Victor Cáceres e Flamengo de um lado, Associação de Futebol do Paraguai (APF) e Libertad-PAR do outro. A guerra entre eles continua, e o volante ainda não tem condições de estrear pelo Rubro-Negro. Apresentado no dia 6 de julho, o jogador não está inscrito na CBF. O caso chegou ao limite, e o paraguaio decidiu correr o risco de não jogar mais pela seleção do seu país para poder defender o clube brasileiro. Cáceres, o empresário dele, Régis Marques, e o departamento jurídico do Flamengo vão à Fifa contra a APF por danos morais. Isso porque a regularização dele no futebol brasileiro virou um imbróglio. Régis está em Assunção desde a semana passada à espera da documentação necessária para dar condições de jogo ao atleta, que treina normalmente e está pronto para a estreia.
- Já temos um processo correndo na Fifa, que pede que Libertad e a Associação liberem os documentos para que o Cáceres seja inscrito. Agora, já acionamos os advogados e, junto com o Flamengo, vamos abrir outro processo pedindo indenização por danos morais pelo que estão fazendo. Se o Cáceres for para a Justiça, ele não poderá mais ser convocado para defender a seleção paraguaia. É uma conduta da Associação de Futebol do Paraguai com jogadores que fazem isso. Mas ele está à disposição, quer jogar, quer tomar uma medida. Ele corre o risco de não ser mais convocado pela seleção paraguaia, mas quer jogar no Flamengo. Ele está ciente e disse para irmos em frente – explicou o empresário.
Se o Cáceres for para a Justiça, ele não poderá mais ser convocado para defender a seleção paraguaia"
Régis Marques, empresário de Cáceres
Além da CBF e da Fifa, Flamengo e Cáceres pretendiam procurar a Organização das Nações Unidas (ONU) para tentar resolver o caso. Mas isso não deve ocorer. Faltam 13 dias para que o processo que está em curso na entidade máxima do futebol seja concluído. Desta forma, Cáceres seria liberado e teria condições de jogo no dia 11 de agosto, contra o Náutico, no Engenhão.
Na última quarta-feira, o jogador fez críticas ao seu ex-clube, e também direcionadas à Associação Paraguaia de Futebol.
- O Libertad está conduzindo (o caso) muito mal, e a APF (Associação de Futebol do Paraguai) também não faz nada. Eles fazem muito mal ao futebol paraguaio internacionalmente - disse Cáceres, em entrevista à mídia paraguaia.
O contrato de Cáceres com o Libertad terminou em 30 de junho, e o clube não recebeu um centavo sequer na saída do jogador, revelado na base da equipe guarani. O Flamengo fez uma proposta de quatro anos de contrato e teve a resposta positiva do atleta. Cáceres decidiu repassar quase 800 mil dólares (ou R$ 1,6 milhão) ao Libertad para que fosse liberado antes do término do vínculo. O Libertad não aceitou, decidiu segurá-lo e acusou o volante e seu representante de terem negociado diretamente com o Flamengo. A partir daí, virou guerra
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