Elias é "o cara" do Flamengo, e sabe disso. Na verdade, trata-se de uma unanimidade. Ele sabe, a torcida sabe, Mano Menezes sabe, e até mesmo todo o elenco concorda. A comemoração dos torcedores, similar a de um gol, ao terem a confirmação da escalação do volante exposta no telão do Maracanã surge como uma prova indiscutível do prestígio. A explosão de alívio contrasta com a tensão que tomou conta de todos nos dias que antecederam o confronto decisivo com o Cruzeiro, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.
A dor na coxa esquerda era do camisa 8, mas a preocupação, coletiva. Uma força-tarefa do departamento médico o fez entrar em campo e, por tabela, deu uma injeção de ânimo em todo grupo rubro-negro. Reação que causou em Elias uma mistura de orgulho e gratidão pelo reconhecimento em pouco mais de oito meses de clube.
A atmosfera fez com que o volante tivesse a exata noção da responsabilidade que carregava consigo. Noventa minutos e um gol salvador depois, Elias celebrou a quinta-feira de herói, mas fez questão de dividir os méritos com os companheiros. Principalmente por toda dose de confiança passada nos momentos em que sua presença em campo era uma dúvida.
- Procuro fazer o meu melhor, sempre. Dar o meu máximo, orientar os jogadores. Sei que sou importante para o elenco, que tenho que dar apoio, suporte. Minha presença motiva outros atletas. Como falei com eles antes do jogo, o sacrifício que o departamento médico fez para me colocar em campo não foi por confiar somente em mim, mas por confiar que todos poderiam passar. Me senti importante, é uma sensação imensa. Tenho que agradecer a todos por sentir isso.
A atmosfera fez com que o volante tivesse a exata noção da responsabilidade que carregava consigo. Noventa minutos e um gol salvador depois, Elias celebrou a quinta-feira de herói, mas fez questão de dividir os méritos com os companheiros. Principalmente por toda dose de confiança passada nos momentos em que sua presença em campo era uma dúvida.
- Procuro fazer o meu melhor, sempre. Dar o meu máximo, orientar os jogadores. Sei que sou importante para o elenco, que tenho que dar apoio, suporte. Minha presença motiva outros atletas. Como falei com eles antes do jogo, o sacrifício que o departamento médico fez para me colocar em campo não foi por confiar somente em mim, mas por confiar que todos poderiam passar. Me senti importante, é uma sensação imensa. Tenho que agradecer a todos por sentir isso.
O discurso de coletividade abraçou também o torcedor, que não silenciou um só instante diante dos mineiros. Fazendo questão de não tornar individual a responsabilidade pela classificação, o camisa 8 elogiou a postura da equipe em toda eliminatória.
- Todo o time foi heroico. Ninguém acreditava. Todo mundo dava como certo que o Cruzeiro ia passar. Fomos copeiros e soubemos jogar esse tipo de competição. Trouxemos a decisão para o Maracanã, diante do torcedor, onde o Flamengo fica praticamente imbatível.
Elias contou ainda os bastidores da semana que antecedeu a partida decisiva e revelou que chegou a se sentir vetado. A entrada no caso de José Luiz Runco, chefe do departamento médico, foi preponderante para causar uma reviravolta.
- No sábado, quando fiz o exame, apontou lesão grau dois. O médico falou em duas semanas, no mínimo, e já foi um baque grande. Ia perder o jogo com o Cruzeiro e depois com o Corinthians. Na segunda-feira, o Runco analisou melhor a imagem, marcou um ultrassom e identificou que não era grau dois. Disse que se eu confiasse nele estaria em campo. Confiei, ele fez todos os procedimentos, a fisioterapia, e falei que não ia decepcionar. Agradeço muito a ele pela confiança para estar em campo.
Com sete gols com a camisa do Flamengo, Elias balançou a rede cinco vezes nos últimos 11 jogos. A faceta de artilheiro não é novidade para o volante, que já atuou no ataque quando deu os primeiros passos no futebol.
- Eu me posicionava bem como atacante, mas não fazia muito gol. Por isso, fui para trás. Mas o fato de já ter jogado na posição faz com que eu saiba me movimentar, sair do defensor, não ter medo de chegar na área. Talvez seja por isso. Tem jogador que não gosta de entrar (na área), que gosta de fazer gol de fora ou quando estiver livre, mano a mano com o goleiro. Eu não, me enfio. Tento finalizar, cabecear. Não tenho medo da área, dos zagueiros.
Recuperado da lesão na coxa, Elias tem escalação garantida para pegar o Corinthians, domingo, às 16h (de Brasília), no Pacaembu, pela 17ª rodada do Brasileirão. Corintiano confesso, o volante enfrentará o ex-time pela primeira vez desde que seguiu para Europa, em 2011.
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