Brasília, Juiz de Fora, Joinville, Florianópolis e Criciúma. Nas cinco primeira partidas do Flamengo no Campeonato Brasileiro, o clube visitará cinco cidades diferentes, sem realizar uma só partida no estado do Rio de Janeiro. A sequência de viagens incomoda Felipe. Com o Engenhão interditado e o Maracanã fechado para a Copa das Confederações, o goleiro lamentou a falta de estádio na capital carioca e reclamou do desgaste causado pelos longos trajetos. Porém, ele aponta a torcida rubro-negra espalhada pelo Brasil como forma de incentivo aos jogadores. O time jogou com casa cheia nos últimos três jogos do time longe do Rio: 16.580 pagantes contra o Campinense em Campina Grande (PB), 18.211 pagantes no duelo de volta em Juiz de Fora (MG), e 63.501 pagantes em Brasília, contra o Santos.
- Complicado o Rio de Janeiro não ter um estádio para jogar. Em São Paulo, por exemplo, tem vários. Mas deixa a gente mais tranquilo saber que o torcedor comparece, assim como fez em Brasília, lembrando o Maracanã nos velhos tempos. Tenho certeza que em Juiz de Fora vai encher como na Copa do Brasil, e isso ameniza essas viagens. O prazer em ver o torcedor, chegar ao hotel e o hotel estar cheio, é um incentivo a mais - revelou.
Em relação aos fatores prejudiciais ao elenco, o camisa 1, avesso às viagens aéreas, revela que os grandes deslocamentos deixam o grupo desgastado:
- Mesmo viajando um dia antes, você fica no aeroporto, vai e volta. Eu não suporto avião, para mim está sendo horrivel. É complicado. Normalmente você fica jogando uma dentro e uma fora, e agora a gente só joga fora. Mas é o que tem que ser feito, e a gente vai pedindo o apoio do torcedor.
Sem o convívio direto com a torcida carioca, Felipe mostra-se incomodado com a rotina de viagens da atual temporada, mas usa a tática do morde e assopra ao comentar o assunto. Apesar de usar adjetivos como "chato" e "complicado" para descrever a vida de andarilho, ele ressalta que o tempo concentrado serve para entrosar os jogadores contratados recentemente (Diego Souza, Val, Paulinho, Bruninho e Marcelo Moreno):
- Não me lembro qual foi a última vez que joguei no Engenhão, ou no Rio de Janeiro mesmo. Não temos nem previsão de quando vamos voltar a jogar aqui. É chato, complicado. Esse ano a gente (elenco) já passou até muito tempo junto. Tivemos várias paradas, como a intertemporada e o tempo que estivemos em Pinheiral (distrito no Sul Fluminense). Mas a circustância é essa, e isso é bom pros atletas que vão chegando, vão se enturmando. A realidade é essa.
O Flamengo encara a Ponte Preta pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro amanhã, às 21h (horário de Brasília), em Juiz de Fora-MG. Em sua última partida na cidade, vitória por 2 a 1 sobre o Campinense, em jogo que garantiu vaga na terceira fase da Copa do Brasil.
* Thiago Benevenutte, estagiário, sob a supervisão de Eduardo Peixoto
Nenhum comentário:
Postar um comentário