29 de nov. de 2012

Na luta pela reeleição, Patricia admite: 'Não temos mais o direito de errar'


O GLOBOESPORTE.COM dá sequência nesta quinta-feira à série de entrevistas com os candidatos à presidência do Flamengo, em pleito marcado para o dia 3 de dezembro. Depois de diversas alianças entre as chapas de oposição, restaram apenas três candidatos: a atual presidente do clube, Patrícia Amorim, na Chapa Amarela; Eduardo Bandeira de Mello, da Chapa Azul, que absorveu a Branca de Ronaldo Gomlevsky; e Jorge Rodrigues, da Chapa Rosa, que teve a adesão das Chapas Laranja e Verde, de Maurício Rodrigues e Lysias Itapicurú, respectivamente.
A segunda entrevistada da série é Patricia Amorim. Aos 43 anos, a atual presidente tenta a reeleição no Flamengo. O primeiro mandato começou em 2010, logo na sequência da conquista do campeonato brasileiro no ano anterior. Patricia foi a primeira mulher a ocupar a cadeira presidencial do clube rubro-negro. A gestão passou por diversas turbulências em episódios envolvendo Bruno, Zico, Adriano, Ronaldinho Gaúcho, troca de treinadores, e o futebol profissional conquistou apenas um título: o Campeonato Carioca de 2011.
Patricia tem como principais bandeiras na disputa pela reeleição a reforma da sede da Gávea, o pagamento de salários em dia para os funcionários e a exaltação de que o clube conseguiu valorização patrimonial. Ex-nadadora, a dirigente também destaca os investimentos feitos nos esportes olímpicos, mas tem exata noção de que precisa rever os conceitos em setores como o marketing e o carro-chefe do Flamengo: o futebol.
patricia amorim flamengo  (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)Na luta pela reeleição, Patricia encabeça a Chapa Amarela (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)
A ordem de publicação foi decidida por sorteio, e todos os candidatos responderam a dez perguntas iguais elaboradas pela equipe do site, além de questões formuladas pelos seus adversários. As entrevistas foram gravadas, sem edição, entre os dias 19 e 23, de acordo com a disponibilidade dos candidatos. Como a gravação aconteceu antes da oficialização das alianças entre os grupos, cada candidato respondeu a cinco perguntas elaboradas por seus rivais. O GLOBOESPORTE.COM decidiu editar essa parte das entrevistas, eliminando as questões levantadas por candidatos que desistiram de concorrer no dia 3 (Lysias Itapicurú, Maurício Rodrigues e Ronaldo Gomlevsky).
Cada postulante à presidência teve 15 minutos para responder às perguntas do GLOBOESPORTE.COM e cinco minutos para responder às questões dos seus adversários (um minuto por resposta, considerando que inicialmente eram cinco perguntas neste bloco da gravação). O cronômetro foi parado apenas para que fossem feitas as perguntas, sem atribuição de limite de tempo para cada resposta, deixando o candidato livre para se aprofundar em um tema, ciente de que teria menos tempo para responder aos demais.
AS DEZ PERGUNTAS DA EQUIPE DO GLOBOESPORTE.COM:
O que há de mais urgente para ser resolvido no Flamengo e como resolver?
PATRICIA AMORIM: A formação do elenco do futebol, sem dúvida nenhuma, a expectativa da torcida é que os reforços cheguem. Afinal, não tivemos um ano muito bom, então é importantíssima essa formação da composição do nosso elenco. Somado ao trabalho do diretor-executivo, do treinador, essa é a expectativa. Então, já trabalhando com a pré-temporada que será no Rio de Janeiro, no nosso centro de treinamento. O módulo 17 não deve ficar pronto, eles devem se hospedar perto do CT, na Barra da Tijuca, é nisso que estamos trabalhando. O mais urgente, que não é necessariamente o mais importante, é a composição desse elenco, conhecer esse time, essa nova equipe.
Quais são seus projetos para ampliação e valorização do patrimônio do clube? Há um projeto para a construção de um estádio ou a meta é o Maracanã?
