Oscar Schmidt reapareceu na noite desta terça-feira após a revelação de cirurgia a que foi submetido para a retirada de um câncer no cérebro. Como adiantara o médico neurologista Marcos de Queiroz ao GLOBOESPORTE.COM, o ex-astro do basquete voltou à atividade de palestrante e falou pela primeira vez sobre a nova batalha que está enfrentando.
- Estou fazendo o tratamento e espero que resolva. Se não resolver, paciência, minha vida foi muito boa. Ele (o tumor) veio de novo e, desta vez, veio malvado – disse o Mão Santa em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo”.
Maior nome do basquete brasileiro em todos os tempos, Oscar foi operado em 2011 para a retirada de um tumor maligno de aproximadamente 6cm e avaliado de grau 2 (em uma escala de 1 a 4). Após ressonância realizada durante o monitoramento periódico, foi constatado novo aparecimento, agora em grau 3, o que exigiu uma nova cirurgia e um tratamento inicial à base de radioterapia e, posteriormente, de quimioterapia.
Apesar do novo percalço, Oscar está bem e levando vida normal, como revelara Marcos de Queiroz. O risco é a resposta do tumor à quimioterapia. O prognóstico médio é de que o ídolo tenha uma sobrevida de qualidade por vários anos sem nenhum dano às funções cerebrais. Segundo o neurologista, apesar do problema, Oscar estará nos Estados Unidos, em setembro, para a cerimônia de sua entrada no Hall da Fama do Basquete Mundial.
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Recordista de pontos
Oscar é considerado um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos. O ex-atleta é o recordista mundial de pontos, com 49.703, superando o americano Kareem Abdul-Jabbar. O recorde é extraoficial, pois não havia súmulas de todos os jogos de Oscar no Brasil.
O Mão Santa foi o líder de um dos maiores feitos do basquete mundial. Em 23 de agosto de 1987, o Brasil foi campeão dos Jogos Pan-Americanos ao bater os Estados Unidos em Indianápolis, casa dos americanos, na final.
Oscar também foi bronze no Mundial de 1978, nas Filipinas. O ex-jogador participou de cinco Olimpíadas (Moscou, Los Angeles, Seul, Barcelona e Atlanta). A melhor colocação do Mão Santa com a seleção brasileira foi um quinto lugar, em Barcelona, 1992, e Seul, 1988.
O ex-jogador começou sua carreira na base do Palmeiras e jogou no Mackenzie. Como profissional, teve nova passagem pelo Verdão, atuou por Sírio (SP), Caserta e Pavia, da Itália, além do Valladolid, da Espanha. Na volta ao Brasil, jogou pelo Corinthians (SP), Bandeirantes (SP), Bauru (SP) e se tornou um dos maiores ídolos do basquete do Flamengo (RJ)
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