A França não tinha Karim Benzema nem Samir Nasri, duas de suas maiores estrelas, mas conseguiu mostrar que está evoluindo ainda assim. E não foi pouco. Com direito a uma pintura do meia Mathieu Valbuena, os Bleus derrotaram a Itália, nesta quarta-feira, por 2 a 1, de virada, no Estádio Ennio Tardini, em Parma, no que se tornou a primeira vitória em solo italiano desde 1994.
Valbuena, um dos destaques do Olympique de Marselha, iniciou a reação dos visitantes em linda jogada individual - mas não comparável, por exemplo, à obra-prima de Zlatan Ibrahimovic pela Suécia, também nesta quarta, contra a Inglaterra. A revelação El Shaarawy, ou o "Don Juan" do Milan para outros, havia aberto o placar para os donos da casa, enquanto Bafétimbi Gomis, do Lyon, definiu na etapa final. A Azzurra ainda pressionou e quase chegou ao empate no fim, mas o chute de Giaccherini parou no travessão de Lloris.
O triunfo fecha o ano com esperanças para a equipe de Didier Deschamps após o empate por 2 a 2 com a Espanha, em Madri, pelas eliminatórias da Copa do Mundo. Vice-campeões da Eurocopa em junho, os italianos conheceram sua primeira derrota desde agosto e viram brecar uma sequência de quatro jogos de invencibilidade (três vitórias e um empate).
Itália começa melhor, mas leva o troco
Anfitriã, a Itália contou com um ataque digno da reformulação que propõe Cesare Prandelli. Além de El Shaarawy, Mario Balotelli ocupava o setor que preocupou a França nos minutos iniciais. Logo aos nove minutos, Verratti - outro jovem valor - lançou o rossonero, que rolou para o atacante do Manchester City. Balotelli arriscou de fora e carimbou o travessão.
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Depois de ensaiar uma pressão, a Azzurra saiu na frente aos 34 minutos. Barzagli lançou Balotelli, que tocou de primeira para Montolivo. O meio-campista do Milan deixou o seu companheiro El Shaarawy na cara de Lloris. Um toque foi o suficiente: 1 a 0.
A resposta dos franceses, até então tímidos, saiu mais rápido do que o esperado. E logo em uma linda jogada individual. O dono dela não foi Ribéry, craque do Bayern de Munique, e sim Mathieu Valbuena. O meio-campista fez a festa pelo lado esquerdo do ataque, passou por dois adversários e, já dentro da área, colocou no ângulo de Sirigu, que substituía Buffon.
Deschamps com 'mão quente'
Como de costume em amistosos, as substituições surgiram aos montes a partir do intervalo. A Itália voltou melhor, com Pirlo em campo, e quase chegou ao empate com Candreva, aos 13. Deschamps respondeu diante das mexidas de Prandelli e pôs Ménez e Gomis de uma só vez. E como deu certo. Aos 21, o primeiro fez ótima jogada pela esquerda e cruzou para Evra, que chutou rasteiro. O centroavante do Lyon apareceu de carrinho, em seu primeiro toque na bola, para virar o jogo.
Recuada, a França sofreu desde então, mas a Azzurra não teve forças para reagir. Ou sorte, já que Giaccherini, na marca do pênalti, concluiu no travessão depois de passe de Maggio.
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