Essa foi uma pasta de extrema relevância na nossa administração. Tivemos uma valorização patrimonial enorme. Aí, a gente pode pontuar começando pelo centro de treinamento, que era um terreno onde só tínhamos dois campos e hoje temos cinco para os profissionais, o conceito de centro de treinamento estabelecido, com instalações provisórias e as permanentes 80% concluídas. O patrimônio do Morro da Viúva totalmente valorizado, equacionado, demos uma solução para esse problema, essa foi uma administração que solucionou problemas. Valorizamos o título patrimonial do sócio, por exemplo, ao revitalizarmos áreas na Gávea totalmente destruídas e abandonadas, deterioradas. Esse foi um ponto forte da nossa gestão. E vamos continuar. A intenção é construir uma arena para 2.300 espectadores, para um público maior, para nosso basquete, voleibol, e alguns eventos menores no terreno do posto de gasolina, que nós também recuperamos e saímos com uma solução de um imbróglio judicial e com patrocínio. Reforma da piscina, não consegui chegar, e acho que fiz isso de propósito para que não fosse acusada de começar pela piscina, e nós estamos terminando pela piscina, é importante, pois ela não é mais adequada para treinamento de alto rendimento, alta performance. E continuar com esse trabalho, solucionando e valorizando o título do nosso sócio. Isso a gente fez com muita competência.
Como administrar essa dívida do Flamengo de hoje?
Nosso marketing não trabalhou como nós sonhávamos. O Flamengo pode muito mais, tem uma marca muito poderosa"
Patricia Amorim
É um desafio diário. Primeiro, enfrentando, a coragem de enfrentar. Nós tivemos coragem, enfrentamos, sentamos, negociamos com jogadores. Quando precisamos fomos nos tribunais, conversamos com juízes. Conseguimos fazer uma explanação do momento do Flamengo, dos problemas e conseguimos solucionar grande parte dos problemas, apesar de penhoras, de muitos problemas anteriores. Não reclamamos e tivemos a capacidade de conversar, discutir, propor mudanças, enfim, soluções. E cumprir. Acho que isso é fundamental. A equação da dívida começa por aí, na disposição, vontade política de começar a discutir. Logicamente que tivemos empresas estudando o tamanho da dívida, dando sugestões. Isso a gente pode fazer, e deve fazer sempre. Auditorias, isso é fundamental. Isso dá um norte para onde o Flamengo deve caminhar, onde é importante solucionar. Quando priorizamos pagar a dívida da BWA é porque não só corriam juros muito altos como, num curto espaço de tempo, teríamos uma receita nova, e temos hoje receita de bilheteria. Isso é um trabalho estratégico que normalmente se faz com empresas terceirizadas. A gente pretende também fazer não só com nossos funcionários, mas hoje temos muitas soluções em relação à dívida, não temos medo dela, trabalhamos com ela, não ficamos culpando os antecessores. Procuramos fazer um trabalho de aumento de receita e tentarmos diminuir as despesas. O desafio de diminuir as despesas nós ainda não conseguimos, porque foi preciso investir na qualificação dos profissionais, na qualificação da nossa estrutura física, na capacitação dos nossos atletas, intercâmbio. Nesses três primeiros anos, foi muito importante continuar investindo. Então, não conseguimos trabalhar na diminuição da despesa. Hoje, já temos conhecimento total do clube, o que é prioridade, não vamos mais precisar fazer... Por exemplo: para terminar o centro de treinamento nós vamos receber da EBX R$ 14 milhões, que foi o acordo em relação ao Morro da Viúva, já tem o dinheiro carimbado para equacionar, terminar todo o centro de treinamento. A gente não precisa mais despender um valor grande dos cofres do Flamengo, do nosso orçamento, para investir, para construir, para pagar dívida, para pagar salário. Hoje as coisas estão carimbadas, melhor solucionadas, direcionadas, então fica muito mais fácil de administrar com essa dívida.
Nos dois últimos anos, o Flamengo sofreu com a falta de um patrocinador master. Qual é a sua meta para essa questão, para o marketing do clube e também para aumentar o número de associados?
