Na sexta-feira, o vice-presidente de finanças do Flamengo, Michel Levy, disse que teria feito um acerto verbal com Assis sobre os salários atrasados do jogador, que, segundo o clube, estariam perto de R$ 2,25 milhões e seriam pagos quando entrasse dinheiro de algum patrocinador. Mas a situação não é simples, cada vez fica mais delicada e próxima do limite. Há discordâncias nos valores – o irmão e empresário do camisa 10 cobra quatro meses, o que chegaria perto de R$ 5 milhões –, lamenta certas posturas do clube e disse que é preciso cumprir o que foi acordado.
- Contrato existe para ser cumprido. Completaram quatro meses de salários atrasados. E outras coisas. Os valores vão lá em cima. Mas quando saem essas notícias sobre salários, é sempre do outro lado (do clube). Isso cria um desgaste desnecessário – afirmou Assis, sem confirmar o real valor da dívida.
No sábado, quando tomou conhecimento das declarações de Michel Levy de que estava tudo sob controle, Assis demonstrou extrema irritação, pois não acertara nada verbalmente com o clube e cobrou explicações do vice de finanças.
A situação está cada vez mais próxima do limite. A primeira ação de Assis foi notificar o clube extrajudicialmente. O empresário está incomodado com a postura dos dirigentes do Flamengo, que, segundo ele, não cumprem o que foi acordado. Apesar de publicamente existir a intenção de apagar a fogueira, nos bastidores a relação fica cada vez mais estremecida.
- Este tema de salários atrasados é de conhecimento de todos por intermédio do próprio clube, assim como a carta extrajudicial. A falta de pagamento existe. Fiz o que tinha que ser feito. E temos que resolver - afirmou Assis.
Na próxima semana existe a expectativa de entrar dinheiro no cofre do Flamengo referente às cotas de televisão. Parte da verba terá que ser destinada ao pagamento dos atrasados de Ronaldinho. Segundo Assis, essa é uma das garantias.
- Está no contrato – afirmou Assis, que não esconde o descontentamento.
O empresário do camisa 10 também demonstra contrariedade com notícias sobre a vida particular do jogador:
- Um dia saiu no jornal que ele foi para boate depois do jogo; depois, que teve festinha na casa dele. O Ronaldo estava comigo. É sacanagem. Fazem isso e depois o jogador sai como culpado.
O objetivo inicial é tentar resolver tudo sem necessidade de recorrer à Justiça, mas a ideia não é descartada caso a dívida cresça e uma solução não seja apresentada.
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