O Ministério Público do Rio denunciou, nesta quarta-feira, o jogador Adriano, ex-Flamengo, por lesão corporal culposa (quando não há intenção), pelo episódio no qual a jovem Adriene Cyrillo Pinto, de 21 anos, foi baleada na mão, dentro do carro do atleta, em dezembro do ano passado.
Além de Adriano, o policial militar aposentado Julio Cesar Barros, amigo do jogador, que dirigia o carro e era dono da arma, foi denunciado pelo mesmo crime.
Para o Ministério Público, Adriano e Julio Cesar deveriam ter evitado que algo acontecesse com Adriene e as outras três jovens que estavam dentro do veículo, mas se omitiram. O jogador sabia que havia uma arma em seu carro, e chegou a manuseá-la; já o policial aposentado era dono da arma. No episódio, para o MP, houve negligência e imprudência.
A primeira Audiência de Instrução e Julgamento do caso já está marcada: será no próximo dia 13, no Fórum da Barra da Tijuca.
No último dia 6, Adriano e Julio Cesar participaram de uma reunião de conciliação, no mesmo fórum, na qual tiveram a oportunidade de dar fim ao caso, através de um acordo cível, ou aceitando a transação penal, ou seja, pena antecipada. Ambos não quiseram, e agora terão que enfrentar um processo na Justiça.
Em 24 de dezembro de 2011, Adriene Cyrilo Pinto, de 21 anos, foi baleada na mão dentro do carro de Adriano. Em setembro, a vítima procurou o MP para modificar declarações dadas na delegacia, na época do acidente. Nas novas declarações, ela afirmou que a arma não estava em suas mãos no momento do disparo, e que foi pressionada, na delegacia, a dizer que estava.
O promotor Márcio Almeida, do Jecrim, apontou falhas na perícia do carro do jogador, como a ausência da informação se o veículo era blindado ou não. Márcio critica, ainda, a reconstituição feita pela 16ª DP, que foi feita mesmo sem a presença de uma das mulheres que estavam no carro, e faz críticas à atuação do delegado.
Adriene ainda tem uma dívida de R$110 mil com o Hospital Barra D'Or, pelo tratamento recebido após ter sido baleada. Os advogados do hospital estudam incluir Adriano como réu da ação. A conta começou em R$ 82 mil.
Mesmo que seja condenado, porém, Adriano não deverá ir preso, já que a pena para o crime de lesão corporal culposa varia de dois meses a um ano. Em casos como esse, a punição é uma medida cautelar, como pagamento de cestas básicas, proibição de frequentar determinados locais ou participar de um curso, por exemplo.
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