- deu certotrês zagueirosO técnico Geninho optou por retomar o esquema com três zagueiros (Valdomiro, Gustavo e Rogério) e foi feliz. O Flamengo poucas chances claras de gol criou ao longo da partida desta quinta-feira.
- estatísticapassesO Flamengo errou um total de 39 passes durante a partida, contra 29 do rival. O time rubro-negro conseguiu 13 finalizações no jogo, contra 11 da Lusa. Fora três chances de gol para cada time.
- arbitragemum amareloO árbitro Ricardo Marques Ribeiro exibiu só um cartão ao longo de todo o jogo. Foi para Valdomiro, da Portuguesa. O time paulista reclamou um pênalti no primeiro tempo. O lance foi polêmico.
A CRÔNICA
por GLOBOESPORTE.COM
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O Flamengo trocou de treinador, mas não de rotina no Campeonato Brasileiro. Após a demissão de Joel Santana, Dorival Júnior estreou nesta quinta-feira à frente do Rubro-Negro, contra a Portuguesa, no Engenhão, mas o que se viu foi uma atuação ruim do time carioca. Ao fim dos 90 minutos, a Lusa, apesar de também não jogar bem, foi quem esteve mais perto do gol, mas o placar não foi alterado: 0 a 0. A torcida rubro-negra, que no último jogo em casa, diante do Corinthians (derrota por 3 a 0), virou as costas para o campo, desta vez chamou o time de sem-vergonha.
Com o resultado, o Flamengo voltou ao décimo lugar na tabela de classificação, agora com 16 pontos.
- Todo mundo aqui tem vergonha na cara. A torcida tem todo o direito de protestar, o time não ganhou, ela pode protestar. Sempre entro em campo com o pensamento de marcar. Hoje eu tive uma chance, mas não consegui - disse Vagner Love, que chegou a sete jogos sem marcar.
A Portuguesa passou a ser a primeira equipe dentro da zona de rebaixamento, com dez pontos ganhos após 12 rodadas.
- Acho que, sem modéstia, a gente deixou de ganhar do Flamengo aqui. Vai ser difícil pegar o Flamengo tão debilitado como hoje. O time marcou bem, criou muitas chances, o Flamengo praticamente não criou oportunidades. A Portuguesa repetiu hoje o que vem fazendo no campeonato inteiro, dominando o jogo, criando chances e não fazendo os gols - avaliou o técnico Geninho.
O próximo compromisso dos cariocas no Brasileiro é neste domingo, contra o São Paulo, no Morumbi. No mesmo dia, a Lusa recebe o Náutico, no Canindé.
Lusa é melhor no primeiro tempo
Dorival Júnior estreou à beira do campo sem comandar qualquer treino, e o time que escalou foi o treinado pelo auxiliar Jaime de Almeida ao longo da semana. Como novidade, o retorno de Welinton como companheiro de zaga de González e a entrada de Mattheus no lugar de Renato, no meio. O jovem deu suporte aos homens de frente, Adryan e Vagner Love.
No lado da Portuguesa, depois de empatar com o Corinthians num esquema com dois beques de área, o técnico Geninho resolveu optar por escalar novamente um sistema com três zagueiros: Valdomiro, Gustavo e Rogério. No meio, três volantes, dois alas e um homem de criação. O único atacante do esquema foi Ricardo Jesus.
Love tenta cabeçada: atacante chega a sete jogos sem marcar (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)
O Flamengo começou animado e chegou a dar a impressão de que tinha condição de mandar no jogo. Logo aos 6, Adryan disparou pela direita e cruzou para Vagner Love na área. A cabeçada, entretanto, saiu nas mãos de Dida.
A Portuguesa, entretanto, não se acanhou e tratou de buscar seu espaço na partida. O ala Luis Ricardo, com muito espaço pela direita, tirou o sono da defesa rubro-negra. Até a metade do primeiro tempo, o time paulista colecionou chances para abrir o placar. Foram pelo menos quatro. Na melhor delas, Ricardo Jesus carimbou o travessão de Paulo Victor.
Houve ainda um lance polêmico a favor da Lusa na etapa inicial. Após confusão na grande área, Héverton preparava-se para concluir quando Welinton fez carga por trás, tirando a bola. A arbitragem entendeu que o lance foi legal e mandou seguir, mas os jogadores da Portuguesa reclamaram de pênalti.
No lado do Flamengo, antes do intervalo, acumularam-se jogadas sem sucesso e tentativas frustradas. A melhor chance de gol se deu aos 29 minutos. Após falta batida em elevação para a área, Vagner Love, em posição legal, recebeu absolutamente livre dentro da pequena área, mas emendou por cima do travessão e perdeu gol feito.
Renato no lugar de Ibson
Na volta para o segundo tempo, o Flamengo foi a campo com uma modificação: Ibson deu lugar a Renato. O veterano entrou com a incumbência de melhorar a marcação pelo setor esquerdo, que no primeiro tempo foi muito utilizado pelo ataque da Portuguesa.
Embora o Flamengo tenha melhorado timidamente, a Lusa seguiu sendo perigosa quando ia à frente. O time da casa, na base da vontade, tentou criar chances, mas somente aos 14 minutos conseguiu um lance de perigo. Mattheus recebeu na meia-lua e bateu de chapa, procurando o ângulo direito de Dida. Mas a bola foi para fora.
Foi o último lance do filho de Bebeto na partida. Ele saiu para a entrada de outro jovem, Thomás, que não jogava desde abril, pelo Campeonato Carioca. O meia entrou empolgado e fez logo uma boa jogada, que resultou em escanteio. Ele pediu apoio da torcida com as mãos, e a galera correspondeu.
Léo Moura tenta se livrar da marcação de Marcelo Cordeiro (Foto: Alexandre Vidal / Fla Imagem)
Aos poucos, o ímpeto da arquibancada diminuiu. Embora com menos posse de bola, a Portuguesa conseguiu em boa parte do tempo não correr riscos. Quando ia à frente, o perigo sempre rondava a defesa rubro-negra. A Lusa teve uma falta perto da área do Fla, aos 22, mas Ricardo Jesus bateu rasteira, com pouca força, e Paulo Victor defendeu.
Aos 26 minutos, Dorival Júnior, após consultar o auxiliar Jaime, queimou sua última substituição: Adryan saiu para a entrada de Bottinelli. O panorama do jogo, porém, pouco mudou. A Portuguesa, com boas trocas de passes, seguiu no controle, porém sem criar grandes chances. O Flamengo, perdido, esbarrava na defesa do time paulista.
A partir dos 30 minutos, Geninho começou a fazer suas mexidas. Primeiro saiu Ricardo Jesus para a entrada de outro atacante, Diego Viana. Depois, Henrique tomou o lugar de Héverton. Com novo sangue, a Lusa ainda deu um último gás e teve chances com Luis Ricardo, que bateu fraco, e Diego Viana (cabeçada para fora), mas o zero não saiu do placar.
No fim, a torcida do Flamengo, irritada, cantou "vergonha, vergonha, time sem-vergonha" e vaiou muito os jogadores. Foram 8.184 presentes (5.732 pagantes, para uma renda de R$ 145.875).
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