A venda de Paulo Henrique Ganso do Santos para o São Paulo voltou a ser assunto em Belém nesta terça-feira. Por ser um dos clubes formadores do jogador, o Paysandu cobra uma porcentagem sobre o valor da transferência - cerca de R$ 23 milhões. Presidente do Papão, Vandick Lima confirmou que o Bicolor cobra R$ 492 mil, montante que será revertido integralmente para as obras do Centro de Treinamento do clube.
– A nossa ideia é usar todo o valor que vamos receber pela venda do Paulo Henrique Ganso, como clube formador do atleta, e investir no CT. Já estamos viabilizando as licenças com a Prefeitura de Benevides para não ter problemas com algumas árvores que precisam ser derrubadas. Assim que entrar o dinheiro nós vamos iniciar as obras. Mas quarenta mil reais vão ficar com o advogado do clube, responsável pelos cálculos – explicou Vandick.
De acordo com o presidente do Papão, a diretoria do clube paulista reconhece a dívida e está disposta a fazer o pagamento a vista, o que deve acontecer entre o fim de junho e o começo de julho. Inicialmente, o presidente do Santos, Odílio Rodrigues, propôs o parcelamento do débito, proposta que não foi acatada pela atual diretoria do Paysandu
– Como tínhamos a ideia de colocar todo o valor no CT, preferimos não aceitar (o parcelamento) e dar um maior tempo para que o dinheiro fosse entregue de uma só vez. Sabíamos que, em caso de parcelamento, o dinheiro seria gasto e não faríamos nada no CT. A data para o pagamento na sua totalidade seria no último dia 20 de junho, mas o Santos acabou tendo um problema de ordem financeira e nos pediu mais um tempo. Estamos aguardando – explicou.
Centro de Treinamento
Em janeiro deste ano, o Paysandu assinou contrato de comodato com validade de 50 anos, e um dos ex-presidentes do clube, Raul Aguilera, cedeu um sítio com mais de 50 mil metros quadrados para a construção do Centro de Treinamento do Papão. Segundo Vandick, o acordo prevê a doação em definitivo do espaço, tão logo o clube quite parte de suas dívidas trabalhistas e conclua as obras estruturais do CT.
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O projeto de construção comtempla, além do campo existente, mais três, sendo um para o futebol profissional e três para as categorias de base, além de alojamento, sede administrativa, piscina e academia.
– O CT sempre foi um sonho da torcida do Paysandu, e hoje estamos conseguindo realizar. Eu estou muito feliz, pois sabemos da importância dessa iniciativa. O mais importante é que tudo isso será nosso assim que concluirmos as obras. Vamos visitar outros CTs e dentro de três ou quatro meses já devemos ter o projeto em mãos – finalizou Vandick.
* Thiago Lopes, estagiário, colaborou com a matéria
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