Ícone da natação brasileira, Cesar Cieloestá preocupado com a falta de estrutura para o esporte no Brasil, principalmente tendo em vista os Jogos Olímpicos do Rio 2016. O campeão olímpico dos 50m livre em 2008 acredita que o governo deveria investir além do evento e construir mais piscinas no país, combatendo uma defasagem técnica dos centros aquáticos atuais. Construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007, o Parque Aquático Maria Lenk não receberá a modalidade, que terá as provas das Olimpíadas disputadas em um novo local ainda a ser erguido: o Estádio Olímpico de Desportos Aquáticos.
- O nosso Maria Lenk vai fechar e passar por reforma para virar piscina do polo aquático em 2016. Só quero dar uma mensagem para os nossos políticos, diretores e cartolas: estamos sem piscina, então construam uma piscina para a gente. Têm piscinas móveis, que são construídas em meses. Para a seletiva (olímpica), vamos precisar de uma piscina rápida, porque senão... Para o povo brasileiro não achar que estamos ficando lentos, a gente não tem piscina. Estamos só com piscina muito ruins, das épocas de 1980, 1990. Então a gente espera que esse quadro mude para que a gente continue dando resultado ao povo brasileiro - apelou Cielo.
A comentarista e ex-nadadora Mariana Brochado concorda com o bicampeão mundial dos 50m livre. Ela lembra a provável demolição do Parque Aquático Julio de Lamare, que integra o Complexo Esportivo do Maracanã, para as obras de adequação do estádio para a Copa do Mundo de futebol de 2014. Segundo Mariana, isso é um exemplo de falta de preocupação com a estrutura da natação brasileira.
- Tivemos um divisor de águas. A natação ganhou espaço na mídia e no interesse da criançada, que quer praticar um esporte. Isso tem a ver com os resultados. Falta sim estrutura, a gente vê muitas piscinas abandonadas. Tivemos conhecimento que o Julio de Lamare, no Complexo do Maracanã, provavelmente vai ser demolido para ser construído estacionamento para a Copa do Mundo. Ali é um lugar de muita história onde atletas conquistaram índice mundial e olimpico. Estamos dando um passo à frente (em relação a investimento), mas parece que estamos dando um passo para trás com relação à estrutura - afirmou Mariana Brochado.
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