Previamente à viagem para o Rio de Janeiro para enfrentar o Brasil no próximo domingo, na reabertura do Maracanã, a seleção da Inglaterra teve um teste histórico contra os rivais da Irlanda nesta quarta-feira. As duas seleções, que não se enfrentavam desde 1995, quando brigas entre as torcidas cancelaram a partida em Dublin, voltaram a ficar frente a frente em Wembley, que não recebia o clássico há 22 anos. Com um ambiente tranquilo no campo e na arquibancada, o jogo terminou empatado por 1 a 1.
A partida também foi marcada por duas novidades. A Inglaterra estreou seu primeiro uniforme feito pela Nike, dando fim a uma parceria de 50 anos com a Umbro. O lateral Ashley Cole foi nomeado capitão, o que gerou críticas no país por causa da constante troca de donos da faixa - usá-la, para os ingleses, é uma honra que deve ser valorizada.
A paz reina, mas Irlanda quase põe tudo a perder
Apesar da tensão, em campo houve um jogo aberto, sem pressão, nem violência. A Inglaterra, como era de se esperar, comandou as ações no primeiro tempo. Lampard, o líder do time no gramado, coordenava a boa troca de passes no meio de campo, enquanto Walcott e Chamberlain, procuravam movimentar-se.
Mesmo assim, os ingleses não criaram muitas chances, insistindo nos cruzamentos, especialmente com Johnson, que conseguiu falhar sempre que levantou a bola na área. A Irlanda não incomodava, mas acabou chegando ao gol primeiro. Aos 13 minutos, Long recebeu cruzamento da direita, subiu mais que a defesa e cabeceou para o fundo da rede.
A torcida irlandesa se animou e um sinalizador verde foi atirado no gramado, gerando muita fumaça. Tudo não passou de um susto, e o espetáculo seguiu normalmente. As duas equipes insistiam nos cruzamentos e nos chutes fracos de longa distância.
A Inglaterra conseguiu o empate em uma jogada que foi iniciada pelo alto. Aos 22 minutos, Sturridge cruzou, a defesa não afastou, e Lampard, com um toque, livrou-se da marcação para em seguida chutar e marcar. Antes do intervalo, uma substituição forçada. Sturridge deixou o campo por causa de lesão. Em seu lugar, entrou Defoe.
Inglaterra deixa emoções para o fim
O início da segunda etapa serviu para o técnico da Inglaterra realizar testes no time. Johnson saiu para dar lugar a Jones, o goleiro Hart foi substituído por Foster, e Ashley Cole teve Banes como substituto. Lampard, merecidamente, virou o capitão. As mudanças não melhoraram a partida, que ficou ruim. A sensação era a de que todos os jogadores tinham perdido o interesse no duelo.
O técnico da Irlanda demorou um pouco mais, mas também resolveu imprimir mudanças tirando alguns de seus principais jogadores. Saíram o atacante Keane, e os meias McGeady e Whelan, entrando Cox, McClean e Hendrick. Com as trocas, a Irlanda, que permitia alguns contra-ataques, se fechou de vez.
A melhor chance irlandesa veio aos 30 minutos. McClean cobrou falta, e a bola passou por cima do gol. Já no fim, a Inglaterra ameaçou uma pressão e teve suas melhores chances. Chamberlain, aos 38, ficou de frente para o goleiro, mas chutou sem força, para a defesa do rival. Aos 41, após ótima troca de passes no ataque, Walcott chutou cruzado, mas novamente o arqueiro Forde evitou o gol.
Nenhum comentário:
Postar um comentário