Fora da licitação do Maracanã, Fla e Flu negociarão com concessionária

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• Clubes não poderão participar do processo de licitação do Maracanã

A notícia divulgada pelo Governo do Rio de Janeiro de que os clubes de futebol não poderão participar do processo de licitação do Maracanã não pegou de surpresa os presidentes de Flamengo e Fluminense – agremiações apontadas como possíveis candidatas a parceiras na gestão do estádio, já que Vasco conta com São Januário e Botafogo é responsável pelo Engenhão. Tanto Patrícia Amorim quanto Peter Siemsen reagiram bem à minuta do edital apresentada nesta segunda-feira.

Segundo o edital de licitação de concessão do Maracanã, os clubes não poderão participar do processo, o que não os impede de fazer parceria com o futuro concessionário, desde que não haja exclusividade em relação ao estádio.

Patrícia Amorim, inclusive, deixou claro que o Flamengo tem planos para o Maracanã. No entanto, ela preferiu não entrar em detalhes, uma vez que o clube vive um processo eleitoral no momento.

- Não me surpreendeu. É um equipamento público que agora será gerido por uma empresa. Como aqui no Flamengo estamos no meio de um processo eleitoral e por conta disso temos muitos interesses envolvidos, prefiro falar mais profundamente sobre isso mais pra frente, quando as coisas estiverem mais claras - afirmou Patricia Amorim, através de sua assessoria de imprensa.

Reforma do Maracanã está 70% concluída (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

Peter Siemsen também aprovou o edital e disse que o Fluminense terá de negociar diretamente com a empresa que vencer a licitação

- Eu já estava esperando algo nessa linha. Achei normal, nada de especial... É um equipamento público que todos usaram durante 60 anos e acredito que isso continuará. Segue tendo uma questão financeira que antes era negociada com o estado e agora será com uma empresa.

A intenção do governo é que todos os clubes e a Seleção possam disputar partidas no Maracanã. A duração do contrato será de 35 anos a partir da assinatura do vínculo. O Governo do Rio de Janeiro espera que todo processo seja concluído até o início de 2013 e que o acordo seja firmado com o novo concessionário logo após a disputa da Copa das Confederações, em junho do ano que vem. O gestor terá que fazer um investimento inicial no complexo de R$ 469 milhões. Nesta segunda-feira, o governo do Rio de Janeiro fez a convocação para audiência pública da modelagem da concessão do estádio, que acontecerá no dia 8 de novembro.

O processo para a criação do edital foi iniciado em janeiro deste ano, quando foi publicada a Manifestação de Iniciativa Privada (MIP) para a licitação do estádio. O objetivo era analisar a viabilidade técnica, ambiental, econômico-financeira e jurídica dos interessados em administrar, operar e manter o complexo do Maracanã.

O estudo respeitou algumas normas, entre elas a manutenção do direito ao uso das atuais cadeiras perpétuas, além de construir um museu e um estacionamento com duas mil vagas. A única empresa a apresentar proposta de viabilidade econômica foi a IMX Holding AS, de propriedade do empresário Eike Batista.

Analisado pela Secretaria da Casa Civil e aprovado pelo Comitê de Parcerias Público-Privadas, o estudo da IMX será usado na licitação de concessão.

Atualmente, o Maracanã está com 70% das obras concluídas. A previsão é que o estádio seja entregue à Fifa e ao COL em fevereiro de 2013, quatro meses antes da disputa da Copa das Confederações, que acontecerá de 15 a 30 de junho