Quanto vale o fusca de Neymar? Pouco, muito pouco. O atacante havia prometido vendê-lo caro na semifinal contra o Corinthians. Conseguiu, é verdade, colocar o preço lá em cima ao fazer o primeiro gol. Mas depois disso, o Timão pechinchou bem, inibiu o “vendedor” e levou a inédita vaga na final da Libertadores.
Se vale como consolo, o gol marcado por Neymar o colocou como artilheiro desta edição da competição sul-americana, com oito gols. De quebra, fez o craque igualar Robinho na lista de goleadores do Peixe na competição, com 14. Mas ainda faltam três para atingir Pelé. Essa meta, porém, fica para o ano que vem.
Neymar vibra ao marcar o gol do Santos na semifinal da Libertadores da América (Foto: Nelson Antoine / AP)
Fusca caro
Quando o Santos tem 61% de posse de bola, qualquer um que acompanha o futebol do time da Baixada nos últimos anos pode imaginar que o Peixe teve inúmeras chances de gol, que Ganso comandou o meio de campo e que Neymar, melhor jogador do futebol brasileiro, tenha tido uma atuação impecável.
Quando o Santos tem 61% de posse de bola, qualquer um que acompanha o futebol do time da Baixada nos últimos anos pode imaginar que o Peixe teve inúmeras chances de gol, que Ganso comandou o meio de campo e que Neymar, melhor jogador do futebol brasileiro, tenha tido uma atuação impecável.
Só que não foi assim no primeiro tempo da partida contra o Corinthians. Neymar foi decisivo, sim, mas o caminho dele até balançar a rede corintiana não foi nada fácil. Bem marcado, o atacante teve dificuldade em conseguir participar das jogadas. Perdeu bolas, sofreu faltas, mas demorou a finalizar.
Quando teve a chance, no entanto, Neymar foi... Neymar. Craque que só, o garoto chamou a responsabilidade, ganhou disputa com Fábio Santos e rolou para Alan Kardec. O atacante cruzou, Borges desviou, acertou a trave e quem estava lá para completar para o gol vazio era a estrela santista.
A comemoração efusiva, olhando para a torcida do Peixe, foi como um desabafo. Em especial pelos comentários durante a semana de que ele estaria cansado por conta da maratona com a seleção brasileira. Mas se deixou dúvidas na má atuação no primeiro jogo, o gol neste primeiro tempo fez Neymar renascer.
Neymar sofre forte marcação de Jorge Henrique no Pacaembu (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Fusca barato
Na volta para o segundo tempo, Neymar comandou o time na entrada de campo. Tomando água de canudinho e concentrado, o craque santista não poderia imaginar que tão cedo a alegria do gol viraria frustração com o empate corintiano. Aos dois minutos, Danilo recebeu cruzamento de Alex e, com frieza, finalizou: 1 a 1.
Na volta para o segundo tempo, Neymar comandou o time na entrada de campo. Tomando água de canudinho e concentrado, o craque santista não poderia imaginar que tão cedo a alegria do gol viraria frustração com o empate corintiano. Aos dois minutos, Danilo recebeu cruzamento de Alex e, com frieza, finalizou: 1 a 1.
Se a frieza fez bem a Danilo, a falta de vibração atrapalhava o Santos. Neymar, bem mais apagado do que no primeiro tempo, pouco aparecia. E quando tinha a oportunidade, tentava passar pelos adversários na marra, não na técnica. Faltava paciência àquele que costuma deixar a impaciência para os adversários.
E Neymar, que prometeu “vender seu fusca” caro para o Corinthians, não conseguiu elevar o preço. De comissão, levou apenas o cansaço e a tensão de dias de cobrança por uma eliminação para um rival histórico e uma campanha, por enquanto, pífia no Campeonato Brasileiro (três empates e duas derrotas).
Danilo, o artilheiro do Timão, comemora o gol da classificação (Foto: Miguel Schincariol / AFP)
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