O goleiro Rafael deve ser o próximo jogador a deixar o Santos. Com proposta de Napoli e Roma, o camisa 1 escolheu o primeiro, e deve assinar contrato nos próximos dias. A oferta gira em torno de R$ 15 milhões e agradou a diretoria do Santos. Rafael poderia assinar um pré-contrato com qualquer equipe no final do ano, e sairia do clube de graça, em setembro de 2014, quando termina seu contrato.
- A conversa que ele teve com o Rafa Benítez (técnico do Napoli) foi fundamental. Ele está decidido, as negociações estão caminhando muito bem e deve fechar em breve - afirmou o empresário do goleiro, Paulo Afonso, ao Lancenet.
O Santos é dono de 70% dos direitos econômicos do atleta, a Teisa (grupo de empresários ligados à diretoria) detém 15%, e o próprio camisa 1, outros 15%.
O técnico Claudinei Oliveira já tinha até mesmo sido consultado pela diretoria sobre a possibilidade de perder o jogador.
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- Me perguntaram se eu via algum problema na saída do Rafael, se tínhamos goleiros. Eu disse que tínhamos boas peças. Claro que vamos perder sem o Rafael, mas tem que ver o que é bom para todos, o Rafael e o Santos - disse o técnico, após o treino desta sexta-feira.
O Santos tem como substitutos Aranha, Vladimir e Gabriel Gasparotto. Perto da despedida, o jogador recebeu uma homenagem na Santos TV. No vídeo, de pouco mais de 16 minutos, o goleiro traça a sua história no Santos. No time profissional do Peixe desde 2009, o camisa 1 coleciona 194 jogos defendendo o Alvinegro, o que faz dele o 11º goleiro com mais atuações pelo clube. E pensar que sua história na Vila Belmiro quase terminou com uma contusão assim que ele foi promovido para o time profissional.
- Em setembro de 2009, o Vanderlei Luxemburgo (então treinador do Santos) e o Eduardo Bahia (preparador de goleiros) chegaram para mim e falaram: "Fica esperto que você vai ter uma surpresa. Você vai jogar". No treino à tarde, eu quebrei a perna - recorda.
Contrariando as previsões, Rafael voltou a treinar em três meses - o esperado era que ele voltasse a jogar em, no mínimo, o dobro do tempo. Para ele, a rápida recuperação foi determinante para a sua afirmação no Peixe.
- Em três meses, eu já estava zerado e comecei a treinar em dezembro. Todo mundo entrou de férias e eu fiquei treinando. Quando todo mundo voltou em janeiro, eu estava voando. Entrei em 2010 em um time fora de série, brigando por títulos, com grandes jogadores - lembra.
O momento mais emocionante do minidocumentário é quando o goleiro recorda da mãe, que faleceu quando ele tinha 13 anos, vítima de câncer.
- Eu tenho lembranças muito reais da minha mãe. Só tenho lembranças maravilhosas. Em uma delas, eu na quadra, sempre olhando para a arquibancada e ela ficava falando: 'Olha para quadra'. Eu sei que ela está feliz. Eu sofri muito quando perdi minha mãe, porque eu era muito novo, mas eu também amadureci e a nossa família se uniu bastante.
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