Nosso marketing não trabalhou como nós sonhávamos. O Flamengo pode muito mais, tem uma marca muito poderosa e nós entendemos que precisamos fazer algumas divisões. Como fizemos no patrimônio, que tivemos uma pasta direcionada, um vice-presidente para defender o patrimônio, e separamos o patrimônio do Fla-Gávea, como separamos o patrimônio da tecnologia da informação, e aí trouxemos o Flamengo para o mundo atual. Flamengo não tinha rede de Internet. Hoje, separamos as partes e elas funcionaram muito bem. Da mesma forma o marketing, ele deve ser dividido em departamento comercial para captação de patrocínio, estudo de mercados, mercado nacional, internacional. E, em algumas situações, por exemplo: licenciamentos e controle desse licenciamento, talvez uma terceirização funcione muito melhor, pois nós não temos o controle. O que nós conseguimos fazer foi aumentar a quantidade de produtos licenciados, mais do que dobramos, nossa receita aumentou muito também. O valor mínimo dos contratos também aumentou nesse trabalho de licenciamento. Mas o controle? O controle de quanto se vende, enfim, isso é preciso fazer. Para essa ação, é preciso terceirizar. Mas é importante pontuar que, diferente do que as pessoas pensam, o Flamengo tem R$ 21 milhões na camisa. Ele não tem patrocinador master, mas tem cinco outros patrocinadores. Assim como também o Conselho Diretor já encaminhou uma proposta da Adidas que nós sairíamos de um patamar de R$ 20 milhões para R$ 35 milhões. Isso também é marketing. O fornecedor também trabalha não só nas questões administrativas e financeiras, mas também no marketing. Nós não estamos sofrendo, estamos trabalhando abaixo do que a expectativa, a marca Flamengo pode alcançar, isso nós sabemos. Hoje, talvez a gente possa investir, demandar um recurso financeiro grande e é necessário para um retorno rápido, a médio prazo, um trabalho de fomento do marketing, sim. Mas nós priorizamos o centro de treinamento, por exemplo. Era impossível um grande jogador, grande atleta, ele só vem para o clube se ele tiver um bom elenco, um bom treinador, se os compromissos tiverem sendo cumpridos, e se a estrutura física comportar qualidade do futebol que ele quer jogar. Isso acontece no futebol, no basquete, natação... Mas no futebol é muito evidente. Um jogador, por exemplo, repatriado da Europa, não vai querer treinar num local que não seja apropriado, que não tenha um centro de treinamento, uma estrutura de fisiologia, de fisioterapia adequada para que ele possa se recuperar, enfim, ser trabalhado com eficiência e qualidade que um esporte de alto rendimento exige. Então, tudo isso, é investimento. A gente priorizou nessa questão. E o marketing agora passa a ser uma pasta importantíssima no clube.
Qual o seu projeto para o futebol do Flamengo, como será a gestão e de que forma você pretende fazer o investimento neste setor?
Adriano não faz parte dos nossos planos. Mas, agora, o futuro a Deus pertence. Se estiver bem, a gente torce que esteja, pode pensar diferente"
Patricia Amorim
Apanhamos muito, não temos mais o direito de errar. Aprendemos muito com isso. É muito importante pontuar que nem sempre o que o torcedor quer, e nós ouvimos, a gente participa das sugestões, e procura acolher dentro da administração e do orçamento a demanda que ele sugere. A gente criou uma ouvidoria, tem contato próximo com esse torcedor, então sugere um jogador, que se faça isso... Mas administrar não é dessa forma. Administrar um clube de futebol exige um sacrifício enorme na qualidade da estrutura, na qualidade do elenco, na qualidade da comissão técnica, na capacidade de o clube estar competitivo com as outras grandes equipes. Envolve um universo de possibilidades. E estar tranquilo para entrar em campo com os compromissos assumidos cumpridos. Isso é fazer futebol. Agora, logicamente você tem um elenco com meninos jovens, que é a nossa marca. Uma marca da administração que começou a formar de novo jogadores. E começou a formar jogadores e aproveitar no time profissional. Essa é a marca dessa administração. O resultado desse trabalho vai aparecer daqui a alguns anos. Acho que o primeiro bom momento será nas Olimpíadas de 2016. Tenho certeza de que Adryan e companhia vão fazer parte, compor a equipe olímpica brasileira. A partir dali, jogadores para a seleção brasileira. A estrutura do futebol, ela se mantém com treinador, comissão técnica, as comissões médicas, com um diretor-executivo, talvez mais um executivo, pois o tamanho do Flamengo, a dimensão que precisa alcançar, inclusive internacional, exige uma pessoa dentro do mercado nacional e internacional. Um executivo mais administrativo, e outro mais da área técnica, funcionando um pouco mais como supervisor. E vice-presidente em sintonia, ligação direta com a presidência, com o conselho diretor.
