26 de set. de 2013

Punição irrita diretor do Corinthians: 'Com outros, é mão de pena'

Mario Gobbi, Roberto de Andrade, Duilio Monteiro Alves - diretoria do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians)Roberto de Andrade, entre o presidente Mário Gobbi
e o diretor adjunto Duilio Monteiro Alves
(Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians)
O Corinthians foi punido pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na última terça-feira pela utilização de sinalizadores por seus torcedores no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Luverdense, no Mato Grosso. Por conta da atitude dos alvinegros, o Timão não disputará eventuais partidas de semifinal e final da Copa do Brasil no Pacaembu. A diretoria do clube achou a medida “estranha”.
Pelo Campeonato Brasileiro, o clube já havia sido impedido de mandar seus próximos quatro jogos em casa (Bahia, Atlético-PR, Criciúma e Santos) a uma distância menor de 100 quilômetros da cidade de São Paulo, por conta da briga entre corintianos e vascaínos no dia 25 de agosto, em Brasília. Os dirigentes acreditam que os critérios contra o Timão tem sido desproporcionais ultimamente.
–Tivemos sinalizadores em Criciúma e não houve punição. É isso que nós achamos estranho. Contra o Corinthians, é mão de ferro. Contra os outros, é mão de pena. Aí é chato. Mas se tivermos de cumprir, vamos fazer isso sem nenhum problema – disse o diretor de futebol, Roberto de Andrade.
O departamento jurídico do clube vem tendo bastante trabalho em 2013. Durante a Taça Libertadores da América, o Corinthians teve de jogar contra o Millonarios, da Colômbia, com o Pacaembu de portões fechados, por conta da morte do torcedor boliviano Kevin Espada, vitimado por um sinalizador atirado pela torcida alvinegra no empate entre Timão e San José, na estreia da Taça Libertadores da América deste ano.
Contra o Corinthians, é mão de ferro. Contra os outros, é mão de pena"
Roberto de Andrade, diretor
Após o empate sem gols com o Grêmio, na última quarta-feira, o Corinthians deve voltar a atuar no Pacaembu somente no dia 10 de novembro, contra o Fluminense, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Os confrontos contra Bahia e Atlético-PR, pelo Brasileirão, serão disputados no estádio Vail Chaves, em Mogi Mirim. Ainda não há definição sobre os destinos contra Criciúma e Santos, e em eventuais próximas fases da Copa do Brasil.
A tendência é que a diretoria aguarde os jogos em Mogi para verificar a eficiência da logística na cidade. Caso agrade, o Timão pode adotar o estádio local como sua casa durante o período de punição. A Arena da Fonte, em Araraquara, também é vista como uma alternativa atraente, já que o Corinthians já jogou lá e a moderna estrutura agradou à diretoria.
– Não existe ninguém mais cotado. Araraquara é uma opção, e Mogi também. Existem outras cidades, tudo pode acontecer. Estamos recebendo muitas propostas. Quero fazer primeiro os dois jogos, para depois pensar nisso – completou Roberto de Andrade.
A "saga" do Corinthians em Mogi Mirim começa na próxima quarta-feira, dia 2 de outubro, contra o Bahia. Há sete jogos sem vencer, o Timão volta a campo no domingo, às 16h (horário de Brasília), contra a Portuguesa, em Campo Grande.

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