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A exemplo do confronto de duas semanas, no Signal Iduna Park, a emoção se repetiu para Real Madrid e Borussia Dortmund, nesta terça-feira, pela quarta rodada da Liga dos Campeões. No Santiago Bernabéu, os merengues foram surpreendidos por duas aulas de contra-ataques dos alemães, mas cresceram no segundo tempo e reagiram com um gol do... alemão Özil, aos 44 minutos do segundo tempo - Pepe anotou o primeiro dos donos da casa, enquanto Reus e Götze marcaram para os visitantes. No fim, o empate por 2 a 2 pôs justiça no placar e deixou a situação no Grupo D ainda em aberto.
O "Grupo da Morte" terá de esperar ao menos até o dia 21 de novembro para ver uma equipe classificada. Como Manchester City e Ajax empataram também por 2 a 2 no City of Manchester, a decisão foi adiada. Os ingleses são os mais desesperados com a calculadora na mão: ocupam a lanterna da chave, com apenas dois pontos. O Ajax soma quatro, enquanto Real e Borussia vêm à frente, com sete e oito pontos respectivamente.
Quer contra-ataque? O Borussia ensina
Esqueça o Borussia Dortmund do Campeonato Alemão, inconstante e já 11 pontos atrás do líder Bayern de Munique. A versão europeia dos bicampeões nacionais é cascuda e traiçoeira. E que diga a defesa do Real Madrid, que sofreu com a rapidez dos destaques aurinegros durante o primeiro tempo no Santiago Bernabéu. Quase sempre nos mais perigosos contra-ataques, brilhantes quando bem executados.
Com Sergio Ramos na lateral-direita e Arbeloa na esquerda ainda por conta da lesão de Marcelo (o brasileiro só voltará aos gramados em 2013), os merengues viram Casillas se tornar uma figura participativa desde cedo. Aos oito, Schmelzer recebeu bom passe, invadiu a área e bateu cruzado. O goleiro defendeu e, no rebote, Lewandowski concluiu por cima.
O atacante polonês, por sinal, passou em branco, mas foi fundamental. De cabeçadas suas após lançamentos do campo defensivo saíram os dois gols do Borussia. O primeiro deles veio aos 27, quando os visitantes já se impunham como no jogo de ida, há duas semanas, no Signal Iduna Park. O lateral polonês Piszczek enviou para o seu compatriota, que desviou para Reus. A jovem revelação alemã carregou até soltar a bomba. Casillas, se repetisse uma de suas grandes defesas ao longo da temporada, teria defendido. Mas a bola estufou mesmo as redes.
A equipe de José Mourinho não fazia lá grande partida, mas estava longe de apresentar apatia. As chances apareciam com pouca frequência, mas foram o suficiente para tirar um suspiro de incentivo das arquibancadas, dominadas pelos cantos dos alemães. Aos 22, Higuaín cruzou para Cristiano Ronaldo cabecear. Os papéis invertidos não funcionaram, e a conclusão do craque português saiu à direita de Weidenfeller. Aos 34, porém, saiu o empate: Özil cruzou da esquerda e Pepe subiu alto para igualar com firmeza.
Mas o Dortmund não deixou barato e reagiu. O goleiro Windenfeller repôs na direção de Lewandowski, que novamente escorou - dessa vez para o lado esquerdo. Grosskreutz foi rápido no toque para Mario Götze que, mesmo marcado por Arbeloa, conseguiu tocar por cima na saída de Casillas. Um belíssimo gol em uma pequena aula de contra-ataque.
Em time que não se ganha...
Se as notícias já eram ruins, Mourinho ainda se viu obrigado sacar Gonzalo Higuaín, seu único centroavante (Benzema, lesionado, sequer ficou no banco de reservas). A solução foi chamar Callejón e colocar Essien no lugar de Modric para conter justamente os contra-ataques.
Não seria injusto dizer que brilhou a estrela do técnico português. Com um minuto de segundo tempo, o próprio Callejón recebeu de Di María e emendou para o fundo das redes, mas o gol foi anulado por um suposto impedimento - mesmo com o auxílio do replay não foi possível tirar uma conclusão sobre sua posição. De qualquer forma, o meia-atacante ajudou os donos da casa a crescer de produção e praticamente dominar as ações dali em diante.
Logo na sequência, aos três, Xabi Alonso acionou Callejón, que emendou para fora em lance que Weidenfeller "tirou" com os olhos. Aos 15, o goleiro alemão se transformou num muro em nova finalização do camisa 21. Já com Kaká em campo, Cristiano Ronaldo também teve a sua oportunidade, aos 33.
Os minutos finais foram mesmo de pressão. Aos 40, Di María passou quase de costas para Callejón, que desviou para Grosskreutz salvar em cima da linha. Aos 44, no entanto, não houve jeito. Özil cobrou falta com a categoria que lhe é peculiar e viu a bola resvalar no pé da trave antes de entrar, com a colaboração do goleiro, que ameaçou um golpe de vista. Sinal de que o Borussia terá de esperar mais um pouquinho para festejar
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