Joel Santana quer saber a atual condição física e técnica de cada jogador do Flamengo. Faz parte do planejamento para reformular o grupo principal para a disputa do Campeonato Brasileiro. A ideia do treinador é reduzir o número de atletas de cerca de 40 para 32. É com este elenco que ele quer viajar para a Granja Comary, em Teresópolis, no próximo dia 13, para a fase final de preparação para a estreia contra o Sport, dia 20.
A primeira semana pós-eliminação na Libertadores e no Carioca foi dedicada a uma bateria de testes e treinos físicos. Segundo o treinador, a comissão técnica pretende montar um banco de dados da equipe, já que todo o trabalho de pré-temporada foi realizado pelo time do ex-técnico Vanderlei Luxemburgo.
- Pelo menos vou ter mais ou menos uma base do que o time pode render. Quando bota em campo, tem que ter uma base de dados físicos e técnico. O Ronaldo (Torres, preparador físico) está fazendo uma avaliação do grupo para ver como está se colocando. Os resultados provaram isso para nós. Temos de entender como o nosso time a partir dos 30 minutos do segundo tempo estava sofrendo com o adversário. Estamos começando a definir, tem que fazer uma avaliação de tudo para ter ideia de onde vai começar a atacar. Semana que vem já começa a parte dedicada aos fundamentos, defesa, ataque.
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Alguns jogadores vão deixar o clube, casos de Itamar, Fabiano Oliviera, Galhardo e Rodrigo Alvim. O zagueiro Gustavo, conhecido como Geladeira, já acertou seu empréstimo ao Atlético-GO até o fim do ano. Willians está perto de uma transferência para o Udinese, da Itália. O técnico quer realizar a preparação na Região Serrana com mais da metade do grupo definido e à espera de reforços.
- Vamos fazer uma avaliação do grupo e definir quantos jogadores vamos levar para lá. Eu pretendo levar os jogadores que vamos usar contra o Sport e alguns que vão chegar no meio do caminho. Ainda não definimos esses jogadores, até porque algumas coisas estão para acontecer. Vou mais ou menos com 70% do grupo montados. Nós não vamos dispensar ninguém. Vamos colocar esses jogadores para desenvolver o trabalho deles normalmente. E dentro do que produziram vão ficar ou não. É normal em qualquer clube. Os jogadores (que não ficarão) ainda não foram avisados, mas o jogador sabe quando não vai ficar. Não é tão urgente.
Joel não tem a garantia de que receberá reforços. O clube está apalavrado com o volante paraguaio Cáceres, do Libertad. Ele chega ao Rubro-Negro depois de encerrada sua participação na Libertadores. Na última quarta-feira, o lateral-direito e Wellington Silva foi apresentado. O Flamengo negocia com o Santos para ter o meia Ibson – Galhardo e David Braz serão envolvidos no negócio. Além disso, o departamento de futebol busca um zagueiro e um primeiro volante.
- É difícil ter garantias de contratação. Quando você fala em renovação, contratação de jogadores, a coisa começa a ficar mais difícil. O futebol brasileiro está passando por dificuldades financeiras. Alguns negócios serão um pouco mais fáceis, outros mais difíceis. Quanto mais rápido, melhor. Mas de repente você começa com uma equipe, bota dois ou três jogadores, e eles encaixam melhor do que aquilo que você vinha treinando.
O treinador disse que não foi determinado um número de atletas que serão contratados. Na reunião com a diretoria na última quinta-feira, Joel recebeu uma lista com opções e apresentou as dele.
- Observamos jogadores no Carioca e outros na Copa do Brasil dentro da nossa necessidade. Falar em número é difícil. Não são tantos jogadores dando sopa. Às vezes você pega um jogador que não tem essa fama toda e vai acertar, como acertei no Botafogo com o Cortês (hoje no São Paulo). Ningúem esperava. É o que queremos aqui. Não podemos errar. Um ou outro vamos errar, é difícil. Às vezes o cara joga bem numa equipe menor e quando veste a camisa do Flamengo fica arrepiado, treme, sente febre. Vestir a camisa do Flamengo não é assim. Time grande, compromisso, torcida, imprensa. Isso tudo a gente coloca em pauta e torcendo para que dê certo. Se sentir que vamos ter dúvida numa posição ou outra, prefiro atacar na base. Pelo menos sabemos que são jogadores que têm dois, três, quatro anos de clube, estão adaptados ao convívio. Estamos estudando para ver se não erramos tanto. Também estamos acompanhando jogadores nossos que estão emprestados, vendo se estão evoluindo.
A comissão técnica quer estreitar o contato com a equipe de baixo. A ideia é sincronizar os treinos dos profissionais com os dos juniores. Do grupo com 32 jogadores que quer definir, Joel pretende usar pelo menos dez garotos
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