23 de nov. de 2012

Camisa de Bruno, que batia a de Ceni nas lojas, tem 3 mil peças encalhadas


camisa goleiro Bruno Flamengo autografada (Foto: Reprodução)A camisa personalizada de Bruno, com autógrafo
do goleiro (Foto: Reprodução)
No peito, um autógrafo com uma carinha desenhada na letra B deixava personalizadas as camisas branca, azul, preta e amarela de Bruno. Nas prateleiras, a partir de 2008, com picos em 2009 e depois da conquista do hexacampeonato brasileiro, os uniformes do goleiro rubro-negro vendiam aos montes. No Flamengo, só perdia para a 10 de Adriano. Mas superava as vendagens de Rogério Ceni, ídolo do São Paulo. Os dados são da Vulcabrás, empresa que detém as marcas que fornecem material esportivo dos dois clubes - Olympikus no carioca, Reebok no paulista.
- O Bruno era um fenômeno de vendas. Em 2009, junto com o Adriano, ele ajudou o clube e a Olympikus a baterem todos os recordes de vendas. Era um atleta muito carismático e suas camisas personalizadas faziam enorme sucesso entre as crianças – afirmou Gabriel Skinner, representante da Olympikus que gerencia a relação com o Flamengo.
Quando o jogador foi preso, por suspeita de participação no desaparecimento e no assassinato de Eliza Samúdio, em julho de 2010, milhares de camisas do goleiro estavam espalhadas pelas lojas que vendem material do clube. Diversos lojistas fizeram promoções e colocaram a camisa 1 com autógrafo e nome de Bruno a preço de banana. Hoje, uma parte dos uniformes está guardada no lugar de onde saiu, a fábrica da empresa, em Horizonte, Ceará. Cerca de três mil peças referentes ao ex-camisa 1 estão guardadas em caixas de papelão em um estoque.
No auge do sucesso do goleiro pelo Flamengo, uma linha infantil foi criada pela fornecedora do clube para atender aos pedidos de crianças que buscavam a camisa 1 de Bruno.
No começo de julho de 2009, Bruno, na companhia de Ibson, Adriano e Petkovic, chegou a atuar como modelo no lançamento de uma nova linha de camisas da Olympikus. A camisa do goleiro era uma das grandes apostas de vendas e mereceu atenção especial da empresa, que desenhou diversos modelos de cores do número 1.
'Seu primo está achando que é um Rogério Ceni'
Na madrugada de quinta-feira, no júri popular do caso Eliza Samúdio, em Contagem (MG), curiosamente, o nome de Rogério Ceni foi citado durante o depoimento de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, à epoca fiel escudeiro de Bruno. Segundo ele, a vítima discutiu com um primo do goleiro dentro de um carro dias antes do seu desaparecimento.
- Seu primo está achando que é um Rogério Ceni - teria dito Eliza Samudio

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