O atacante Adriano deixou o Flamengo recentemente, mas disse que pretende voltar em 2013. Qual a sua avaliação sobre o caso? Se reeleita, pretende abrir as portas do clube para o jogador?
Não, o Adriano não faz mais parte do nosso projeto 2013. Numa situação futura, se ele estiver recuperado e jogando, podemos fazer uma análise, mas ele não faz parte do nosso elenco, do nosso projeto para 2013. A oportunidade foi dada, todos acompanharam, e ele não aproveitou ou, enfim, não conseguiu passar por esse bom momento. Superado isso, para o elenco do futebol do Flamengo em 2013, na minha administração, o Adriano não faz parte dos nossos planos. Mas, agora, o futuro a Deus pertence. Se estiver bem, a gente torce que esteja, pode pensar diferente.
Falando agora sobre a comissão técnica, atualmente comandada pelo Dorival Júnior, que tem contrato até o fim de 2013, e também sobre o atual diretor de futebol, Zinho. Qual o seu plano para esses dois pilares? Permanência, saída? Como você enxerga essa questão?
O trabalho com o Zinho foi uma aposta, funcionou muito bem na parte técnica, na aproximação com os jogadores, no contato dele com o conselho diretor, mas acho que falta ainda uma peça de mercado, prospectando, acompanhando melhor os jogadores no Brasil e no mundo. Uma coisa um pouco mais de fora para dentro. A gente está muito dentro do nosso universo, e precisa sair"
Patricia Amorim
O resultado foi abaixo da expectativa, mas o treinador no final do campeonato conseguiu organizar o elenco, deu tranquilidade, não temos nenhum problema de relacionamento, muito pelo contrário. Ele assumiu essa liderança, ele sabe que nós vamos montar um elenco à altura da qualidade do treinador, ele me cobra muito. O trabalho com o Zinho foi uma aposta, funcionou muito bem na parte técnica, na aproximação com os jogadores, no contato dele com o conselho diretor, mas acho que falta ainda uma peça de mercado, prospectando, acompanhando melhor os jogadores no Brasil e no mundo. Uma coisa um pouco mais de fora para dentro. A gente está muito dentro do nosso universo, e precisa sair. O Flamengo precisa conquistar o mundo e trazer para dentro de casa.
De 2011 para cá, o Flamengo revelou garotos muito promissores. Quais são os seus projetos para as divisões de base do clube?
Continuar o grande trabalho que nós fizemos. Chegamos às finais de todas as categorias nos campeonatos estaduais. Isso é um mérito grande do Noval (Carlos, diretor das divisões de base), do Brazil (Carlos, gerente do Ninho do Urubu), trouxemos dois executivos para a base. Investimos muito na boa formação, na qualificação dos profissionais. A Silvinha, que era nutricionista do profissional foi para a base. Temos assistente social, psicólogo, um departamento de fisioterapia só da base, equipes técnicas de cada categoria montada. Investimos muito nisso, principalmente na alimentação dos jogadores. Eles chegavam no CT, não tinham café e saíam sem almoço. Hoje, todos os meninos recebem café da manhã e almoçam, e os que moram têm cinco refeições. Isso está diretamente relacionado ao trabalho físico, à recuperação, ao suplemento alimentar que esses atletas precisam ter. Esse trabalho vai continuar, é a marca de um Flamengo que prospecta o seu futuro e que pretende equacionar, com esse futuro promissor, as suas dívidas do passado. É com esses jogadores. Com 100, 150, 200 atletas que o Flamengo vai formar, e talvez aproveite no profissional 10%, quem sabe 15%, e consiga fazer uma boa venda, uma boa formação, de forma que o patrimônio suba e a gente consiga equacionar esse passivo que nos assusta tanto. Mas foi preciso investir. E nós vamos continuar investindo muito na base. Craque a gente continua fazendo em casa.
