Um dia após ser rebaixado para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Guaratinguetá Futebol Ltda, equipe do interior paulista, foi colocado "à venda" pelo empresário Sony Dauer, proprietário da equipe. O anúncio foi realizado na tarde deste domingo por Israel Vieira, presidente do Guará.
Segundo Israel, os interessados em assumir a equipe, que disputará a Série A2 do Campeonato Paulista, além da Série C, precisarão de três requisitos: arcar com os custos da equipe no mês de dezembro, garantir condições financeiras de montar um time competitivo e ser de Guaratinguetá. O atual presidente afirma que a ideia é manter o time na cidade.
O Guaratinguetá foi fundado em 1998 e teve ascensão meteórica, chegando à elite do futebol paulista em 2007, quando conquistou o Torneio do Interior. Em 2008, terminou a primeira fase do Campeonato Paulista em primeiro lugar e foi eliminado pela Ponte Preta nas semifinais. A lua de mel terminou com o torcedor terminou em 2010, quando a equipe anunciou sua mudança para Americana. Voltou dois anos depois após acordo com a prefeitura, que a diretoria do Guará afirma não ter sido cumprido.
- Nós voltamos após terem apresentado um documento de viabilidade e apoio incondicional ao time. No documento, havia 53 empresas que afirmaram dar apoio ao Guará e apenas uma cumpriu. Ainda levamos dois processos da prefeitura nos cobrando aluguel pelo uso do estádio. Os compromissos estão quitados. Não há dívidas, mas levamos um furo enorme - diz o presidente.
A princípio, será dado um prazo até sexta-feira, 6, para que interessados em assumir a equipe apareçam. Se até lá, não houver pessoas que queiram gerenciar a equipe, Israel afirma que a próxima medida será estudada. Se ninguém aparecer, o clube deve se licenciar e não participar da Série A2 do Campeonato Paulista e da Série C do Brasileiro, em 2014.
Torcida e prejuízo
O Dario Rodrigues Leite foi um dos pivôs do descontentamento do empresário Sony. Ao longo de todo o campeonato, o Guaratinguetá foi criticado pelas condições do gramado. O estádio é municipal, mas a prefeitura não fez as reformas necessárias no gramado. O clube avaliou que cada jogo no Ninho da Garça trouxe R$ 15 mil de prejuízo ao Guara. Em uma nota publicada pela diretoria, sobrou até para a torcida, que não compareceu em grande número: a média de público da Garça foi a terceira pior da Série B, com média de 1.588 torcedores por jogo.
A prefeitura de Guaratinguetá informou, através da assessoria de imprensa, que nenhum acordo com o clube foi descumprido e que mantem o apoio necessário, dentro das possibilidades, como manutenção e liberação do estádio. Informou ainda que a administração está aberta para conversar com o time
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