Animada com as primeiras semanas de parceria, a Adidas projeta vender 1 milhão de camisas por ano do Flamengo. A começar por 2013. Herbert Hainer, CEO global da fabricante de materiais esportivos alemã, se surpreendeu com a demanda e admitiu, em entrevista ao NEGÓCIOS FC, que a empresa ainda não está pronta para atendê-la.
“Esperamos vender 1 milhão de camisas por ano com o Flamengo”, diz o executivo alemão. “O que vimos, como as camisas foram vendidas rapidamente, foi uma demanda no mercado que não conseguimos preencher, porque é muito maior do que esperávamos”.
A realidade, por enquanto, é que faltam uniformes do Flamengo para lojistas e atletas. A fornecedora lançou as camisas com festa em 23 de maio, mas ainda não conseguiu, um mês depois, levá-las em número suficiente para lojistas. Na verdade, nem mesmo todos os atletas do clube vestem Adidas. O time de futebol, a prioridade, tem o número exato de peças para usar nas partidas – nem mais, nem menos. Esportes olímpicos e funcionários do Flamengo têm recebido os uniformes gradativamente.
A estimativa de Fernando Basualdo, diretor geral da filial brasileira faz dois anos, é entregar todos os materiais até o fim deste ano. “A parte do futebol está quase coberta. Temos uma demanda que ainda temos que satisfazer. Do lado dos esportes olímpicos, realmente vai levar um pouco mais de tempo, mas estamos trabalhando e até o fim deste ano os problemas estarão resolvidos”.
A Adidas, segundo Basualdo, é muito seletiva ao sublicenciar a fabricação e a distribuição de seus materiais esportivos. No Brasil, toda fábrica escolhida pela empresa precisa cumprir várias exigências para chegar ao “padrão Adidas”. Ao todo, 50% de todas as peças têxteis são produzidas no Brasil, enquanto a outra metade é importada, de acordo com o diretor geral brasileiro.
O Flamengo, assim como Palmeiras e Fluminense, faz parte do plano global da fabricante para bater recorde de vendas e faturar 2 bilhões de euros em 2014 somente com futebol. Os alemães esperam que Basualdo consiga um ritmo de crescimento de dois dígitos no Brasil em 2013 e 2014.
O Brasil, diz Hainer, está entre os dez maiores mercados da empresa no mundo.
A Adidas quer ampliar para 17 bilhões de euros as vendas anuais do grupo, composto também pelas marcas Reebok, TaylorMade, Rockport e Reebok-CCM. A meta faz parte do plano traçado em 2010 e válido até 2015, o “Rota 2015″. Em 2012, a receita subiu 6% e chegou a 14,9 bilhões de euros.
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