O São Paulo foi punido na tarde desta sexta-feira pela Conmebol, e não deverá enfrentar o Atlético Mineiro, no dia 17 de abril, no Morumbi. O clube perdeu o direito de mandar um jogo da fase de grupos da Libertadores em seu estádio, em razão da briga entre seus seguranças, policiais e integrantes da comissão técnica do Tigre na final da Copa Sul-Americana, no dia 12 de dezembro. Como as partidas contra The Strongest, na próxima quinta-feira, e Arsenal, no dia 7 de março, estão próximas, a tendência é que a punição seja cumprida na última rodada, diante do Galo.
O São Paulo tem sete dias para recorrer da sentença, e provavelmente o fará na semana que vem, embora ainda não haja uma definição da diretoria. A Conmebol "sugeriu" o cumprimento da pena no confronto nacional por causa da data do jogo, mas o clube poderá tentar passar a punição para a partida diante do Arsenal. Caso tudo seja mantido, a tendência é que o Pacaembu seja o palco do duelo entre os brasileiros.
Além do veto ao Morumbi em um dos jogos, o Tricolor foi multado em cem mil dólares (cerca de 200 mil reais), mesmo valor que o Tigre terá de pagar em razão da confusão. Na ocasião, seguranças brasileiros e membros do clube argentino ficaram machucados, e o vestiário dos visitantes do São Paulo foi bastante danificado.
A Conmebol abriu investigação sobre o caso e os clubes se defenderam. Cada um responsabilizou o adversário por ter iniciado o conflito. No fim do primeiro tempo, o São Paulo vencia por 2 a 0 e os jogadores do Tigre cercaram os brasileiros na descida para o vestiário, numa discussão que tinha o atacante Lucas como pivô. Poucos minutos após seguirem para seu vestiário, alguns argentinos voltaram correndo para o campo, reclamando agressão. Eles chamaram a imprensa, mas só permitiram que compatriotas descessem as escadas.
A polícia chegou ao local e a briga ficou generalizada. A versão do Tigre era de que os seguranças do São Paulo agrediram a delegação nos corredores. Já o Tricolor afirma que os argentinos tentaram invadir uma área à qual não tinham acesso, e foram contidos pelos funcionários, que pediram reforço policial.
O Tigre decidiu não voltar para o segundo tempo, e o árbitro encerrou a partida, dando o título ao São Paulo, que comemorou, deu a volta olímpica e levantou a taça. A Conmebol, nesta sexta-feira, voltou a confirmar a conquista da equipe, que em razão dela, vai enfrentar o Corinthians, atual campeão da Libertadores, pelo título da Recopa deste ano.
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