A escalação atual do Flamengo vai do 1 de Felipe ao 99 de Vagner Love, passando pelo 25 de Wellington Silva, o 31 de Liedson, o 40 de Amaral, o 83 de Renato Santos... Números que viraram moda no futebol atual. Mas a camisa 10, imortalizada por Zico, segue no armário. Adriano, que teve a honra de receber a mítica numeração quando acertou seu retorno ao clube, em agosto, deixou o Rubro-Negro sem disputar uma partida sequer. O Galinho, hoje técnico da seleção do Iraque, condena a numeração fixa e aponta um fator que pode explicar a longa ausência de um dono da 10.
- Não tenho a mínima ideia de por que isso acontece. Acho que esse negócio de números como 52, 64, 95 tirou um pouco o brilho e o valor da numeração no futebol. A meu ver, foi através de campanhas de marketing que isso começou, mas não funciona. Como existem todas essas opções, o cara que joga pode não querer vestir a 10 para talvez não sofrer comparações que infelizmente acontecem – afirmou Zico.
Já se vão mais de cinco meses desde que Ronaldinho Gaúcho esteve em campo no empate por 3 a 3 com o Internacional, no Engenhão. E a última aparição da 10 do Flamengo nos gramados não traz recordações das melhores. Depois de errar uma jogada que resultou no gol de empate dos colorados (veja ao lado), o jogador foi sacado pelo então técnico Joel Santana e deixou o campo vaiado e xingado pela torcida.
No passado mais recente da história rubro-negra, Adriano e Petkovic foram os nomes que vestiram a 10 com maior sucesso. Felipe, hoje no Vasco, também teve bons momentos. Após a saída de Ronaldinho, o clube chegou a sonhar com um reforço à altura da responsabilidade. Nomes como Riquelme, Diego, Conca e até Valdivia foram tentados. Em vão.
A esperança de resgate estava nos pés do Imperador, que recebeu a 10 das mãos da presidente Patricia Amorim. Mas a frustração não tardou a dar as caras. Depois de uma série de faltas, Adriano se desligou do clube antes mesmo de entrar em campo.
Com o Flamengo na 14ª colocação, com 44 pontos, o time tenta vencer o Náutico, domingo, para somar mais três. Mas na matemática rubro-negra, as contas não passam mais pelo número 10
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