25 de jun. de 2013

Insatisfeito com Olympikus, Cruzeiro procura novo fornecedor

Dagoberto, jogador do Cruzeiro, com uniforme Olympikus (Foto: Washington Alves / VIPCOMM)
Não é só o Atlético-MG que tem problemas com sua fornecedora de materiais esportivos, a Lupo, em Minas Gerais. O Cruzeiro anda às turras com a Olympikus. A Vulcabras/Azaleia, dona da marca, não tem conseguido entregar uniformes suficientes ao mercado – nem do futebol, nem do vôlei.
Ao NEGÓCIOS FC, um dirigente cruzeirense admitiu que, se chegar uma proposta de alguma fornecedora interessada em substituir a Olympikus, a tendência é que o negócio seja fechado sem muitos entraves.
“Até hoje não tem material nas lojas. A camisa 1 é difícil de ser encontrada, e um exemplo do atendimento falho foi a final da Superliga de vôlei. Embora houvesse demanda, dificilmente as camisas eram encontradas”, reclama.
Os mineiros assinaram com a Vulcabras em dezembro de 2008. À época, a marca que vestia os jogadores da equipe era a Reebok, administrada no Brasil pela companhia. No fim de 2011, renovaram o contrato por mais três anos, até o fim de 2014, mas mudaram para a Olympikus, outra marca da companhia.
A Vulcabras/Azaleia mudou bastante de 2008 para cá, especialmente em 2012. Tullio Formicola, então diretor de marketing e principal homem por trás dos contratos que a empresa mantinha com clubes, foi demitido em outubro. O executivo não encaixou muito bem com Pedro Grendene Bartelle, membro da família que fundou a companhia e que assumiu, em julho, a presidência.
Desde então, a relação da Vulcabras com o futebol degringolou.
A fabricante perdeu o Flamengo para a Adidas, o Internacional para a Nike, o São Paulo para a Penalty, e o Cruzeiro, último grande time brasileiro sob fornecimento da empresa, deixa de vender porque a empresa não entrega. Não será surpresa se, em breve, também disser adeus.
É uma situação similar à que vive o Atlético-MG com a Lupo. Mas esta tem a desculpa de que é nova no futebol, nova no clube e ainda não conseguiu se ajustar à demanda dos torcedores.
Nem isso a Vulcabras pode alegar.
Procurei a fabricante no início desta semana para esclarecer as falhas, mas, depois de várias tentativas nos últimos dias, a companhia preferiu ficar em silêncio sobre a situação no Cruzeiro.
Se um consumidor entra em uma loja e não encontra o Galaxy S4 que queria, da Samsung, sai dela com um iPhone 5, da Apple. Como no futebol ninguém compra camisa de rival, atleticanos e cruzeirenses vão ter de se satisfazer com os modelos que encontrarem nas lojas.
Se encontrarem

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