Se Fernando Prass, que foi titular absoluto durante três anos no gol do Vasco, recebia criticas da torcida a cada falha, a situação de Michel Alves e dos outros dois goleiros vascaínos não é nada fácil neste momento. No quinto revés consecutivo, o segundo gol do Goiás – 2 a 1 (assista no vídeo), na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil -, que Michel não conseguiu evitar, foi motivo de revolta para vascaínos nas redes sociais e de mais vaias da torcida no estádio – Diogo, mais recentemente, e Alessandro, durante o Carioca, passaram pela mesma situação. O técnico Dorival Júnior eximiu de culpa Michel pelo gol sofrido e preferiu dividir as responsabilidades pelo lance e assumir diretamente a opção pelo experiente goleiro vascaíno.
Logo que chegou ao Vasco, Dorival decidiu tirar Michel do gol e dar chance a Diogo Silva, conforme indicação de Carlos Germano. Algumas boas partidas e outras nem tanto depois, Diogo falhou feio na derrota para o São Paulo, em São Januário, e o treinador decidiu voltar com Michel Alves. Mas, após a derrota para o Goiás, o técnico, mesmo defendendo o goleiro, deixou no ar a possibilidade de mudança.
- Não achei falha, mas o resultado é coletivo, chamo a mim a responsabilidade. Para que a bola chegasse lá, em situação de chute, falhamos antes, no início da jogada, onde poderia ter sido anulada. O Walter dominou, fez o giro. Vou olhar direito o vídeo para analisar friamente, em condições de buscar uma correção – disse o técnico, dando sinais de reconsiderar o escolhido para defender o gol do Vasco.
Com dois goleiros inexperientes no elenco, após a saída de Fernando Prass, Michel Alves chegou após uma temporada na Série B pelo Criciúma. Sem alto custo, virou aposta de René Simões para dar experiência ao goleiro Alessandro, que começou o Carioca como titular, mas perdeu a posição ainda durante a competição. No transcorrer do ano surgiu o interesse do Vasco em outros goleiros, mas nenhum negócio foi concretizado. Gomes, do Tottenhan, ficou pela Europa, e Helton, ídolo do Vasco e do Porto, eram os nomes preferidos da comissão técnica, que não conseguiu avançar nas negociações por nenhum deles e acabou se definindo pelas opções caseiras. A comissão técnica, com influência do preparador de goleiros Carlos Germano, chegou ao consenso de que sem nome de peso era melhor apostar em Diogo Silva, que terminou sendo barrado por Dorival e pode até voltar ao time contra o Bahia.
Hoje, em São Januário, cresce a pressão para antecipar a escalação do goleiro Jordi, de apenas 19 anos. Campeão da Taça Belo Horizonte com o sub-20, o jovem goleiro está machucado e está sendo preparado para assumir a camisa 1 do Vasco. O contrato dele foi renovado por três temporadas.
Dos três goleiros, o mais vazado é Michel Alves, que fez 13 jogos oficiais, levou 21 gols – 1,6 gol por jogo. Diogo foi quem mais jogou, com 17 jogos, 24 gols sofridos e média de 1,41 por partida. Alessandro, que só atuou no Carioca, levou 21 gols em 15 jogos, média menor, de 1,4 gol por partida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário