saber que você está fazendo o bem no lugar onde você nasceu e foi criado?

É muito boa. Até fico sem palavras, são pessoas próximas, filhos e sobrinhos de amigos meus, vizinhos que me viram crescer, fazer sucesso. No que eu puder ajudar eu vou ajudar. Seja como for. Empresto dinheiro, pago faculdade, pago hospital. Já fiz de tudo por eles, eles sabem o quanto gosto deles, o quanto amo aquele lugar. Fico muito feliz com o agradecimento deles, acho que ainda é pouco. Vou ajudar mais.
Mosaico Entrevistão Elias Flamengo (Foto: André Durão)Elias em diversos momentos da longa entrevista que concedeu ao Esporte Espetacular (Foto: André Durão)
Um dos garotos você disse que quase perdeu para o lado ruim da vida. Isso te preocupa muito?

Em toda comunidade, toda periferia, você está próximo dos dois lados. Você pode ir pelo caminho certo ou pelo errado. O que eu puder fazer para direcionar essas crianças para o caminho certo eu vou fazer. A gente já perdeu várias crianças, mas ganhamos bastante também. O que puder fazer vamos direcionar para o lado bom da vida.
E quando você olha o seu Davi aqui, que tem tudo, conforto, vai ter oportunidades, passa na tua cabeça esses meninos que estão lá e não podem desfrutar?
É difícil falar. Não vou deixar faltar nada para o meu filho, é tudo para mim. Como pai, sei que outros pais deixam faltar coisas para seus filhos. É uma situação muito triste, graças a Deus meu pai nunca deixou faltar nada. Mas amigos meus iam comer na minha casa porque não tinham comida. Vou ter que mostrar isso ao Davi, para ele dar valor ao que tem. Tudo aquilo que conquistei foi com muito trabalho, ele não acompanhou, mas vou passar para ele que foi com muito suor, tem que valorizar o que tem hoje. Se puder ajudar também, vai ajudar. Meu pai passou para mim e vou passar para ele.

Em algum momento na sua infância, adolescência, você pensou que sairia da comunidade, que ganharia o mundo? Passou pela sua cabeça isso?

Me considero um vencedor. Todo mundo que me conhece desde pequeno sabe o quanto eu trabalhei, o quanto eu lutei para chegar aqui. O quanto eu sofri. Passei por muitas dificuldades, até ficar um ano sem jogar bola por não arrumar clube. Fui campeão no Corinthians, sou campeão no Flamengo. É para poucos isso. Me considero um vencedor, atingi meu sonho de jogar na seleção brasileira, jogar na Europa. Joguei nos dois maiores clubes do Brasil. E provei para muita gente, mostrei para muita gente, que quando a gente vai em busca dos nossos sonhos a gente consegue. Hoje posso falar que realizei todos os meus sonhos.

E é isso que você passa para os meninos do seu projeto? Essa coisa de acreditar até o fim?

Com certeza. Tem até a história de um filme, “À procura da felicidade”, com Will Smith. Ele fala para o filho: nunca deixe ninguém falar para você que você não consegue. E é isso que passo para eles. Ninguém pode falar que você não consegue. Se quiser, você consegue. É só trabalhar, ir atrás, vai sofrer, vai ser difícil. Mas o trabalho vale a pena. Vale a pena quando você está dentro de campo comemorando título, fazendo gols, a torcida cantando o seu nome. Todo aquele trabalho lá atrás, as dificuldades, hoje posso falar que valeu a pena

Nenhum comentário: