27 de fev. de 2013

Gobbi compara decisão da Conmebol ao tempo da ditadura


Pacaembu, Corinthians x Millonarios (Foto: Marcos Ribolli)Pacaembu vazio durante Corinthians x
Millonarios (Foto: Marcos Ribolli)
O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, comparou a decisão da Conmebol, que obrigou o clube a atuar contra o Millonarios de portões fechados, a uma decisão da época da ditadura militar. Antes da vitória da equipe por 2 a 0 sobre o time colombiano, nesta quarta-feira, no Pacaembu, pela Libertadores, Gobbi não escondeu a irritação com a punição sofrida pelo Alvinegro.
- Você não pode aplicar uma pena em alguém sem dar o direito de defesa. Isso só teve em uma época obscura desse nosso país - afirmou o dirigente, em entrevista ao SporTV.
Questionado sobre a possibilidade do Corinthians sofrer alguma sanção pelo fato de quatro torcedores terem conseguido liminares para assistir à partida contra o Millionarios, nesta quarta-feira, Gobbi reagiu.
Temos de repensar se estamos no Estado de Direito ou se vivemos na época das cavernas, da Inquisição."
Mário Gobbi, presidente do Corinthians
- Não é problema meu. Já estou cheio de problemas para resolver. Já fomos punidos por coisa que não fizemos. Vamos ser punidos também porque entraram com liminar? Não sei aonde vamos parar. Temos de repensar se estamos no Estado de Direito ou se vivemos na época das cavernas, da Inquisição. Se tudo o que se fizer, a responsabilidade é do Corinthians, é melhor então fechar os clubes - desabafou.
O presidente do Corinthians argumentou que ainda não ficou provado quem foi o responsável pela disparo do sinalizador que causou a morte do boliviano Keivin Espada, durante o jogo entre San José e Corinthians, no último 20, em Oruro.
- Primeiro se dá o direito de defesa e depois se analisa se é o caso de aplicar uma pena cautelar. Na verdade, neste caso, o Corinthians foi julgado, condenado e agora cumpre a pena, sem processo, sem nada. Quem matou o rapaz? Quem soltou estes fogos? A polícia da Bolívia já sabe? Eu não sei. Já nos condenaram e estamos cumprindo a pena. E viva o Brasil. Vida de gado, povo marcado, povo feliz - afirmou, citando a música "Admirável gado novo", de Zé Ramalho.
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