Encostado quando Ney Franco comandava o São Paulo, Fabrício saiu do elenco principal em maio e só retornou em julho, quando Paulo Autuori assumiu o cargo de treinador do Tricolor Paulista. O jogador foi encarado como um dos 'culpados' pelo ex-técnico do clube após as eliminações na Libertadores e no Campeonato Paulista. Em participação no programa "Arena SporTV", Fabrício contou que o afastamento se deu sem diálogo algum, nem antes e muito menos depois do anúncio, por parte do então técnico da equipe.
- Foi uma experiência que eu nunca havia tido, nunca me senti tão inútil. Apesar que eu já estava meio que me acostumando, porque o diálogo na verdade nunca existiu. Pouco eu treinava com o Ney Franco e quando eu estava como reserva, treinava mais com o auxiliar dele - disse o jogador, que admitiu ter ficado surpreso com o afastamento.
Foi uma experiência
que nunca havia tido, nunca me senti tão inútil."
que nunca havia tido, nunca me senti tão inútil."
Fabrício
Contratado no início de 2012, Fabrício trazia na bagagem a esperança da diretoria de se tornar um dos líderes da equipe. No entanto, as coisas não aconteceram como o esperado. O atleta teve uma sequência de lesões musculares e, no segundo semestre do ano passado, sofreu uma ruptura do ligamento cruzado do joelho esquerdo, o que o deixou parado até janeiro deste ano. Em maio veio o afastamento e as divergências com o técnico Ney Franco.
- É impossível você ficar reserva feliz como se estivesse jogando e é aí que entra o treinador para trabalhar esse psicológico para você se sentir importante. Eu acho que os poucos treinadores que conseguem fazer isso têm um bom elenco - falou.
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O volante teve desentendimentos com a antiga comissão técnica no primeiro semestre por não ser tão utilizado como queria durante as partidas, postura que foi considerada como uma possível influência negativa aos demais atletas. Questionado se o afastamento seria uma questão da diretoria e não do técnico, Fabrício rebateu.
- Eu acho que não se faz nada sozinho no clube, mas o que foi passado para mim é que era opção do treinador - disse.
O afastamento de Fabrício e os outros seis atletas (Henrique Miranda, Luiz Eduardo, Cortez, João Filipe, Wallyson e Cañete completam a lista) causou um racha na equipe são-paulina. Perguntado se o clima da equipe foi abalado pelo seu afastamento, Fabrício acredita que a postura do técnico resultou em desconfiança por parte do elenco.
- O problema não era comigo. Nós jogadores temos uma proximidade muito grande, apesar da competitividade, quando acontece algo assim (afastamento sem diálogo). Um sente pelo outro e pensa: "Ele pode fazer o mesmo comigo". E aí se dá o afastamento. O cara fica com o pé atrás. A gente perde uma competição e então afasta jogadores que nem estavam jogando. É duro - recordou.
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