Toda a serenidade e satisfação de HernánBarcos após o empate sem gols com o Corinthians, pelas quartas de final da Copa do Brasil, foram embora no momento em que entrou em pauta seu jejum de gols. O atacante argentino não balança a rede há quatro jogos, desde a vitória sobre o Náutico, quando marcou de pênalti, em 11 de setembro.
- Acho que repórter, às vezes, não assiste ao jogo, não entende o que se passa em campo. Um atacante nem sempre tem de fazer gol, o mais importante é o Grêmio ganhar. Faço esforço pelos companheiros, não jogo para mim. Senão, fico parado lá na frente e então faço uma chuva de gols.
Apesar da fase do argentino, ele segue contando com o prestígio do técnico Renato Gaúcho, que o mantém como titular do ataque ao lado de Kleber - tem sobrado, então, para o chileno Vargas amargar o banco em algumas ocasiões (nesta quarta, no Pacaembu, ele só começou entre os 11 devido ao corte do zagueiro Saimon).
- Continuo satisfeito com o Barcos. É um jogador inteligente, que faz gols e me agrada bastante, assim como o Kleber. Você não encontra um jogador que jogue bem todos os jogos. Eu olho muito o esforço, a entrega dentro de campo e o Barcos tem nos ajudado bastante. Ele é experiente e impõe respeito aos adversários - disse o treinador.
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Barcos, aliás, relaciona a ausência de gols com o estilo de jogar do Grêmio, que agora prioriza a marcação, atuando na maior parte do tempo com três zagueiros e até três volantes simultaneamente.
- Cada um de nós, atacantes, está desgastado pela entrega que devemos ter. Hoje, quando o Renato falou que daria oportunidade a Vargas, disse que teria que voltar e ajudar a marcar. Captamos o que ele pede. Se eu pensar que tenho de fazer o gol, se o Kleber pensar assim, o Grêmio não renderá.
- Trabalho para o grupo, o importante é o Grêmio, independentemente de quem faça o gol - completou o jogador.
Contratação de peso do Grêmio no início da temporada, Barcos tem passado por altos e baixos em Porto Alegre. Desde o começo da temporada, viveu três períodos de seca de gols: cinco jogos com Renato, entre Nacional e Copa do Brasil, e seis e sete partidas, na gestão de Vanderlei Luxemburgo, contando ainda a época de Gauchão e Libertadores.
*Maria Clara Ciasca colaborou sob supervisão de Zé Gonzalez
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