- o nome do jogoEliasSua escalação era duvidosa e a atuação no primeiro tempo foi discreta. Mas cresceu no segundo tempo, junto com o time, e garantiu a classificação.
- deu erradocontragolpesO Cruzeiro se estruturou para atuar nos contra-ataques, mas não conseguiu encaixar boas jogadas. Só teve duas, menos até que o Fla (que teve três).
- estatísticabolas aéreasO Flamengo encontrou dificuldade para armar jogadas e abusou das bolas levantadas. Foram 32 durante a partida, contra apenas três do Cruzeiro.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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A confirmação da escalação de Elias só aconteceu minutos antes da partida e foi comemorada na arquibancada como um gol. Mano Menezes resolveu apostar no volante, que sentia dores na coxa mas foi decisivo. Fez o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro aos 43 minutos do segundo tempo, resultado preciso que levou o Flamengo às quartas de final da Copa do Brasil para enfrentar o Botafogo, depois da derrota por 2 a 1 na partida de ida, em Belo Horizonte.
O empurrão decisivo no segundo tempo foi dado pela torcida, que levou o time à frente no maior público em jogos de clubes do novo Maracanã: 47.103 pagantes, com renda de R$ 2.266.070. Depois do apito final, a festa passou da arquibancada para o campo, com os jogadores acompanhando os gritos de "que torcida é essa" e "o Maraca é nosso". Pela primeira vez desde que estádio reabriu, a torcida rubro-negra parece ter mesmo voltado para casa.
Os jogos contra o Botafogo estão previstos para as semanas de 23 e 30 de outubro, com a ordem dos confrontos ainda a ser definida pela CBF. Se forem realizados no mesmo estádio, não haverá vantagem do gol fora de casa, segundo o regulamento da Copa do Brasil.
Elias, que chorou após marcar o gol, levou seu terceiro cartão amarelo na competição e está fora do primeiro jogo das quartas. Por isso, disse que o árbitro Jailson Macedo Freitas "acabou um pouquinho" com a sua noite.
- É um gol muito importante, não tem como explicar. Chorei bastante e não sabia para onde correr.
Os times voltam a campo pelo Campeonato Brasileiro, no fim de semana. O Flamengo enfrenta o Corinthians, no Pacaembu, no domingo, às 16h (de Brasília). No mesmo dia, a Raposa recebe o Vasco, às 18h30m (de Brasília), no Mineirão.
Marcelo Moreno disputa a bola com Dedé no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem)
Fla pouco objetivo
A dificuldade de criação do time do Flamengo, um problema crônico nas últimas partidas, ficou ainda mais evidente com a necessidade do time de conseguir uma vitória para se classificar. Não que o Cruzeiro jogasse fechado. Os times de Marcelo Oliveira, por hábito, não são armados desta forma. Mas, ainda assim, Fábio pouco foi incomodado na primeira etapa. Na verdade, não houve uma defesa sequer. Do outro lado, a Raposa, com a vantagem do empate, jogava com segurança, procurando se expor pouco e sair em velocidade. Os contra-ataques não foram muitos, mas permitiram ao time mineiro as melhores chances da etapa inicial. A primeira com Willian, que concluiu de dentro da área, e Felipe espalmou de forma atabalhoada para escanteio. Na cobrança, Dedé cabeceou, e João Paulo salvou em cima da linha.
Por necessidade, o Rubro-Negro ficou mais com a bola nos primeiros 45 minutos (55% a 45%), mas tirou pouco proveito disso. Elias, o principal nome do time na temporada, entrou no sacrifício. Ele foi dúvida até momentos antes do jogo, com dores na coxa, e só foi escalado após um teste no vestiário. Mas era claro que ele não estava 100%. Carlos Eduardo, sumido do jogo, não colaborou, assim como Rafinha, que correu muito e pouco produziu. Bem postado, o Cruzeiro parecia deixar o Flamengo cansar, rodando de um lado para o outro da área. Procurava retomar a bola em sua intermediária e, rapidamente, saía com Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e Willian.
Fla cresce, e Elias decreta a classificação
Como Cáceres sentiu um lesão em choque no primeiro tempo, Mano Menezes resolveu aproveitar a substituição forçada e arriscou um pouco mais, lançando o atacante Paulinho, que ocupou a lateral, passando Luiz Antonio para o meio-campo. O Flamengo ficou mais incisivo e, pela primeira vez no jogo, pressionou o Cruzeiro, que se defendia bem. A torcida se animou e começou a jogar junto. Marcelo Oliveira se impacientou no banco, pedindo para seus jogadores tentarem segurar a bola, sem sucesso. A Raposa cedia espaços, e o Flamengo quase marcou aos 16, em cabeçada de Elias que passou rente à trave.
Pouco depois Carlos Eduardo marcou, mas o árbitro Jailson Macedo Freitas já havia assinalado falta de Marcelo Moreno em Fábio na disputa de bola pelo alto. Marcelo Oliveira trocou Borges por Vinícius Araújo para tentar dar mais presença de ataque ao seu time. Logo depois colocou Martinuccio na vaga de Éverton Ribeiro, e o argentino em seu primeiro lance fez o gol, mas a arbitragem acertou ao marcar impedimento. Vinícius Araújo teve a chance de garantir a classificação do Cruzeiro, entrou sozinho, mas errou no drible em Felipe e saiu com bola e tudo pela linha de fundo. A punição veio aos 43 minutos, em formato de festa para a torcida rubro-negra. Paulinho cruzou da direita e Elias, o nome do Flamengo na temporada, colocou o time nas quartas de final.
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