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A terça-feira foi cheia de acontecimentos de extrema relevância pra torcida rubro-negra. Difícil dizer qual o mais importante. Uns dirão que foi o lançamento do programa Sócio Torcedor. Nas redes sociais vi muitas reclamações de quem achou o programa ruim e de quem esperava que o programa fosse capaz de sanar as graves desigualdades sociais e econômicas do país. E me surpreendi com muitas, mas muitas adesões de quem comprou a ideia vendida pela diretoria de que o sócio-torcedor tem a função primordial de ajudar o Flamengo. Muitas adesões mesmo entre os que não gostaram da proposta. Me surpreendi porque achei que a ficha ia demorar mais tempo a cair. Reação mais Flamengo impossível.
O programa é complexo, com muitos detalhes e algumas falhas que merecem ser tema de um post exclusivo, mas por enquanto o que se pode dizer é que depois de anos e anos de blá-blá-blá finalmente o Flamengo pegou a pasta de amostras, foi pra pista e bateu na porta da torcida, isto é, bateu na porta do seu cliente. Se o cliente vai abrir a porta ou não são outros quinhentos, mas toda venda começa com o toc-toc na porta. Vamos aguardar os primeiros números oficiais pra saber se a diretoria mandou bem ou mal.
Teve também eleição pro Conselho Fiscal do Flamengo. A Chapa Flamengo Sempre, oposição ao atual Conselho Fiscal, conseguiu 6,8 ou sei lá quantas cadeiras no Conselho e a Chapa Branca ficou com 2. Frustrando um pouco aos anunciadores do fim do mundo e da extinção da democracia na Gávea. É um assunto de somenos importância, mas que também interessa aos torcedores. Principalmente àqueles que viam no resultado dessa eleição uma espécie de desagravo ao Zico. Pros sócios o que interessa é que os eleitos, seja lá de que chapa forem, tenham uma atuação eminentemente técnica e impeçam que os atuais dirigentes cometam barbeiragens administrativas que sempre acabam estourando nas gestões futuras.
Outro assunto que apesar da divulgação tímida sacudiu a mulambada nas redes sociais foi a obtenção pelo clube das primeiras CND, certidão negativa de débito, pedaços de papel vitais para que o Flamengo não tenha suas receitas penhoradas, se habilite a firmar contratos de patrocínio com empresas estatais ou de economia mista e também a receber incentivos fiscais destinados ao esporte. Um golaço administrativo que muitos idiotas como eu demoraram a perceber que vale muito mais que os muitos craques reclamados e que não foram contratados a peso de ouro pra jogar esse carioquinha ridículo e desinteressante.
Aliás, outro tema interessante dessa terça foi o tiro de misericórdia que deram bem no meio da testa do agonizante campeonatinho carioquinha. Interditaram o Engenhão. Que deve mudar o nome pra Arena Tim, porque a cobertura é uma merda. O problema de alugar o estádio pra um inquilino desses é que o imóvel acaba ficando nessas condições. Não pode alugar pra qualquer um. Quando um time pequeno arruma um estádio construido pelo governo pelo menos um dos três está doente.
Falar o quê de mais esse absurdo? Agora como devemos classificar a capacidade administrativa da prefeitura que vai sediar Copa e Olímpiada e não consegue sequer organizar a porra do carioqueta? Com essa triste interdição de mais um equipamento esportivo na cidade encerra-se definitivamente o assunto Legado do Pan no Rio de Janeiro. Se as pessoas soubessem das barbaridades que se cometem na cozinha jamais iam querer ir até a Copa. Foi uma bela lição sobre tudo que a política pode fazer pelo esporte.
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Mengão Sempr
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