Qual o seu projeto para os demais esportes do clube, os chamados esportes olímpicos? Pretende priorizar algumas modalidades?
O projeto é a Patricia Amorim continuar. Os esportes olímpicos estão diretamente relacionados ao meu trabalho. Então, se eu continuar, eles continuam em alto rendimento, a natação continua ganhando, o remo continua na hegemonia absoluta do Rio de Janeiro, o judô, nado sincronizado, polo aquático, o basquete, o voleibol na formação. Está diretamente relacionado à Patricia Amorim ficar, não tenho dúvida disso. Ninguém mais do que eu conhece, fui vice-presidente duas vezes. A credibilidade e confiança desses grandes atletas é no nosso trabalho.
A senhora falou um pouco sobre o formato da gestão que pretende implantar no clube. A última pergunta é se a ideia de transformar o clube em empresa a agrada. Acha benéfico isso?
Vamos começar de trás para frente. Sou radicalmente contra o clube-empresa. O clube é dos sócios, dos associados, das pessoas que de forma abnegada construíram um clube de 117 anos, com uma história maravilhosa. Sou absolutamente contra. Não existe a menor possibilidade de dirigente ser remunerado, porque o estatuto não permite. Então, as pessoas que vendem esse tipo de projeto de sonho, eles não são possíveis de serem realizados, eles não sairão do papel. O estatuto diz que tanto o presidente como seus vices devem ser amadores, voluntários.
AS PERGUNTAS DOS OUTROS CANDIDATOS:
Jorge Rodrigues: Você recebeu o Flamengo hexacampeão brasileiro e agora passamos o ano lutando contra o rebaixamento. A que atribui o fracasso do futebol na sua gestão?
Olha, em nenhum momento estivemos na zona do rebaixamento, em nenhum momento, em nenhuma vez como presidente eu passei pela zona de rebaixamento, próximo. Estava tão próximo da zona de rebaixamento como dos primeiros colocados. Nós montamos sempre os elencos acreditando que vão produzir à altura da importância Flamengo. Nós cumprimos os salários, pagamos caro por esses jogadores, para que eles tivessem produção, o resultado que esperamos. Nesse ano, não tivemos, por uma série de fatores, que nós assumimos com o resultado negativo, mas nem por isso o trabalho diminui, deixa de ter sua importância histórica. O Flamengo avança, ele não fica mais de um ano sem título. Nós conseguimos ser campeões estaduais invictos de terra e mar, invicto, isso só aconteceu três vezes na história. Isso deu a hegemonia de terra e mar. O Flamengo tem 32 títulos estaduais contra 31 do Fluminense. Dei minha contribuição. Se esse ano não foi pontualmente muito bom em relação ao número de pontos, continuamos na média dos últimos 20 anos. O Flamengo já chegou a 24 º lugar, 18º, 17º. A gente chegou na quarta colocação com a classificação para a Libertadores. Às vezes flui, às vezes não flui. Mas continuamos investindo, a nossa divisão de base foi campeã brasileira no ano passado da Copa São Paulo de Juniores, este ano chegamos à final da Taça BH. E continuamos trabalhando, isso não diminui em nada a nossa motivação.
Eduardo Bandeira de Mello: Caso não seja reeleita presidente, como entregará o futebol em janeiro? Salário de novembro, dezembro e janeiro, 13º e férias estarão quitados?
Esta é a proposta, pois quando eu recebi não estavam quitados. A ideia é deixar tudo pago, com o mínimo de despesa para a próxima administração. E podem ficar muitos tranquilos pois estamos deixando um contrato de transmissão de R$ 800 milhões até 2018, e pagamos R$ 16 milhões de dívidas anteriores. Estamos deixando um resultado financeiro, com uma anistia de IPTU, com um acordo que fizemos no Morro da Viúva de R$ 16 milhões, para o ano que vem. Estamos deixando para o conselho decidir no final deste ano ainda o contrato com Adidas. Nós saímos de R$ 20 milhões para R$ 35 milhões, até um pouco mais, considerando o número de produtos distribuídos. Estamos deixando o Flamengo equacionado, com valor menor de dívidas, com soluções. É possível pagar os salários, e a nossa intenção é continuar pagando. Nossa pretensão é continuar por mais um triênio.
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